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O
bairro Gótico
– Barri Gòtic, em catalão – ocupa o centro do distrito de
Ciutat Vella
, núcleo histórico da cidade de
Barcelona
e também o mais antigo. O termo gótico deriva do estilo predominante em suas
construções
, caracterizadas por uma diversidade, até certo ponto, atenuada. Principalmente se comparada à multiplicidade humana que hoje habita a região.
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“A sensação que se tem ao chegar aqui é de estar em um labirinto. É instigante seguir caminhando sem saber exatamente onde se vai chegar, em meio a
edifícios
construídos desde meados de 1880. O contraste de estilos é impressionante, assim como o poder histórico das construções, mas há algo ainda mais admirável: a pluralidade de quem vive ou trabalha por aqui”, afirma a arquiteta brasileira, radicada na capital catalã, Larissa Perna, do La Rous Studio, que assina o projeto de interiores deste apartamento compacto, de 98 m², localizado no coração do Gótico.
Neste contexto, compreender o entorno onde se insere o edifício foi a primeira preocupação da arquiteta ao aceitar o desafio proposto por seus clientes: conceber espaços compatíveis com o estilo dinâmico de uma família do Kuwait, que acabara de adquirir a propriedade, numa das raras edificações novas construídas no centro antigo.
“O apartamento deveria funcionar como base para a família na Europa, onde as duas filhas jovens estudariam e, a cada ano, passariam férias junto com seus pais. Sendo que uma delas, que trabalha com fotografia artística, passaria temporadas mais longas no imóvel. Tudo isso teria de ser considerado nas soluções de projeto”, lembra Larissa.
“Eles viveram muito tempo fora do seu país e eram muito exigentes esteticamente. Buscavam funcionalidade, mas de uma maneira capaz de surpreender”, sintetiza ela. Assim, cada detalhe, dos acabamentos aos móveis, teve de ser escolhido a dedo. Sem sobras.
Tomada como base da composição, a madeira pinus, tratada com verniz incolor para não sugerir amarelado, predomina entre os revestimentos. Já a iluminação, pontual e concentrada, foi tratada de forma mais assertiva. O apartamento possuía grandes aberturas, com portas duplas. Mas, como a rua onde se localiza o edifício é muito estreita, essa situação não favorecia a privacidade dos moradores, o que, mesmo em meio à histórica Barcelona, justificou algumas concessões à modernidade.
“Eles são pessoas cosmopolitas, mas reservadas. Exigiram uma luminosidade suave e perene. Mesmo durante o dia”, finaliza Larissa.
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