A Organização dos Estados Americanos (OEA) disse nesta quinta-feira, 3, considerar que ainda existam "obstáculos importantes" para a reconciliação nacional de Honduras, depois de o Congresso rejeitar na quarta-feira a restituição do presidente deposto Manuel Zelaya.
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"Está claro que ainda existem em Honduras importantes obstáculos para a reconciliação nacional", disse a diretora do Departamento de Assuntos Internacionais da OEA, Irene Klinger, durante uma sessão de trabalho paralela durante a 4ª Conferência Itália-América Latina e Caribe que encerra hoje na cidade italiana de Milão.
Irene dedicou parte de seu discurso a abordar a atual situação, após a derrocada de Zelaya em junho, e a rejeição dos deputados sobre a volta do líder ao poder. A diretora defendeu a continuidade do progresso já feito sobre a situação política do país e disse que "os alicerces da democracia em Honduras devem continuar sendo reforçados e fortalecidos".
As declarações ocorrem depois de o Congresso rejeitar a restituição de Zelaya por grande maioria, decisão que o destituído governante classificou de "vergonhosa" e que o deixa sem opção de voltar ao poder dentro do Acordo San José-Tegucigalpa.