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Reciclagem carece de parcerias para decolar

Governo, sociedade e setor privado unidos podem destravar o setor

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Por Tetra Pak Brasil e Estadão Blue Studio
Atualização:
3 min de leitura

Um dado geral sobre a reciclagem no Brasil indica o desafio que está sobre a mesa de discussão quando o tema é a melhoria das taxas de reciclagem dos resíduos sólidos no País. Em 2010, quando o Brasil passou a ter sua Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), 4% de todo o lixo reciclável era aproveitado nas cadeias de reciclagem. Hoje, mais de uma década depois, a taxa está em 6%, segundo números da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Um dos gargalos que precisam ser enfrentados para que o quadro mude, avaliam especialistas no setor, está relacionado à falta de parcerias mais duradouras entre os vários grupos envolvidos no tema, seja o governo, o setor privado ou a sociedade. De acordo com os dados obtidos pelo Diagnóstico de Resíduos Sólidos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento e a partir da pesquisa Ciclosoft 2023, um total de 1.780 cidades brasileiras informam cobrir, conjuntamente, 76,6 milhões de pessoas com coleta seletiva porta a porta – o que equivale a 35,9% da população brasileira.

Outro ponto importante do diagnóstico levantado pelos dados da Ciclosoft 2023 diz respeito à baixa eficácia da coleta seletiva no Brasil, o que mostra a necessidade de mais ações para conscientizar e educar a população na correta separação dos resíduos na fonte geradora. No País, revela a pesquisa, a relação entre a massa de resíduos sólidos coletada seletivamente e o total gerado pelos municípios é de apenas 3,7%. Contexto que deixa evidente como existem problemas na ponta da cadeia da reciclagem. Eles vão desde a dificuldade de a população abraçar a ideia até o papel das prefeituras que, sozinhas, nem sempre conseguem dar conta do recado.

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“É importante destacar a relevância de uma rede em que todos os agentes, ou seja, empresas, sociedade civil e governo, participam ativamente para enfrentarmos os desafios ambientais, sociais e econômicos dos nossos dias”, afirma Valeria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul.

A empresa, líder mundial em soluções de processamento e envase de alimentos, é uma das que vêm colocando entre suas prioridades o apoio a projetos de fomento a ações sociais e de coleta e reciclagem. O que ainda é mais uma exceção do que regra, como mostram números da pesquisa Amcham “Panorama ESG Brasil 2023″. Segundo o levantamento, apenas 35% das empresas que atuam nas regiões brasileiras estão buscando adotar melhores práticas ESG em suas rotinas.

Projetos que funcionam

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No caso da Tetra Pak Brasil, todos os projetos somados do grupo beneficiaram 213 mil pessoas em 2022, atrelados a iniciativas de educação ambiental, coleta e reciclagem de materiais diversos – e não apenas embalagens longa-vida. O impacto social positivo se estende a grupos de catadores autônomos, agentes essenciais para o funcionamento da cadeia da reciclagem brasileira.

Segundo Valeria Michel, da Tetra Pak Brasil, empresas, sociedade civil e governo devem participar ativamente no enfrentamento aos desafios ambientais, sociais e econômicos do País Foto: Tetra Pak Brasil

A parceria público-privada espalhada por 21 cidades de São Paulo, dentro do projeto Recicla Cidade, é um dos exemplos positivos desenvolvidos recentemente. Em 2022, a iniciativa focou sete municípios da região do ABC. No total, mais de 12 mil toneladas de recicláveis foram recuperadas, além de 114 cooperados capacitados e mais de 176 mil pessoas impactadas. As ações de mobilização social e educação ambiental, por meio da integração com a comunidade e o poder público, contam com a parceria da ONG Espaço Urbano.

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