Rússia pediu ajuda econômica e militar à China, dizem autoridades dos EUA

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Por Redação
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WASHINGTON - Autoridades dos EUA afirmaram que a Rússia solicitou equipamentos militares da China após a ordem do presidente russo, Vladimir Putin, de invadir a Ucrânia, em fevereiro. Segundo o jornal Financial Times, o pedido provocou temores na Casa Branca de que Pequim pudesse ajudar Moscou e minar os esforços ocidentais para evitar uma catástrofe na Ucrânia.

O governo da Rússia também pediu à China mais ajuda econômica para neutralizar o impacto que sua economia sofreu com as sanções impostas pelos EUA e países da Europa, de acordo com uma autoridade do governo americano ouvida ontem pelo New York Times.

Ucranianos tentam ligar um tanque russo que foi abatido na Ucrânia  Foto: Tyler Hicks/The New York Times

De acordo com uma fonte citada pelo Financial Times, os EUA estão “se preparando para alertar seus aliados a respeito da situação, diante de algumas indicações de que a China pode estar se preparando para ajudar a Rússia”.

“Autoridades dos EUA também disseram que havia sinais de que a Rússia estava ficando sem alguns tipos de armamento à medida que a guerra na Ucrânia avança e se aproximava da terceira semana”, afirmou o jornal.

O presidente da China, Xi Jinping, fortaleceu sua parceria com Putin e o apoiou antes do início da campanha militar na Ucrânia. Autoridades americanas, no entanto, não comentam sobre a reação do governo chinês aos bombardeios a civis e ao cerco de cidades ucranianas.

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, deve se reunir hoje em Roma com Yang Jiechi, membro do Politburo do Partido Comunista da China e diretor da Comissão Central de Relações Exteriores do partido. Ontem, Sullivan disse que pretende convencer Jiechi a não fornecer qualquer ajuda à Russia.

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”Estamos comunicando diretamente, em particular a Pequim, que haverá consequências em caso de evasão das sanções ou apoio à Rússia”, afirmou Sullivan, em entrevista à CNN. “Não permitiremos que isso avance e haja uma tábua de salvação para a Rússia.”

Alguns assessores do presidente Joe Biden argumentam que pode ser possível dissuadir Pequim de ajudar Moscou. Os líderes chineses podem se contentar em oferecer apoio retórico e não querer se envolver ainda mais com Putin, fornecendo apoio militar à guerra, dizem autoridades americanas. / NYT

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