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Bastidores do mundo dos negócios

Corrida dos bancos por fidelidade faz DDA quase dobrar de tamanho

Número de adesões passou de 44 milhões para 73 milhões em um ano

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Foto do author Matheus Piovesana
DDA consolida boletos emitidos por qualquer banco e permite centralizar a gestão de pagamentos Foto: Monica Zarattini/AE - 05/03/2010

A corrida dos bancos para ocupar o maior espaço possível na carteira dos clientes está impulsionando um velho conhecido: o débito direto autorizado (DDA), serviço que mostra todos os boletos registrados no nome do usuário. O número de adesões saiu de 44 milhões para 73 milhões entre fevereiro do ano passado e o mesmo mês deste ano de acordo com a Nuclea, empresa responsável pelo registro centralizado dos boletos emitidos no País.

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Na era da concorrência entre bancos tradicionais e digitais, o DDA virou uma arma para que as instituições mantenham os clientes mais fiéis aos seus canais sob o argumento da organização financeira. Como consolida boletos emitidos por qualquer banco, o sistema permite centralizar a gestão dos pagamentos mesmo para quem tem várias contas.

A decolagem do DDA é recente. Criado em 2009, o sistema teve um volume baixo de adesões inicialmente. Além de os bancos serem na época menos digitais do que são hoje, nem todos os boletos e cobranças eram registrados há 15 anos, o que reduzia o alcance do sistema. Os avanços em ambas as frentes nos últimos anos ajudaram a ferramenta a crescer.

Popularidade contém ‘bolepix’

A popularidade do DDA tem contido o crescimento de uma forma mais nova de pagamento, o chamado “bolepix”, que tem um QR Code para pagamento via Pix. Hoje, ele já responde por 2% do total dos boletos pagos no País, mas de acordo com a superintendente da Nuclea, Irene Romão, o volume não é maior justamente porque o DDA ainda usa o código de barras para o pagamento dos boletos.

Mesmo com a ascensão do Pix, o boleto continua crescendo. No ano passado, foram emitidos 8,05 bilhões deles no Brasil, volume 2,8% maior que o de 2023. Desde a pandemia, o crescimento tem sido da ordem de 2% ao ano, com as empresas ainda recorrendo a ele. Como o pagamento feito pelo cliente vira um recebível, as companhias podem utilizá-lo para obter crédito junto a bancos.

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Esta notícia foi publicada no Broadcast+ no dia 13/03/2025, às 14:52.

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