O Afeganistão poderia ser um novo Iraque, ou a América Central, ou os Bálcãs se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), tiver sucesso em sua missão militar no país, declarou nesta segunda-feira, 7, o chefe das tropas da aliança, o almirante James Stavridis, em Bruxelas.
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Durante um encontro das nações da Otan para definir os detalhes do envio de mais 6,800 soldados ao Afeganistão, Stavridis detalhou como prevê o país asiático após a ação dos militares ocidentais. "Será um país no qual haverá um governo central, haverá eleições, um controle razoável no que diz respeito à segurança, ainda haverá alguns atentados terroristas... Não será perfeito, mas é uma democracia funcionando", declarou.
"Há tensões, há problemas, mas está muito melhor do que era há cinco ou dez anos. Já há eleições, e não há mais dez ou 20 mil mortos por ano", prosseguiu o almirante. Segundo ele "haverá menos corrupção e um senso de progresso, movimento e governo no país" após a ação conjunta da Otan com os EUA, que na semana passada anunciaram o envio de mais 30 mil soldados ao Afeganistão. "Acho que é um objetivo alcançável e acho que podemos atingi-lo", concluiu Stavridis.
Segundo o anúncio da Otan na semana passada, 25 países membros da aliança contribuirão para formar um contingente de quase 7 mil soldados a ser enviado ao Afeganistão. O grupo já mantém mais de 30 mil militares no país.
Mais tropas
Um porta-voz da Otan, James Appathurai, disse que há a possibilidade do envio de ainda mais militares ao Afeganistão após uma conferência a ser realizada no dia 28 de janeiro.
Stavridis disse que espera que uma "porção significativa" dos militares a serem enviados tenham a função de treinadores, para que as tropas afegãs sejam preparadas para garantir a segurança do país e os ocidentais possam se retirar. "Estamos dando ênfase ao treinamento como a chave da estratégia, então estamos conversando com cada um dos aliados e perguntando que tipo de treinamento podem oferecer. Estamos conseguindo bons reforços", disse.