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‘Antiga e ultrapassada’, diz Campos Neto sobre visão de que Banco Central serve ao mercado

Para ele, agenda de inovação do BC ajudou Brasil a se tornar campeão em fintechs e melhorar transparência e eficiência do sistema

Foto do author Célia Froufe
Foto do author Giordanna Neves
Por Célia Froufe (Broadcast) e Giordanna Neves (Broadcast)

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 29, que discorda da visão de que a atuação da instituição serve apenas ao mercado. “Essa é uma tese antiga e ultrapassada”, disse ele, durante palestra no Painel Econômico, promovido pelo Insper, em São Paulo.

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Em relação à agenda de inovação, por exemplo, Campos Neto disse que o trabalho do BC contribuiu para tornar o Brasil campeão em fintechs, além de ter colaborado no avanço da transparência e na eficiência do sistema de pagamentos.

Ele também rebateu a crítica no que diz respeito ao trabalho em torno da política monetária. “Todo resto da taxa de juros são vocês que determinam com a vontade ou não de emprestar dinheiro para o governo”, disse o presidente do BC.

Campos Neto diz que agenda de digitalização do sistema de pagamentos ajuda no controle de fraudes Foto: Alex Silva / Estadão

Durante o evento, Campos Neto defendeu o avanço da agenda de digitalização do sistema de pagamentos, inclusive para controle das fraudes. “Se todo dinheiro for digital e rastreável, só vai conseguir fazer (fraude) se conseguir transferir o dinheiro de uma conta para outra conta. Se no Brasil não tivesse conta laranja e nem conta fantasma, a fraude do PIX ia ser zero”, disse.

O presidente do BC afirmou ainda que, se houver controle no processo de abertura de contas bancárias, estas ocorrências de fraude tendem a ir a zero. “Hoje grande parte das fraudes é por falta de transparência”, avaliou. Em relação ao spread bancário, Campos Neto disse que o papel do BC visa diminuir a assimetria de informações.

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