NFT do mandado de prisão contra Mandela será leiloado na África do Sul

Reprodução digital do documento original foi especialmente elaborada para o leilão 61 anos após sua emissão

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Por Redação
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CIDADE DO CABO - Uma reprodução digital NFT do único mandado de prisão contra o herói da luta contra o apartheid, Nelson Mandela, encontrado e conservado, será leiloado neste sábado 26 na Cidade do Cabo, anunciou a empresa sul-africana Momint.

“Uma versão digital do mandado de prisão original de 1961 contra Nelson Mandela foi especialmente elaborada e estará à venda 61 anos após sua emissão”, informou a plataforma de leilões online em comunicado nesta quarta-feira, 23.

NFTs são certificados de autenticidade e propriedade com base na tecnologia blockchain, sistema considerado inviolável que também autentica a transações de criptomoedas.

Mandela agradece público presente em ato antes de eleições de 1994  Foto: Walter Dhladhla / AFP

O primeiro presidente negro sul-africano foi preso em 5 de agosto de 1962, no leste do país. Clandestino, liderou a luta armada do Congresso Nacional Africano (ANC).

O documento original que pede sua prisão, agora amarelado e com as bordas puídas, está escrito em inglês e africâner, língua colonial derivada do holandês. Ele é mantido nos arquivos da fazenda de Liliesleaf em Joanesburgo, que receberá o dinheiro da venda.

Local histórico

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Este local simbólico da luta contra o apartheid - transformado em museu e onde Nelson Mandela viveu clandestinamente, disfarçado de jardineiro e motorista - fechou as suas portas em setembro de 2021 devido a dificuldades financeiras.

O documento, tecnicamente, trata-se de um pedido da Promotoria a um juiz, que tem autoridade exclusiva, para emitir um mandado de prisão contra Mandela. Vários pedidos semelhantes teriam sido assinados pelo poder Judiciário.

“Acredita-se que este é o tipo de documento que foi usado para prender Mandela”, explicou Nicholas Wolpe, diretor da Fundação Lilieslief, à agência France Press, lembrando que é a única cópia conhecida até o momento. / AFP

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