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Suporte na tormenta

Quem socorreu financeiramente os franqueados foram os donas das marcas; recursos do governo ajudam, mas não bastam

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Por Livia Andrade
2 min de leitura

A crise aproximou franqueadores e franqueados na busca de soluções para um cenário inédito. O faturamento médio das 161 mil unidades franqueadas no Brasil é de R$ 95 mil por mês, o que significa que elas não têm grandes recursos para fazer frente a um período tão longo de portas fechadas. “Cada franqueador adotou diferentes premissas, mas a totalidade deles injetou liquidez – seja através de políticas de isenção de royalties, seja na suspensão ou em descontos agressivos nas cobranças”, explica Moreira Leite, vice-presidente da ABF.

Divulgação: Calçados Bibi 

Três exemplos

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• A OdontoCompany, cadeia de clínicas odontológicas com 770 franquias em operação, desenhou com a instituição financeira parceira, o banco Santander, uma linha de crédito para quem precisasse de financiamento. Foram R$ 150 mil, 90 dias de carência e 24 meses para pagar.

• A varejista Calçados Bibi (60 franqueadas em um total de 120 lojas) fez carta-modelo para apoiar franquias na negociação de aluguel com shoppings e deu assessoria trabalhista e suporte jurídico sobre as medidas provisórias voltadas ao segmento, como a MP 936/2020, que trata de redução proporcional de jornada e salário e/ou suspensão temporária do contrato de trabalho.

• Franquia de limpeza corporativa, em junho a Jan-Pro notou crescimento de 300% na busca por serviços. A empresa até expandiu operações, o que o máster-franqueado Renato Ticoulat atribui à experiência consolidada, ao preparo e à pronta reação dos antigos e dos novos franqueados. “Sextuplicou o número de interessados, o que resultou em 29 novas unidades no meio da crise.”

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Podia ser melhor

No início de junho, o governo federal aprovou uma linha de crédito de R$ 15,9 bilhões para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A maior parte do recurso (80%) será destinada a empresas com faturamento anual até R$ 360 mil. Os outros 20% restantes vão para companhias que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. “O mote é a preservação dos micro e pequenos empresários, os maiores empregadores do Brasil”, diz Antonio Moreira Leite, vice-presidente da ABF. “Mas o arcabouço normativo não atende a totalidade de crédito que o empresário franqueado precisa. A maioria das franquias tem um faturamento anual da ordem de R$ 1,14 milhão e fica limitada aos 20% de recursos do programa.”

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