O Google anunciou nesta segunda-feira a criação de uma nova versão de seu sistema operacional Android. Chamada de Android Things, a plataforma será voltada para eletrodomésticos inteligentes e conectados, depois de resultados mistos que a empresa teve em versões do Android para carros, relógios inteligentes e televisores.
O Android Things chega ao mercado um dia antes da conferência anual do Google para desenvolvedores, o Google I/O, e pode levar o assistente virtual do Google Assistant a refrigeradores, robôs e até mesmo caixas registradoras e máquinas de venda automática.
“O objetivo é permitir que esses eletrodomésticos sejam montados de forma mais rápida, barata e segura", disse Venkat Rapaka, diretor de gerenciamento de produtos do Google.
Os recursos do Android têm como objetivo dar aos usuários uma interface consistente em todos os dispositivos, enquanto o Google e seus parceiros de negócios se beneficiam de uma forma padronizada de distribuir seus aplicativos.
Embora o Google não cobre fabricantes de hardware pelo Android, a empresa espera gerar um retorno, uma vez os consumidores usam novos gadgets para usar o motor de buscas da empresa, assistir a vídeos no YouTube e comprar conteúdo de sua Play Store.
O sistema operacional Android alimenta muitos dos smartphones do mundo e direciona os consumidores para os aplicativos de cunho financeiro do Google. Mas o Google tem lutado para ampliar o domínio do Android em outras áreas nos últimos quatro anos, disseram analistas de tecnologia e finanças.
Fraquezas. Até aqui, os sistemas independentes da empresa tem tido problemas no mercado, porém. O Android Auto ainda não está profundamente integrado em nenhum carro. O fornecimento de smartwatches com Android Wear OS foi superados em número de dispositivos pela rival Apple ano passado, segundo a empresa de pesquisa IDC.
Em cada categoria, o sistema Android, do Google, apresentou menos participação de mercado no ano passado do que as variantes do Android personalizadas pelo fabricante, menos proveitosas para o Google porque geralmente não são pré-carregadas ou compatíveis com seus aplicativos.
Segundo os executivos do Google, porém, há oportunidades -- especialmente na Ásia e na América Latina; na primeira, a Android TV ganhou espaço entre operadoras de TV por assinatura, na segunda, há atenção vinda de países como o Brasil.