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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
12 min de leitura

STF

Revés

Toffoli suspende multa da Odebrecht, em novo revés para punições da Lava Jato (Estadão, 2/2, primeira página). Revés para a Lava Jato não; revés para todos os brasileiros que pagam impostos.

Jose Carlos Prado Alves

patioba.prado@gmail.com

São Paulo

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Insulto

Quando li o editorial O STF insulta os brasileiros (Estadão, 3/2, A3), pensei: “Quem ditou a eles o que eu gostaria de escrever?”. Eu me sinto, mesmo, insultada quando um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), monocraticamente, simplesmente suspende o pagamento de multa bilionária da Odebrecht estabelecida em acordo de leniência, querendo fazer crer que nenhuma corrupção jamais ocorreu e desqualificando todas as instâncias inferiores da Justiça do País. Isso não me parece democracia. A palavra final é de que, no Brasil, o crime compensa, principalmente quando cometido pelos amigos do poder. A sensação de desânimo e de desesperança é enorme. Sinto que este país jamais terá justiça e desenvolvimento.

Ana Lúcia Merlino

analucia.merlino@gmail.com

São Paulo

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Sobre o editorial O STF insulta os brasileiros, é isto mesmo que pensamos: a decisão de Toffoli é uma afronta à nossa inteligência e um desrespeito aos brasileiros.

Jeanete Luisa Santinon

santinonjeanete@gmail.com

Valinhos

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Cumprimento o Estadão pelo excelente editorial O STF insulta os brasileiros. Só a pressão da mídia tradicional, não cooptada, pode alterar ou ao menos atenuar esta terrível situação. O fim das decisões monocráticas já seria um primeiro passo.

Marcos Lefevre

lefevre.part@hotmail.com

Curitiba

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Operação Lava Jato

E muitos vão sendo perdoados. Diz o ditado que “feio é roubar e não poder carregar”. Mas esses todos estão tranquilos, pois aqui a justiça faz o carreto.

A.Fernandes

stsandyball@hotmail.com

São Paulo

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Crise climática

Conscientização

Escrevo em referência ao artigo do jornalista Flávio Tavares intitulado Ignoramos a ciência festejando a ignorância (Estadão, 2/2, A4). Concordo inteiramente com o texto quanto ao descaso dos políticos com as mudanças climáticas. Acrescento que a maior parte da população brasileira também pouco se importa com a sua possível parcela de culpa. Por exemplo, as pessoas continuam realizando viagens a lazer sem nenhum remorso quanto à enorme poluição causada pelos aviões, como também pelos navios e pelos veículos rodoviários que utilizam combustíveis fósseis. Não quero ser radical, nem podemos acabar com o turismo no Brasil, mas precisamos refletir, com urgência, sobre mudanças dos nossos hábitos. Alguns sacrifícios serão necessários. Precisamos de amplas campanhas nos meios de comunicação (como foi para a vacinação contra a covid-19) para que todos (inclusive eu) sejamos menos egoístas e realmente eficazes na redução da emissão dos gases que causam o efeito estufa (isso à parte de outras diversas atitudes que deveríamos tomar a favor do meio ambiente). Enquanto o povo não se conscientizar de que estamos evoluindo para uma catástrofe, as autoridades brasileiras permanecerão no marasmo de sempre.

Rosemarie Rohn

rosemarie.rohn@unesp.br

Rio Claro

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Pregação no deserto

Para usar uma metáfora já surrada, o artigo do professor Flávio Tavares Ignoramos a ciência festejando a ignorância soa como uma pregação no deserto. O que essa metáfora esconde de assustador é que o sentido de “deserto” vai deixando de ser uma metáfora para se tornar uma realidade, como no próprio conteúdo da mensagem que o artigo nos traz. Temos olhos para ver (“tudo é visível”, diz ele) e uma mistura em partes desiguais de ignorância e cinismo para negar o que vemos. Os sinais deste avançado processo de autodestruição que a humanidade vem conduzindo com sucesso são bem apontados na matéria, mas, ainda assim, são apenas sinais. Se é certo, como diz o professor Flávio, que “a natureza grita pedindo socorro”, não podemos descartar o risco de que só esteja limpando a garganta, por enquanto. Quando ela realmente gritar, poderá ser tarde para todos nós. Agradeço e cumprimento o professor Flávio Tavares pelo texto e o jornal por publicá-lo.

