O judô, esporte individual que mais medalhas olímpicas trouxe para o Brasil com 19 conquistas (três ouros, três pratas e treze bronzes), vive uma fase pop. Os medalhistas olímpicos se tornam palestrantes requisitados, como Rafael Silva, o Baby, que ganhou bronze no Rio, Mayra Aguiar, dona de outro bronze, revela que recebe muito mais pedidos de selfies e a modalidade ganhou até um reality show na TV aberta.
Começa no próximo domingo, dia 3 de setembro, o programa “Ippon – A Luta da Vida”, que será exibido no “Esporte Espetacular”, da TV Globo. Oito participantes escolhidos em treinamentos da equipe sub-21 mostram potencial para brilhar nos próximos Jogos Olímpicos. Três deles ganharão uma viagem ao Japão, berço do judô e palco dos próximos Jogos, em 2020. “A ideia do programa é mesclar entretenimento com a essência, os valores e os princípios do judô”, diz o apresentador Flavio Canto, bronze em Atenas-2004.

Outros quatro ídolos olímpicos são os “samurais” que conduzirão os jovens talentos: Chiaki Ishii, primeiro medalhista olímpico brasileiro do judô, bronze em Munique-1972; Aurélio Miguel, ouro em Seul-1988; Rogério Sampaio, ouro em Barcelona-1992; e Tiago Camilo, prata em Sidney-2000 e bronze em Pequim-2008. A missão dos samurais é resgatar as origens do judô e trazer a filosofia da modalidade para os dias atuais.
As duas últimas campeãs olímpicas Sarah Menezes e Rafaela Silva são as treinadoras dos dois grupos que vão se enfrentar. Os atletas estão confinados no Parque Aquático Maria Lenk, e as competições acontecem no Velódromo do Parque Olímpico. “Foi uma situação nova para mim, mas pude entender mais do lado do treinador”, diz Sarah.

Em um ano marcado pela crise econômica que encerrou, por exemplo, o fim do apoio da Petrobras, a visibilidade da modalidade ajuda na manutenção de alguns patrocinadores. O Bradesco, parceiro no projeto, renovou o patrocínio à Confederação Brasileira de Judô (CBJ) até o próximo ciclo olímpico e manteve o volume de investimentos.
“Três pilares são importantes para uma parceria: o compromisso com a transparência das confederações, o potencial de desenvolvimento da modalidade e os resultados”, explica Fábio Dragone, superintendente executivo de Markerting do Bradesco. “No caso do reality show, poderemos transmitir os valores do esporte, que estão atrelados à marca, e também garantir visibilidade e atratividade”, completa.