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Polícia encontra cabeça e pernas de jornalista sueca morta em submarino

Uma faca também foi encontrada próximo às partes do corpo mergulhadas no mar; ela desapareceu após entrevistar um inventor dinamarquês em um submarino

Por AP e Reuters
Atualização:
Kim Wall, uma jornalista freelancer de 30 anos que trabalhava entre Nova York e a China, embarcou no dia 10 de agosto no submarino "Nautilus", ao lado do próprio inventor Peter Madsen, para fazer uma reportagem Foto: AFP PHOTO / TOM WALL

COPENHAGEN, Dinamarca - Mergulhadores da Dinamarca encontraram a cabeça, pernas e roupas da jornalista sueca Kim Wall, que morreu em agosto após entrevistar o inventor dinamarquês Peter Madsen dentro do submarino onde ele morava. O tronco da jornalista já havia sido encontrado flutuando no Báltico, quase duas semanas após ela ter sido vista pela última vez a bordo do Nautilus, a embarcação de fabricação caseira do inventor.

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As partes do corpo e as roupas foram encontradas nesta sexta-feira, 6, em sacos plásticos que estavam presos a peças de metal pesado, informaram as autoridades locais neste sábado, 7. Uma faca também foi encontrada junto aos sacos, disse o investigador da polícia de Copenhagen Jens Moeller Jensen. Não havia fraturas no crânio da jornalista.

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O inventor, de 46 anos, está em prisão preventiva sob acusação de homicídio. Ele diz que Kim morreu acidentalmente depois de ser atingida por uma escotilha de 70 quilos. Madsen afirmou que segurava a "porta" da embarcação enquanto a jornalista subia as escadas, mas que se desequilibrou e caiu sobre ela com o equipamento pesado. Depois, alega que a “enterrou no mar”. 

As perícias, no entanto, revelaram que a mulher tinha 15 feridas provocadas por facadas no tronco. Ainda assim, a causa da morte não foi confirmada. Os braços da jornalista ainda não foram localizados.

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A prisão de Madsen expira em 31 de outubro, quando o tribunal decidirá se ele deve continuar detido antes de um possível julgamento. Além da suspeita de homicídio, ele é acusado de “tratamento indecente de cadáver”. Durante a investigação, a polícia encontrou vídeos no computador pessoal de Madsen de mulheres sendo torturadas, decapitadas e assassinadas. / AP e Reuters

Peter Madsen éum inventor fanático movido por uma ambição voraz que beira a megalomania Foto: Niels Hougaard /Ritzau via AP
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