O ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki, anunciou hoje que os três cidadãos americanos detidos em julho na fronteira com o Iraque serão julgados.
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Em declarações divulgadas pela agência de notícias local Fars, o chefe da diplomacia iraniana disse que os três americanos, que estariam fazendo trekking, são acusados de "entrar ilegalmente no Irã com propósitos suspeitos".
"Seguem os interrogatórios e o processamento dos três cidadãos americanos, que entraram de forma ilegal e com propósitos suspeitos ao Irã. Estas pessoas serão processadas por nosso sistema judiciário, que lhes aplicará a pena que corresponder", disse.
Os três americanos, Shane Bauer, Sarah Shourd e Josh Fattal, foram capturados em 31 de julho quando caminhavam perto da fronteira entre Iraque e Irã, na província do Curdistão iraquiano.
Desde então, Washington solicitou a libertação dos três, alegando que eram apenas turistas que se perderam e entraram em território iraniano por engano.
No entanto, em 9 de novembro, já havia aumentado o temor sobre o destino dos americanos, depois que o procurador-geral de Teerã, Abbas Jaafari Dowlatabati, anunciou que seriam acusados de espionagem.
Naquele mesmo dia, logo após saber da notícia, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, insistiu na inocência deles e prometeu que seu país seguiria adiante com as gestões para conseguir a libertação.
Especialistas e diplomatas sugeriram que o momento e as condições em que esta acusação ocorre poderiam estar relacionados à disputa entre Irã e Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano.