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Transição da frota a combustão em direção aos veículos 100% elétricos passa pelos híbridos flex

Aproveitamento da nossa matriz energética, com o uso do etanol aliado à eletrificação, é a melhor solução para o País, reforça a Stellantis

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Por Stellantis / Estadão Blue Studio
Atualização:
4 min de leitura

Utilizar as vantagens comparativas da matriz energética brasileira – como o etanol, combustível renovável cujo ciclo produtivo absorve carbono da atmosfera – e unir essa solução à modernidade das baterias, resultando em uma iniciativa de mobilidade inteligente, eficaz, moderna e limpa. Os esforços na busca das reduções local e global nos níveis de carbono, definidas em acordos e metas internacionais, têm a contribuição decisiva da indústria automotiva. E a Stellantis, a maior fabricante de automóveis e comerciais leves do País, detentora de 14 marcas icônicas, incluindo no Brasil a Fiat, Jeep, Ram, Peugeot, Citroën e Abarth, está dando passos importantes na direção desse futuro mais sustentável.

blue studio stellantis Foto: Divulgação

A empresa está estruturando uma plataforma de novos produtos e soluções, denominada BIO-ELECTRO, que articula esforços e tecnologia para desenvolver, fabricar e colocar nas ruas veículos híbridos, em busca de uma mobilidade mais limpa e sustentável.

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Como os veículos 100% elétricos ainda têm custo muito elevado, devido ao preço das baterias, e não contam com a necessária infraestrutura de recarga, a eletrificação da frota nacional é um processo que demanda tempo para se difundir.

Dessa forma, a hibridização, baseada em veículos flexfuel com propulsão combinada com eletrificação, é uma rota tecnológica de descarbonização melhor, mais rápida e mais segura para o Brasil, destacou João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, durante o podcast O Caminho para Zerar as Emissões na Indústria Automotiva, produzido pelo Estadão Blue Studio. Assista à gravação da entrevista aqui:

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“O Brasil tem grandes oportunidades em relação a outras regiões do planeta. Enquanto muitas regiões do mundo apostam nos 100% elétricos, surge esse desafio do custo da bateria, que ainda é muito cara – e não temos previsão de quando ela vai atingir um valor acessível para todas as faixas e segmentos de veículos”, explicou Medeiros. “Assim, o que buscamos neste momento, como um país em desenvolvimento, são alternativas de descarbonização na área automotiva que nos permitam ter tecnologias e produtos que sejam acessíveis, para atender todas as faixas de consumidores.”

Para Medeiros, o primeiro passo em busca de soluções mais realistas em relação à realidade brasileira é “unir forças”.

“O BIO-ELECTRO traz a oportunidade de trabalharmos com universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento, startups e outros parceiros estratégicos, em busca de uma rota tecnológica para implementar soluções que gerem valor na nossa região, de maneira equilibrada do ponto de vista ambiental, social e econômico.”

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O desafio é grande, destacou o executivo, mas o envolvimento dos parceiros é que vai permitir adequar as soluções para os diferentes segmentos, com distintos níveis de eletrificação, para uma transição gradual da combustão para os 100% elétricos. Os híbridos flex são o caminho natural para o Brasil.

Um teste comparativo realizado pela Stellantis confirmou as efetivas vantagens do uso do etanol na frota nacional, como uma excelente alternativa para a redução das emissões.

“Observamos e medimos um carro circulando com 100% de etanol, e depois também o mesmo veículo utilizando gasolina e ainda 100% a bateria nas realidades europeia e brasileira”, apontou Medeiros.

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Com o uso de etanol, o total de emissões, comparando-se o ciclo de vida completo do carro – desde a retirada de materiais da natureza como aço, alumínio e plástico, a fabricação, o uso e o descarte do veículo –, fica bem próximo do gerado pelo 100% elétrico.

“O fato de o etanol ser renovável faz com que o CO2 que sai do escapamento seja, de forma natural, capturado pela próxima safra de cana-de-açúcar. Isso faz com que, no aspecto renovável, essa eficiência fique em 70% a 80%, tirando-se dessa conta apenas o uso de máquinas de cultivo que ainda rodam a diesel, assim como os caminhões que transportam o combustível até os postos, também a diesel”, disse Medeiros.

“Assim, o nível de pegada de carbono de um mesmo carro a etanol e 100% elétrico, levando-se em conta todo o ciclo, acaba resultando num empate técnico, já que no caso da bateria existe emissão na produção de energia e fabricação da própria bateria, dependente da extração de matérias-primas.” Conclusão: o uso do etanol propicia uma mobilidade de baixo carbono, que pode ser otimizada com a hibridização.

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João Irineu Medeiros destacou outro dado que evidencia a riqueza brasileira na área dos combustíveis renováveis: dos cerca de 44,5 milhões de veículos hoje circulando no País, aproximadamente 42 milhões são leves e comerciais leves. Destes, de 10 milhões a 12 milhões já usam o etanol – e o restante, gasolina com 27% de etanol na fórmula. “Considerando que as emissões dos veículos movidos a etanol são muito próximas às dos 100% elétricos em todo o ciclo de vida, é como se esta frota já fosse eletrificada. Nenhum país do mundo tem isso.”

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