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Sorgo e trigo devem ter boa produtividade

Embora chuva tenha atrapalhado alguns trabalhos de campo, beneficiou crescimento de ambas as lavouras

Por Fábio Marin
Atualização:

Após duas semanas com forte calor e tempo seco, uma frente fria chegou ao Estado de São Paulo trazendo chuva intensa e prolongada. Com isso, a reserva hídrica do solo alcançou a capacidade máxima de armazenamento em todas as regiões, com exceção de Presidente Prudente.A aumento da umidade do solo beneficia as lavouras de milho safrinha que já foram semeadas e estão em fase de desenvolvimento vegetativo. Nas áreas que ainda não foram semeadas, a chuva até atrasou os trabalhos de campo, mas está favorecendo a germinação das sementes e o estabelecimento de lavouras com população adequada.Situação semelhante vivem os produtores de sorgo em Barretos, Ituverava e Miguelópolis, e de trigo em Cândido Mota, Itapetininga e Itapeva, onde a chuva atrapalhou os trabalhos de campo, mas é indício de boa produtividade.CanaviaisA elevação da umidade assegurou suprimento hídrico ideal para os canaviais de todo o Estado em fase de desenvolvimento vegetativo e acúmulo de sacarose. As pastagens, plantas com fisiologia semelhante à cana, também estão favorecidas pelas condições do tempo, com grande acúmulo de biomassa. Com isso, há boa disponibilidade de volumoso para os animais, reduzindo os custos de manutenção do gado no pasto e oferecendo melhores condições de negociação para os pecuaristas em negociar o boi gordo.A chuva, entretanto, atrasou a colheita do amendoim em Jaboticabal, Sertãozinho e Tupã, mas não comprometeu a safra. A chuva também causou pequenos transtornos nos trabalhos de colheita, secagem e transporte da soja e do milho em Ourinhos, Assis, Orlândia, Itapetininga e Itapeva; do milho verde em Piracicaba; do feijão em Capão Bonito e Avaré; do caqui em Mogi das Cruzes e da uva em Indaiatuba, Vinhedo e Jundiaí. A extração do látex nos seringais de São José do Rio Preto, Votuporanga e Monte Aprazível sofreu pequenos atrasos por causa da chuva, mas a elevação da reserva hídrica do solo favorece a produtividade da cultura. Nos canteiros de morango de Atibaia e Jarinu, o excesso de umidade exige cuidado com a sanidade, para evitar perda de rendimento e qualidade. *Fábio Marin é pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária. Para mais informações sobre tempo e clima, acesse www.agritempo.gov.br

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