Em Virgínia, estátua do general confederado Robert E. Lee é retirada

Monumento motivou protestos da supremacia branca há quatro anos

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Por Redação
Atualização:
Estátua de Robert E. Lee é removida após anos de uma batalha legal sobre o monumento contencioso, em Charlottesville, Virgínia Foto: Evelyn Hockstein/REUTERS

Uma estátua do general confederado Robert E. Lee foi retirada na cidade de Charlottesville, Virgínia, neste sábado,  10, quase quatro anos depois de protestos da supremacia branca.

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Dezenas de espectadores alinharam-se nos quarteirões ao redor do parque, e uma ovação subiu quando a estátua se ergueu do pedestal. Havia uma presença policial visível, com ruas bloqueadas ao tráfego de veículos por cercas e caminhões pesados.

O prefeito de Charlottesville, Nikuyah Walker, fez um discurso na frente de repórteres e observadores enquanto o guindaste se aproximava do monumento. "Derrubar esta estátua é um passo mais perto do objetivo de ajudar Charlottesville e América a lutarem contra o pecado de querer destruir os negros para obter ganhos econômicos”, disse Walker.  Também está prevista para sábado a remoção da estátua do general Thomas "Stonewall'' Jackson.

A derrubada acontece quase quatro anos depois que a violência do comício 'Unite the Right'' eclodiu, quando a protestante pacífica Heather Heyer morreu, atropelada por um simpatizante neonazista.  A situação desencadeou um debate nacional sobre a igualdade racial, ainda mais inflamado pela insistência do ex-presidente Donald Trump de que havia "culpa de ambos os lados".

Público observa remoção de estátua Foto: JIM LO SCALZO/EFE

A cidade anunciou seus planos para afastar os estátuas sexta-feira, 9. Um dia depois, apenas as estátuas, não seus pedestais de pedra, serão removidas. Eles serão armazenados em um local seguro até que a Câmara Municipal tome uma decisão final sobre o que deve ser feito com eles.

Enquanto as estátuas "permanecerem em nossos espaços públicos do centro da cidade, elas sinalizam que nossa comunidade tolerava a supremacia branca e a Causa Perdida pela qual esses generais lutaram", disse a coalizão chamada Take 'Em Down Cville.

O esforço de remoção mais recente focado no monumento de Lee começou em 2016, em parte graças a uma petição iniciada por uma estudante negra do ensino médio, Zyahna Bryant. Um processo foi rapidamente aberto, colocando os planos da cidade em espera, e os defensores da supremacia branca aproveitaram a questão. "Isso está muito atrasado", disse Bryant, que agora é estudante na Universidade da Virgínia. "Nenhuma plataforma para a supremacia branca. Nenhuma plataforma para o racismo. Nenhuma plataforma para o ódio.''/ AP

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