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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Guerra Hamas-Israel

Proporcionalidade

Um porta-voz do grupo terrorista Hamas, Ghazi Hamad, em entrevista a uma TV do Líbano, afirmou que o grupo vai continuar com os atentados contra Israel até sua aniquilação. Como deveria ser a proporcionalidade para Israel salvar seu Estado e sua população? Conversar sobre paz e a criação de dois Estados? Sempre foi assim, desde 1948, os radicais do islã jamais aceitarão um Estado judeu na região.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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A fraqueza da ONU

Em 1948, quando criou o Estado de Israel e, infelizmente, só não fez o mesmo com a Palestina porque dificuldades impediram, a ONU buscava a paz para o Oriente Médio. Nos três quartos de séculos que se passaram, o mundo assistiu à Guerra de Suez (1956), à dos Seis Dias (1967), do Desgaste (1969-1970), do Yom Kippur (1973) e a dezenas de outros conflitos, atentados e manifestações da falta de entendimento na região. A geopolítica da área alterou-se por obra da força. Para piorar, o terrorismo encontrou habitat favorável e é hoje mais um fator de desavença regional. O sonho original das nações da ONU (hoje são 193) fica cada dia mais distante. A guerra Israel-Hamas parece interminável. Em menos de um mês, já matou mais de 10 mil pessoas, a maioria mulheres, idosos e crianças que nada têm que ver com o conflito. O organismo não resolve a guerra em Israel nem aquela entre Rússia e Ucrânia, que já dura quase dois anos. Da forma como vem funcionando, a ONU não passa de um Clube do Bolinha. Qualquer decisão no Conselho de Segurança, por exemplo, mesmo que com adesão da maioria, pode ser vetada por um dos cinco membros permanentes (Rússia, EUA, França, Reino Unido e China). Resolução proposta pelo Brasil que pedia um cessar-fogo e um corredor humanitário na guerra Israel-Hamas teve 12 de 15 votos, mas foi vetada pelos EUA e não se concretizou. Sem poder de decisão nem força para fazer valer suas decisões, a ONU não tem mais razões para existir.

Dirceu Cardoso Gonçalves

aspomilpm@terra.com.br

São Paulo

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STF

Dever constitucional

A demora de Lula em indicar o novo ministro do STF se explica: desta vez não há mais um advogado e amigo pessoal a quem ele deve gratidão. Não foi esse o critério na escolha de Dias Toffoli e Cristiano Zanin? É a única explicação plausível, já que a aposentadoria de Rosa Weber não foi um ato imprevisto. Já se sabia que sua cadeira ficaria vaga no fim de setembro de 2023. Lula está confundindo dever constitucional com livre-arbítrio.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

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O esforço de Sua Excelência

Como todo ser humano, o sr. presidente da República pode incidir – o que tem ocorrido amiúde – em diversas falhas, mas, salvo melhor juízo, o editorial Um atraso maroto (Estadão, 1/11, A3) não lhe faz justiça, ao criticá-lo pela demora na indicação do(a) ministro(a) que, no STF, deverá suceder a Rosa Weber. Não se trata, evidentemente, de demora resultante da priorização de temas menos relevantes, em detrimento da atenção devida ao STF e aos brasileiros em geral. É que, considerando a enorme importância do assunto, está Sua Excelência, com certeza, à busca de um nome que, preenchendo os requisitos constitucionais, possa ser submetido ao crivo do Senado. Embora contando cerca de 210 milhões de habitantes, quem sabe não esteja o Brasil se confrontando com grave dificuldade na identificação de quem de fato atenda aos ditames da Constituição? Logo, ao pensar no requisito “notável saber jurídico”, seria muito difícil atinar-se com a suprema dificuldade de identificar um candidato comparável com os que Sua Excelência nomeara durante seus mandatos anteriores? Imagino, pois, que ele deva estar dedicando seu tempo a sabatinar, ele próprio, possíveis candidatos, sob todos os aspectos e em toda a extensão, não só para se capacitar de seus saberes jurídicos, mas para se certificar dos altos padrões éticos e morais que, no mínimo, sejam iguais aos seus próprios. Portanto, é necessário um pouco mais de paciência, que tudo se resolverá a contento. A única questão em aberto será saber a contento de quem.

Lionel Zaclis

lzaclis@uol.com.br

Itu

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Esclarecimento

No editorial Eleição não é vale-tudo (2/11, A3), mencionou-se que em 2022 Walter Braga Netto era candidato à reeleição. Não tendo nunca ocupado um cargo eletivo, ele era apenas candidato a vice-presidente da República.

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

FICHA SUJA

TSE dá a Bolsonaro título inédito: duplamente ficha suja; ao ex-presidente resta esperar pela anistia (Estado, 31/10). Enquanto isso, o também ficha suja – aliás, bem mais suja que Jair Bolsonaro – Lula da Silva, o condenado e vergonhosamente anistiado pelo desacreditado Supremo Tribunal Federal (STF), continua governando o Brasil. “Pode isso, Arnaldo?”