Rogério Roberto Abreu

abreu.rrg@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PANTOMIMA

Retirada de grades expõe aliança entre Planalto e STF (Estadão, 2/2, A8). Abissal pantomima, amor e harmonia, da boca para fora, com declarações candentes e eternas do sorridente presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e do presidente Lula. Logo ele, que tem o costume de insultar adversários com palavreado pesado. O furor cívico e patriótico culminou com a retirada das grades que protegiam a Suprema Corte das medonhas e deploráveis cenas de 8 de janeiro de 2023. A cerimônia seria ainda mais extraordinária e marcante, se Lula, Janja e Barroso cortassem uma fita simbólica, ao som dos fortes clarins e cornetas dos briosos Guardas dos Dragões da Independência e da banda de música do Palácio do Planalto. Seria glorioso e inesquecível.

Vicente Limongi Netto limonginetto@hotmail.com

Brasília

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ALIANÇA OU SUBMISSÃO?

Num gesto simbólico, “retirada de grades expõe aliança entre planalto e STF”, como noticiado pelo Estadão. O STF deveria representar o Judiciário no mais alto grau e defensor dos preceitos constitucionais, portanto um poder totalmente independente e livre de influências partidárias e ideológicas. A aliança com o Executivo demonstra o não cumprimento de sua independência e principal finalidade. Desde o mensalão, um dos juízes se comportou como advogado de defesa do PT, contrapondo-se a todas as determinações do relator, o juiz Joaquim Barbosa. Além disso, já foram indicados a cadeiras no STF o ex-advogado do PT que hoje mais parece atuar como defensor de empreiteiras, o advogado do atual presidente da República e o grande defensor da candidata Dilma Rousseff. Não podemos esquecer que o atual ministro da Justiça, contrariando norma constitucional, livrou Dilma da cassação dos direitos políticos. O governo anterior, além de não respeitar o STF, também adotou os mesmos critérios em suas indicações. Quando se avalia esse comportamento no órgão máximo da Justiça e sua subordinação ou contraposição ao Executivo, na dependência deste ou daquele presidente ou grupo partidário, o nível de corrupção no Brasil só pode ser classificado como lamentável.

José Paulo Cipullo j.cipullo@terra.com.br

São José do Rio Preto

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DEMOCRACIA

O ministro do STF Luís Roberto Barroso disse que não precisa gastar tempo falando de democracia com o presidente Lula. Certamente, sabe que seria perda de tempo.

Luiz Roberto Savoldelli savoldelli@uol.com.br

São Bernardo do Campo

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ELEIÇÃO NO CONGRESSO

Valdemar Costa Neto parece um principiante ao revelar que o PL terá candidato próprio para o comando da Câmara dos Deputados. É preciso combinar com os 96 deputados que formam a maior bancada atualmente. No ano que passou, algumas ovelhas se desgarraram do rebanho. Quem garante que outras mais não se desgarrarão? Como vimos, parlamentares gostam de dinheiro e quem oferece mais leva. Já no Senado é dada como certa a eleição de Davi Alcolumbre, um senador que sabe comprar apoios e, tudo indica, estará de braços dados com Lula. Decepcionante não aparecer, entre os 81, um nome para competir com Alcolumbre. Não sei se é preguiça, conformismo ou interesse escuso. Isso desanima cada vez mais o eleitor, pois muitos que se elegeram estão mudos, são omissos e ficam vendo a banda passar. Salários e mordomias garantidas, o negócio é viver na sombra. Pobre Brasil!

