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Cuba recebe Chanel com clima de anos 50

Os carrões antigos e coloridos foram o ponto de partida para a coleção Cruise, apresentada em pleno El Paseo del Prado, na cidade de Havana

Por Maria Rita Alonso
Atualização:
A top Gisele Bündchen estava primeira fila do desfile da coleção Cruise da Chanel. Os convidados chegaram nos carrões antigos e supercoloridos de Cuba Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini

HAVANA - Rosa-chiclete, verde-bandeira, azul-bebe, cor de abóbora, vinho e branco... Os carrões antigos e supercoloridos de Cuba foram o ponto de partida para a coleção Cruise da Chanel, apresentada ontem em pleno El Paseo del Prado, em Havana. A cidade parou para ver a tropa de Karl Lagerfeld, diretor criativo da maison, passar. Os moradores se apinhavam nas varandas dos casarões ao longo da passarela acenando para os convidados que chegavam a bordo, justamente, dos carros dos anos 40 e 50, que são cartões-postais da Ilha. Buzinas, tchauzinhos, aplausos. A recepção dos cubanos à turma da moda foi calorosa, alegre e barulhenta. Uma loucura.

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Entre as celebridades que animaram a plateia local estavam o ator Vin Diesel, a atriz Tilda Swinton e o rapper Pit Bull. Na passarela, mais de 100 modelos, alguns deles selecionados em Havana mesmo. O mais famoso espectador era um dos netos de Fidel, Tony Castro, de 19 anos, estreante no mundo da moda. Do Brasil, vieram três tops do momento: Amanda Sanchez, Ari Westphal e Cris Hermann. Gisele Bündchen estava na primeira fila, improvisada nos banquinhos de madeira do Paseo, acomodada ao lado das editoras e das clientes fiéis, que vieram da Europa, da América do Sul e da Ásia, para acompanhar de perto o show.

De certa forma, o Paseo del Prado ilustra uma espécie de união entre Cuba e França. Reformado em 1928, o lugar exibe esculturas de leões desenhados pelo designer francês Jean Puirforcat em parceria com o escultor cubano Jean Comas. Quando as modelos elegantes de Chanel entraram dançando (meio desajeitadas, mas muito graciosas) ao som da orquestra Rumberos de Cuba, essa mistura cultural não pareceu estranha. Foi, aliás, bem harmoniosa.

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