Maurílio Polizello Junior

polinet@fcfrp.usp.br

Ribeirão Preto

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BOLSONARISMO SE ESVAINDO

Pouco a pouco, os principais integrantes do governo Bolsonaro – como ele próprio – vão, por decisão da Justiça, se tornando inelegíveis, como ocorreu agora com Braga Netto, por abuso de poder pelo uso de atos oficiais do 7 de setembro do ano passado. É claro que os adeptos radicais do antigo presidente vão postar nas redes da internet, de forma compulsiva, que ele está sendo vítima da magistratura nacional. Mas cada vez tais afirmações não têm mais credibilidade na maioria da nossa imensa população para o desespero desses radicais extremistas, que, inclusive, adjetivam a imprensa livre que possuímos agora como aliada desse setor de nossa comunicação nacional.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

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PAZ SIM, GUERRA NÃO

Para onde eu vou? Quando um território está submetido a intenso bombardeio, esta pergunta provavelmente passa pela cabeça de cada habitante daquela região. Não deve ser fácil ter como resposta “não tenho para onde ir”, e a solução é permanecer na área que está sendo destruída por tanques, caças, mísseis e outras armas, sabendo que tem pouca chance de sobreviver. Ah, como são cruéis os homens que por tão pouco fazem guerras. Matam inocentes, destroem cidades inteiras e são capazes de dormir bem durante a noite como se nada estivesse acontecendo. Paz sim, guerra não.

Jeovah Ferreira

jeovahbf@yahoo.com.br

Taquari (DF)

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ANTISSEMITISMO

No último domingo, centenas de pessoas protestaram no principal aeroporto da região russa do Daguestão, pela chegada de um avião proveniente de Tel Aviv, gritando frases antissemitas e perseguindo passageiros. Enquanto isso, a Casa Branca informou que houve um “aumento alarmante de incidentes antissemitas em escolas e faculdades” dos Estados Unidos desde o ataque do Hamas sobre Israel. Entre elas, Cornell e Harvard. Países da Europa também registram aumento de manifestações antissemitas. No Brasil, embora não tenha havido até o momento incidentes mais graves, nota-se um claro crescimento, nas redes sociais, de comentários em que a palavra “judeu” é usada de forma visivelmente jocosa, irônica, preconceituosa, depreciativa e, portanto, antissemita. O antissemitismo no mundo não é nenhuma novidade. Por vezes, ele dá alguma trégua, mas retorna com força ao menor pretexto. Independentemente do que está acontecendo na Faixa de Gaza, antissemitismo é uma forma de racismo, portanto, é ilegal e imoral, e uma das manifestações mais degradantes da estupidez humana. Combater a ignorância, embora não seja tarefa fácil, é sumamente necessário.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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SOLUÇÕES PARA O RIO DE JANEIRO

A crise de segurança no Rio de Janeiro demanda soluções abrangentes para enfrentá-la eficazmente. Cinco medidas essenciais incluem a ampliação do uso de tecnologia e inteligência para monitorar áreas críticas; combate ao crime organizado e antecipação de possíveis ameaças; investimento na capacitação e valorização dos policiais, juntamente com políticas que melhorem as condições de trabalho e reduzam a corrupção; implementação de programas sociais e educacionais para oferecer oportunidades às comunidades vulneráveis, reduzindo a propensão à criminalidade; melhoria da infraestrutura, iluminação e serviços básicos em áreas de alto índice de criminalidade para promover um ambiente mais seguro; e o estabelecimento de parcerias entre as esferas federal, estadual e municipal para garantir uma abordagem coordenada no combate à criminalidade, visando a integração de esforços.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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PRISÕES NO RIO DE JANEIRO

Parabéns às polícias do Rio de Janeiro, que estão prendendo um dos principais responsáveis pela violência no Estado: os milicianos. E quando começará a prisão dos traficantes de drogas?

Luiz Felipe Schittini

fschittini@gmail.com

Rio de Janeiro

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NÃO TEM JEITO?

Será que este Brasil tem jeito? Depois de um presidente candidato a déspota, temos um presidente que passou pela cadeia condenado por tolerar (ou partidar) ou participar da corrupção. Esperávamos que o atual presidente voltasse decidido a demonstrar sua capacidade de governar o País. Mas uma vez no poder, não resistiu aos seus encantos, e saiu visitando erradamente novos países não democráticos e tentando intervir nas guerras da Ucrânia e de Israel. Agora, aqui no Brasil, está começando a destruir sua garantia de um bom ministério da Fazenda. Desse jeito não vai!

Luiz Antonio Ribeiro Pinto

brasilcat@uol.com.br

Ribeirão Preto

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LULA E HADDAD

A síndrome está de volta. Lula opina de Economia e desrespeita Fernando Haddad com qual objetivo? Está querendo se reeleger e ele será um concorrente? Ou o Centrão também quer este ministério?