Izabel Avallone izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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CONCURSO PÚBLICO

Um regime presidencialista como o nosso pressupõe um Parlamento representativo, cuja função é criar, pelo debate, leis que visem ao bem comum e filtrar as decisões do Executivo, de modo a afiná-las com os anseios da população. Não é bem assim que funciona por aqui. Um sistema eleitoral viciado, com incríveis mais de 30 partidos disputando espaço e uma legião de votantes despreparados, dão origem a candidatos que, talvez por deformações históricas, quando eleitos, não veem a escolha como uma forma de representação do povo que os sufragou, mas como a aprovação num difícil concurso público, que os habilita a um emprego repleto de privilégios e prerrogativas, cuja preservação priorizarão ao longo do mandato, durante o qual procurarão também multiplicar o patrimônio. E o povo que prometeram representar? Não precisa ser ouvido, como declarou certa vez um deles, enquanto exercia cargo de liderança na Câmara, sendo necessário somente nas próximas eleições, quando, de novo, será tangido a votar.

Paulo Roberto Gotaç pgotac@gmail.com

Rio de Janeiro

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O CRIME COMPENSA

O crime compensa? , indaga Eliane Cantanhêde em sua coluna no Estadão de 2/2, analisando em detalhes o perdão bilionário concedido pelo ministro Dias Toffoli, do STF, à Novonor Odebrecht, no valor de R$ 8,5 bilhões, repetindo o mesmo gesto oferecido à J&F, dos irmãos Batista, de R$ 10,3 bilhões. No Brasil, o crime sempre compensa, se for de muitos milhões e, ainda mais, se ultrapassar o bilhão. Nunca roube pouco, porque vai dar cadeia.

Paulo Sergio Arisi paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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O ESPERADO

Qualquer cidadão honesto, ao ler a coluna de Eliane Cantanhêde O crime compensa?, fica indignado, mas jamais surpreso. É claro que no Brasil o crime compen$a. O ministro do STF Dias Toffoli está fazendo exatamente aquilo que se esperava: advogando para o PT. Todos os condenados pela Operação Lava Jato (começando pelo presidente da República) estão livres, enquanto os julgadores estão sendo esmagados. Sinto vergonha de ser brasileiro.

Luciano Nogueira Marmontel automatmg@gmail.com

Pouso Alegre (MG)

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ACORDO DE LENIÊNCIA

A empresa apresentou ao Ministério Público Federal a planilha de propinas pagas a agentes públicos (prova de corrupção ativa/passiva), aceitou um acordo homologado pela Justiça. Também houve confissão de seu diretor. Como pode um ministro suspender o pagamento da multa imposta? Isso fede! Um escárnio a decisão.

Edmar Augusto Monteiro eamonteiroea@hotmail.com

São Paulo

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JUSTIÇA

A defesa que o ministro do Dias Toffoli está fazendo da antiga Odebrecht em acordos feitos com o Ministério Público durante a Operação Lava Jato, para dezenas de funcionários da empresa não serem presos, chega a ser vergonhosa. Estamos falando de bilhões de reais que retornariam aos cofres públicos. Talvez algum ministro do STF tente também averiguar se o ex-juiz Sergio Moro estava habilitado para o cargo que exercia. Claro que a corrupção avança como nunca antes na história deste país.

Luiz Frid fridluiz@gmail.com

São Paulo

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TOFFOLI, SEMPRE ELE

Com este festival de nulidades promovido por decisões monocráticas do ministro Dias Toffoli, fica uma dúvida: o contribuinte não vai ver a dinheirama desviada dos cofres públicos de volta? Afinal, neste imbróglio todo, a vítima é o povo, e não os empresários e políticos que se locupletaram. Sem contar que todas as decisões da Lava Jato foram baseadas em confissões dos réus, e não em pirataria.

