Conclave, dirigido por Edward Berger, é um dos filmes mais indicados ao Oscar 2025, além de concorrer ao prêmio máximo, o de Melhor Filme. A cerimônia ocorre neste domingo, 2 de março, em Los Angeles, no Estados Unidos.
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Indicações ao Oscar 2025
Conclave concorre a oito categorias no Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Ator (Ralph Fiennes), Melhor Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção de Arte, Melhor Montagem e Melhor Figurino.
Outros prêmios
Ao longo da temporada de premiações, o filme que cresceu no boca-a-boca das redes sociais ganhou outros prêmios. Ele foi o grande vencedor do BAFTA, conquistando Melhor Filme, Melhor Filme Britânico, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Montagem. Além disso, também ganhou como Melhor Elenco e Melhor Roteiro Adaptado no Critics' Choice Awards e Melhor Roteiro no Globo de Ouro.
Qual é a história de ‘Conclave’?
Inspirado no livro homônimo de Robert Harris (Conclave, Alfaguara), o filme mostra o que acontece a portas fechadas no Vaticano durante um Conclave após a morte inesperada do antigo Sumo Pontífice.
O Cardeal Lawrence (Fiennes), braço direito do antigo Papa, se vê a contragosto com a missão de liderar a nova eleição, e precisa equilibrar o próprio luto com a preocupação com a integridade do processo e as indagações sobre sua própria fé. Aos poucos, ele percebe que está no meio de uma teia de segredos perigosos que podem abalar todo o alicerce da igreja católica.
Elenco
Berger, que em 2023 faturou o Oscar de Melhor Filme Internacional com Nada de Novo no Front (Alemanha), dirige a trama a partir do roteiro de Peter Straughan. Ele comanda um elenco que conta com Stanley Tucci, John Lithgow, Isabella Rossellini e Ralph Fiennes. Além destes, Carlos Diehz, Lucian Msamati e Sergio Castellitto também têm grande destaque na trama.
Entrevistas
Para Ralph Fiennes, o que mais chamou atenção no Cardeal Lawrence são os elementos de sua personalidade que não estão nos livros.
Ele explica em entrevista ao IndieWire: “Eles sabem qual é o ritual para o processo de votação, eles sabem muitas coisas sobre que tipo de música pode ser tocada. Era importante, para mim, que acertássemos o ritual e esses detalhes práticos. Mas fiquei mais interessado no Lawrence como um homem questionando sua fé. Não sei se é possível pesquisar a crise da fé. Ter muitos fatos na sua cabeça não te faz necessariamente entregar uma boa cena.”
O diretor concorda. “Eu amo o tema da dúvida”, diz, ao Deadline. “Muitas pessoas se identificam porque todos nós temos. Temos nossas próprias jornadas, e esta engloba tanto a minha fé quanto minha fé nos filmes como uma força inspiradora e transformadora (...) A ideia é que ninguém sabe o que é a coisa certa, e você vai ter que confiar no seu instinto.”
Críticas
Conclave foi bem recebido pela crítica especializada e pelo público geral, e chegou a receber o apelido de “Meninas Malvadas do Vaticano” nas redes sociais — em tom de brincadeira, é claro. O filme atingiu a nota 79% no agregador Metacritic e de 93% no Rotten Tomatoes, com muitas análises positivas.
O Estadão destaca que o tom político da trama expõe as estruturas de poder que funcionam de forma laica, mesmo em um ambiente de extrema religiosidade. LEIA A CRÍTICA AQUI.
Polêmicas
Conclave assume riscos de polêmicas ao misturar dois assuntos sensíveis, a igreja e as disputas pelo poder. O filme também discute o papel da mulher no sacerdócio, e coloca algumas tradições do catolicismo em um lugar de questionamento. Por isso, o filme foi visto como afrontoso por algumas vertentes religiosas, que chegam a classificar o final como uma “provocação gratuita”.
Onde assistir
Conclave estreou nos cinemas brasileiros no dia 23 de janeiro. O filme segue em cartaz no circuito nacional.
