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Isaquias diz que 4º lugar é 'uma boa colocação', mas admite: 'Queríamos mais' em Tóquio

Apesar da sede pelo pódio nos Jogos, brasileiro valoriza desempenho ao lado de Jacky Godmann na disputa C2 1000 metros da canoagem

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Por Redação
Atualização:

Isaquias Queiroz saiu do C2 1000 metros com sentimentos díspares. O quarto lugar que conquistou ao lado do parceiro Jacky Godmann nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta terça-feira lhe deixou orgulhoso, mas o canoísta, que ostenta três medalhas olímpicas, todas conquistadas no Rio-2016, queria subir mais uma vez no pódio. Não deu.

"A gente fez o que tinha de fazer. Queríamos a medalha, mas para a gente que treinou pouco tempo, um quarto lugar é uma boa colocação", comerntou Isaquias. Ele ficou magoado porque todo o esforço e empenho da dupla não renderam um lugar no pódio em Tóquio.

Isaquias Queiroz e Jacky Godmann terminaram em 4º na disputa dosC2 1000 metros Foto: Wander Roberto/COB

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"Mas queríamos mais. Não é nem pela prova que eu falo que íamos brigar por medalha, é pelo nosso treino e esforço. A gente sabia que tinha quatro ou cinco barcos brigando por medalha. Sabíamos que estávamos bem, nos dedicamos ao máximo, brigamos até o fim", pontuou o brasileiro, primeiro atleta do País a ganhar três medalhas em uma mesma edição de Olimpíada.

"Depois da semifinal, eu me emocionei por ter chegado até aqui com o Jacky, pois estamos há pouco tempo juntos. Queria que ele subisse no pódio olímpico pela primeira vez. Brasileiro não desiste nunca, viemos para cá para brigar e vamos continuar treinando", acrescentou o baiano de Ubaitaba. Após a prova, ele caiu no choro.

A medalha de ouro foi para os cubanos Serguey Torres Madrigal e Fernando Dayan Jorge Enriquez, que venceram com novo recorde olímpico: 3min24s995. Logo atrás vieram os chineses Hao Liu e Pengfei Zheng, com 3min25s98. O bronze foi para os alemães Sebastian Brendel e Tim Hecker, com 3min25s615.

Isaquias, de 27 anos, fez parceria com Jacky porque Erlon de Souza, medalhista no Rio-2016 ao seu lado, não se recuperou a tempo de uma lesão no quadril e foi cortado às vésperas da Olimpíada. Jacky, de 22 anos, já treinava com a dupla anteriormente, o que favoreceu o entrosamento com a maior esperança do Brasil na canoagem velocidade. No entanto, a medalha não veio.

"São meus primeiros Jogos Olímpicos. A gente estava bem, um pouco sem visão do adversário, mas não conseguimos nos impor. Demos o nosso máximo, mas não veio a medalha olímpica. Estou muito feliz de estar aqui. Treinamos para isso, mas infelizmente não veio", resumiu Jacky, novato em Olimpíada.

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Na capital japonesa, embora Isaquias já pense em Paris-2024, ele vai disputar ainda o C1 1.000m. As eliminatórias e as quartas de final da prova estão marcadas para a noite de sexta-feira. No sábado, serão realizadas as semifinais e a final. Na disputa, ele busca sua quarta medalha olímpica. O ouro, como dissera reiteradamente, virou "obsessão", já que ele tem duas pratas e um bronze em seu currículo.

"Não veio dessa vez, mas iremos sentar, avaliar tudo e continuar o planejamento pensando em Paris-2024. Lá vai ser diferente, a prova vai ser curta, Paris vai ser 500m. Mas agora não é hora de pensar nisso, agora é a hora de virar a chave e focar no C1 1000m daqui a dois dias".

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