José Elias Laier joseeliaslaier@gmail.com

São Carlos

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IMPOSTO SOBRE APOSENTADORIA

Que o STF julgue e acabe com a barbaridade de descontar dos aposentados na fonte 25% de Imposto de Renda sobre um salário mínimo. A Lei 9.779/99, art. 7, editada na presidência de FHC e com início de cobrança a partir de 2013 (14 anos depois de ser editada, acho que por vergonha), no governo Dilma, é uma das leis mais desumanas que os funcionários públicos jamais inventaram. Como dois presidentes que se diziam socialistas permitiram tamanha barbaridade? Como podem tirar 1/4 de um salário mínimo insignificante brasileiro, pelo simples fato de um pensionista viver no estrangeiro? Em todos os países do mundo civilizado, se você se aposenta e vai viver no exterior, você recebe 25% de bonificação pela lógica de não estar usando o sistema de saúde, o transporte gratuito, etc. – eu não estou gastando nem a calçada do país. Além da lógica exposta, há também uma falta de lógica e a inconstitucionalidade quando se compara quem vive no Brasil e recebe um salário mínimo e ainda não tem este imposto de 25%. Isto é, um peso e duas medidas. Portanto, isso só vem a provar que a desumanidade em Brasília não é uma questão partidária, mas sim de vida inteligente. Somos 150 mil que já estamos sendo taxados há dez anos, mas aí, no Brasil, são 22,5 milhões que também ganham um salário – e são o próximo objetivo do PT.

Luiz Melito luizmelito@yahoo.com

São Paulo

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APOSENTADORIA

Acabo de constatar que a minha aposentadoria do INSS sofreu um aumento de 3,709%. Se continuar assim, logo, logo nós vamos ter de pagar ao governo, o que não duvido. O trio Lula, Dino e Lewandowski cuidará disso, não duvide, trabalhador brasileiro. Quietinho, o PT está tomando as rédeas da economia do Brasil. Algo me faz lembrar os ensinamentos de Gramsci. Esperem para ver.

Károly J. Gombert kjgombert@gmail.com

São Paulo

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ENERGIA LIMPA

Ainda que pertinente a maioria dos argumentos e contestações de Flávio Tavares, há uma questão que precisa ser revista (Ignoramos a ciência festejando a ignorância, Estadão, 2/2, A4). Motores a combustão podem ser limpos, desde que não usem combustíveis fósseis, como é o caso de nosso sustentável etanol. Cinquenta anos atrás, Amaral Gurgel propunha veículos elétricos e um plano de abastecimento nacional que foi refutado. Mudaram os interesses hoje? A eletricidade precisa ser sustentável, caso contrário, é uma falácia dizer que é energia renovável. Por fim, a economia do hidrogênio precisa ser vista com cautela, pois há muitos interesses europeus envolvidos para produzir aqui este gás que será consumido do outro lado do Atlântico. Por que não adotar nosso motor flex na Europa?

Adilson Roberto Gonçalves prodomoarg@gmail.com

Campinas

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LULA, TARCÍSIO E O TÚNEL PENSADO HÁ 100 ANOS

O encontro do presidente Lula (PT) com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na sexta-feira (2/2) definiu a obra do túnel Santos-Guarujá, que deverá resolver um gargalo de século no litoral paulista. Quando estiver concluída, a obra de R$ 6 bilhões – custeada pelos governos da União e do Estado – diminuirá o tempo da travessia entre as cidades, de uma hora, pela balsa, para algo em torno de 3 minutos, pelas seis pistas automotivas, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e até mesmo a pé (no caso um tempo pouco maior, pois serão 860 metros a vencer). O encontro dos dois governantes gera comentários sobre qual teria cooptado o outro. Prefiro, porém, considerar que se trata apenas de uma ação conjunta de dois governos de partidos diferentes e nada mais. Tarcísio fez campanha pregando a privatização do Porto de Santos. Mas Lula, ao assumir o governo federal (dono do porto), optou por não vendê-lo e, em vez disso, investir na sua ampliação e modernização. Em vez de divergir, como poderia ter ocorrido e emperrado o desenvolvimento da área, os dois governantes chegaram ao ponto de equilíbrio e, já que não ocorrerá a privatização portuária, vai acontecer a modernização da ligação Santos-Guarujá. E não é sem tempo, pois o projeto dessa obra existe há um século. Os políticos brasileiros deveriam sempre agir assim, e não um falar mal do outro. Eles são adversários na campanha e na eleição, onde buscam os votos do povo. Depois disso, deveriam se unir pelo bem comum e ter coragem de, nas eleições seguintes, voltar ao eleitorado sem a possibilidade de encontrar cara feira ou até coisa pior pelo que fizeram no intervalo. Pensem nisso...