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

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HADDAD E A “FAZENDA”

Após a triste entrevista da última segunda-feira de Haddad – na qual demonstrou total desconhecimento do que é o Ministério da Fazenda, do que é equilíbrio fiscal e do que vem a ser dignidade –, cheguei a uma conclusão, tão triste quanto a mencionada entrevista: acho que Haddad pensou que na pasta da Fazenda ele fosse cuidar de gado!

Ary Braga Pacheco Filho

ary.pacheco.filho@gmail.com

Brasília

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ORÇAMENTO DE 2024

Lula afirmou que não cortará nem uma vírgula do Orçamento de 2024. As vírgulas, os pontos de interrogação e de exclamação podem continuar. Prudente seria cortar alguns bilhões dos R$ 2,7 trilhões do gordo orçamento de 2024, tornando viável o “déficit zero” planejado por seu zeloso ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Não é só arrecadando mais que se empata receitas e gastos.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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PÍFIO RECUO DO DESEMPREGO

Como bem previsto pelos analistas econômicos, a atividade produtiva neste segundo semestre de 2023 desacelera. E a Pnad Continua do IBGE confirma essa desaceleração, quando divulga o índice de desemprego do trimestre encerrado em setembro, no qual a população desocupada chegou a 7,7%. Já o total de trabalhadores ocupados de 99,8 milhões é um recorde para esse período. A renda média apurada de R$ 2.982, para esse terceiro trimestre cresceu 1,7% em comparação ao segundo trimestre, e 4,2% em relação ao mesmo período de 2022. Já o total da massa salarial atingiu R$ 293 bilhões e a população desocupada de 8,3 milhões, recuou em 3,8% . Porém, o IBGE também apurou que falta trabalho para 20 milhões de brasileiros. Já a recém pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indica que foram criados 211,7 mil empregos com carteira assinada em setembro ou queda de 23,4% em relação ao mesmo período de 2022, em que foram criadas 278 mil novas vagas. E no acumulado dos primeiros nove meses do ano, foram abertas 1,6 milhão vagas de empregos, número esse também menor 26,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

Paulo Panossian

paulopanossian@hotmail.com

São Carlos

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UM PAÍS CHAMADO BRASIL

O presidente da República não governa, quem governa é o Centrão e o chefe do Centrão. O STF há muito deixou de ser um colegiado, quem manda e desmanda é um único e poderoso ministro. A Justiça também tem um ministro, mas quem manda mesmo é o crime organizado, que manda fechar comércios, paralisa escolas e bota fogo no país. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) saíram ilesos da comissão parlamentar de inquérito (CPI), e até um dos seus principais líderes está cotado para assumir a prefeitura da maior cidade do país. O PT, que se diz Partido dos Trabalhadores, não reconhece como terrorista uma organização que assassinou brutalmente trabalhadores, pais de família, idosos, adolescentes, crianças e bebês. Ah, e até brasileiros. Mas vem aí a final da Libertadores, as rodadas decisivas do Brasileirão e o Rei Momo já está botando as manguinhas de fora, principalmente aqui na Bahia, onde as autoridades e o povão “só pensam naquilo”.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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A AMAZÔNIA SECOU, E DAÍ?

A Amazônia secou muito antes das piores previsões, os rios gigantescos simplesmente sumiram. É inacreditável que ninguém no País esteja remotamente preocupado. Em Brasília, não se toca no assunto. Estão todos aproveitando a seca na Amazônia para colocar fogo e acabar de vez com a floresta. O País ainda não começou a sentir os efeitos da seca sem precedentes na Amazônia, ninguém sabe para onde foi toda aquela água e se um dia ela vai voltar. Quem sabe quando as lavouras de soja secarem alguém se coce para fazer alguma coisa.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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ENSINO SUPERIOR

É comum cometermos erros quando nos referimos a não termos recursos para a execução de alguma função. Porém, o ministro da Educação, Camilo Santana, ao comentar “o MEC não tem perna”, não comete apenas um erro, mas deixa claro desconhecer por completo que este termo é um exemplo claro de capacitismo, contribuindo para a divulgação de uma atitude e prática discriminatórias em relação às pessoas com deficiência física. Assim, como o MEC vai cuidar das faculdades se até o ministro da Educação merece reprovação e melhora dos conceitos?

Fabio Baptista

fabaptista@uol.com.br

São Paulo

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ANHEMBI - CAIO DE ALCÂNTARA MACHADO

Conforme noticiado, o Pavilhão do Anhembi, inaugurado na distante década de 1970, está sendo demolido para a construção e ampliação do espaço expositivo, mais moderno e adequado às novas exigências profissionais, segundo a sua concessionária por 30 anos, a francesa GL Events. Em vez de ser renomeado de Distrito Anhembi, deveria receber, como justa e merecida homenagem ao seu idealizador, o nome de Caio de Alcântara Machado, o visionário empreendedor e pioneiro na realização das feiras comerciais no Brasil. Fica a sugestão.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo