Após as apurações confirmarem na madrugada desta quarta-feira, 9, a vitória inédita do bilionário republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos da América, os dois candidatos à Casa Branca adotaram tom conciliador em seus discursos, diferente das trocas de agressões que marcaram a disputa americana entre Trump e a democrata Hillary Clinton.
"É hora de nos juntarmos como um povo unido", disse o magnata em discurso da vitória ao lado da família diante de apoiadores empolgados no salão de um hotel de Nova York. Ele afirmou ainda ser a hora de curar as divisões provocadas pela campanha, louvou Hillary por seu serviço e disse ter recebido uma ligação da rival cumprimentando-o pela vitória. "Serei presidente de todos os americanos".
Trump classificou sua adversária de "desonesta" repetidamente durante a campanha agressiva de ambos.
Pouco antes do discurso do republicano, o chefe de campanha de Hillary, John Podesta, pediu para os apoiadores presentes ao evento da democrata em Nova York a irem para casa. "Não teremos mais nada para dizer hoje à noite.
Já a própria Hillary, reconheceu nesta quarta a derrota para o republicano e disse que se ofereceu para trabalhar com o presidente eleito.
"Na noite passada eu cumprimentei Donald Trump e me ofereci para trabalhar com ele em nome do nosso país. Espero que ele seja um presidente de sucesso para todos os norte-americanos", disse Hillarry a apoiadores e membros de sua campanha em um hotel de Manhattan.
Obama. O presidente atual dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou nesta quarta para Trump para cumprimentá-lo por sua vitória, convidando o republicano à Casa Branca com o objetivo de discutir a transição de poder na quinta-feira, informou a Casa Branca.
"Garantir uma transição suave de poder é uma das principais prioridades que o presidente identificou no começo do ano e um encontro com o presidente eleito é o próximo passo", informou a Secretaria de Imprensa da Casa Branca em comunicado.