Quais são os nomes de cerveja? Descubra e veja onde comprar variedades famosas

A favorita dos bares e botecos. Originária da República Tcheca, a cerveja Pilsen é conhecida pela sua cor mais clara, sabor suave e aroma de lúpulo. Ou seja, é a típica gelada de comercial: fácil de beber e desce redonda. Possui baixa acidez e corpo leve – o que a faz aprazível para o consumidor de primeiro copo.

Representante clássica da família Lager, costuma ser servida em copos estreitos. Há quem diga que é uma boa opção para “matar a sede”. Ainda assim, beba com moderação.

Sem inovações, a cerveja puro malte não passa de uma Pilsen produzida 100% com malte de cevada. No entanto, para receber o selo na garrafa, é preciso enfrentar até jurisdição. Desde o decreto legislativo n° 2.314 , de setembro de 1997, revisado em 2009, uma puro malte não pode contar com qualquer ingrediente que não seja cevada.

Sem acrescer outros açúcares, como arroz ou milho, a cerveja ganha um sabor mais encorpado e destaca o seu amargor. Ainda assim, puro malte não é “rótulo de qualidade”. Por isso, separamos a bebida eleita campeã do teste às cegas realizado pelo Paladar, do Estadão.

Aqui, uma confusão. Apesar de herdar o sobrenome da família, a American Lager é comumente confundida com a Pilsen. De quem é a culpa? Talvez, um pouco nossa, que nem sempre somos capazes de diferenciar o gato do rato. Mas é principalmente da indústria, que vendeu a American Lager como Pilsen para facilitar a aceitação no mercado.

E quem é a American Lager? Sinceramente, é tipo uma Pilsen… brincadeira! Trata-se de uma cerveja com alta “drinkability” (muito fácil de beber), com baixa complexidade, sutil aroma de lúpulo e toque floral. Altamente carbonatadas, promovem frescor e certo dulçor. Simples e agradável à primeira vista – ou gole –, é um Romero Brito das cervejas.

Muito populares na Bélgica, as Witbiers adicionam um novo ator principal à cerveja: o trigo. Junto ao novato, outros ingredientes despontam nas receitas, como a casca de laranja e o coentro. Graças às notas cítricas e de especiarias, a bebida adquire um sabor leve e refrescante, perfeito para o verão.

Com sua tonalidade amarelo claro e turva, ela não passa pela etapa de filtragem. Assim, equilibra a complexidade, típica da família Ale, com a facilidade de beber – atribuída à sua leveza.

Com notas de cacau, café e malte torrado, espuma cremosa e persistente, amargor equilibrado e coloração marrom escura, agora, sim, embarcamos na complexidade. Já menos palatável para apreciadores de primeira viagem, a Stout é uma cerveja intensa e versátil.

Do lado oposto às Witbiers, que são uma ode ao verão, este estilo se conecta melhor com o inverno. Seu teor alcoólico costuma variar de 5% a 12%, o que atribui um peso e corpo maior à bebida. Para quem quer viajar no aroma e dar um passo além da simplicidade, é uma ótima pedida.

Para que não restem dúvidas, tiremos a máscara por trás da sigla: India Pale Ale (IPA) é uma cerveja criada pelos ingleses no século 19 para ser exportada às Índias. Assim, o seu alto teor alcoólico e a elevada concentração de lúpulo são, na verdade, a consequência do teste feito para resistir às longas viagens marítimas.

Adivinhem? A moda também pegou em terra firme. Por conta do lúpulo, é uma cerveja amarga, com aroma ressaltado. Também é descrita como cítrica, floral e herbal. Sua coloração dourada reflete o gosto encorpado e complexo.

De volta à leveza do trigo. Tradicionalmente produzida em Munique, na Alemanha, a Dunkel é uma cerveja maltada, escura e – diferentemente da Stout e da IPA – fácil de beber. Assim como Vader, em alemão, significa “pai” e nos dá um spoiler em Star Wars, o nome Dunkel traduz-se “escuro” e já nos poupa uma linha de explicação.

Apesar da aparência mais intensa, aqui, o lúpulo aparece de forma sútil, com aromas herbais e florais. Do mesmo modo, a cerveja entrega um amargor baixo e teor alcoólico em torno de 5%. Um meio termo entre a levíssima Witbier e uma IPA mais encorpada.

Não poderíamos deixar a forma mais antiga de se fazer cerveja fora da lista. Produzida por meio de fermentação instantânea e armazenada em toneis de madeira por mais de 6 meses, a Kriek é perfeita para quem quer fugir do lugar comum. Seu corpo médio, adquirido no barril, também escurece a bebida. 

Durante a produção, adiciona-se uma Lambic jovem ao tonel da Lambic maturada, envelhecida. Assim, o “choque geracional” traz complexidade de aromas e forma uma espuma consistente. Ainda conta com um sabor ácido e um dulçor frutado. Com boa carbonatação, refresca a experiência.

Quem nunca passou vontade de tomar uma com os amigos, pois estava dirigindo, medicado ou queria dar uma pausa no álcool? Se você é daqueles que não gosta de abrir mão do malte, a cerveja zero pode ajudar. Apesar de enfrentar uma produção diferente – com fermentação reduzida – há quem se engane com o seu sabor.

Por definição, as cervejas sem álcool apresentam teor alcoólico praticamente nulo. Isso mesmo: praticamente. Segundo a legislação brasileira, uma cerveja “zero” pode conter até 0,5% de álcool em sua composição. Logo, caso ingeridas em grandes quantidades, podem ser notadas pelo bafômetro. Por isso, antes de beber, cheque a sua composição.