BRASÍLIA - O ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR) avaliou nesta segunda-feira, 6, que o ministro da Justiça, Torquato Jardim, falou algo que é verdade ao dizer que o comando da Polícia Militar no Estado é indicado por deputados estaduais e pelo "crime organizado". Para Garotinho, porém, o ministro só errou por ter generalizado.
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"Ele (Torquato) falou algo que é verdade. Só errou porque generalizou", afirmou o ex-governador em entrevista na Câmara dos Deputados, após "visita de cortesia" ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). "No Rio, os bandidos não estão nas cadeias. Estão nos palácios. Os bandidos não usam farda, usam terno e gravata", acrescentou.
Eleições. Garotinho afirmou ainda que se for candidato a algum cargo em 2018, será para governador. "Se não for, vou continuar na rádio Tupi". Ele negou que tenha discutido com Maia o cenário para 2018, embora tenha dito que o presidente da Câmara disse a ele que será candidato a deputado. "E, se possível, a presidente da Câmara de novo", disse Garotinho.
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O político do PR afirmou que passou no gabinete de Maia para acompanhar sua filha, a deputada federal licenciada Clarissa Garotinho (PRB-RJ), que tratou sobre projetos de interesse da cidade do Rio. Clarissa é secretária de Desenvolvimento, Emprego e Inovação da gestão do prefeito Marcelo Crivella (PRB).
Prisão. Garotinho já foi preso pelo menos duas vezes neste ano. A última foi em 13 de setembro, após ser condenado pela Justiça Eleitoral por comandar um esquema de fruade eleitoral quando era secretário de governo da cidade de Campos (RJ). Em 26 de setembro, porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu habeas corpus para libertar Garotinho.