Dirceu Cardoso Gonçalves tenentedirceu@terra.com.br

São Paulo

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‘VOU DE TÁXI’

Um especialista afirmou que o pedido da Gol pelo Chapter 11 diz muito sobre o setor de aviação no Brasil. “O próprio governo reconhece que as companhias aéreas estão em dificuldades. São regras muito rígidas, num mercado com elevado custo de combustível e milhares de processos de passageiros na Justiça. Inúmeras despesas são em dólar, mas a receita é em real. A equação é difícil.” As companhias aéreas operam no prejuízo e a Gol já está em concordata, as outras vão jogar a toalha em breve: os brasileiros vão ter de viajar de carro, ônibus ou de táxi, como gosta Angélica.

Roberto Solano robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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CENSO 2022 E IGREJAS

O Censo 2022 mostrou que o Brasil tem mais igrejas que escolas. Ora, o direito à reunião é garantia constitucional. Em Brasília, alguns se reúnem para criar oportunidades; outros, no STF, para esculhambar com a Constituição; e por aí vai. Nas igrejas – pelo menos deve ser assim –, para glorificar o Senhor, menos mal.

José Renato Nascimento jrnasc@gmail.com

São Paulo

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BALANÇO PARCIAL DO CONFLITO EM GAZA

As negociações para a libertação dos reféns cativos em Gaza progridem. Enquanto isso, cabe fazer um curto balanço a respeito dos eventos. Em outubro o Hamas dispunha de cerca de 25 mil combatentes e 15 mil burocratas. Até o momento, cerca de 10 mil desses combatentes morreram, 10 mil ficaram feridos, 2.500 se entregaram e 2.500 continuam ativos. É por isso que Israel diminui o contingente que mantém no território. As fábricas de armamentos do Hamas foram completamente destruídas, cerca de 90% dos seus arsenais também e mais de 80% de sua vasta rede de túneis ou foi destruída ou se encontra sob total controle israelense. Em outras palavras, diferentemente do que a mídia costuma noticiar, a vitória militar não é impossível nem se encontra tão distante. Além do que, a intensa cumplicidade que os terroristas mantêm com as Nações Unidas veio à tona. Diferentemente das acusações da África do Sul contra Israel, as acusações de Israel contra a ONU estão fartamente documentadas e estão sendo fornecidas para diversos países, cujos Parlamentos deverão analisar o que foi feito com o dinheiro de seus contribuintes que deveria ter sido usado integralmente para ajuda humanitária, educação, etc. Assim, não será mais tão fácil para eles obterem subsídios internacionais dos EUA, da Europa, do Japão e de outras democracias para sua máquina militar, nem para doutrinar crianças para o ódio. Muito menos para engordar as fortunas bilionárias em dólares de seus líderes. Além do que, as autoridades da ONU coniventes já não poderão mais posar como vestais, paladinas da moral e dos bons costumes. Trata-se, sem dúvida, de um feito notável. O principal é que a população palestina de Gaza está cada vez mais revoltada não contra Israel, mas contra o Hamas e a ONU. A verdade está batendo à sua porta. Assim, quem apostou que a cada terrorista do Hamas morto surgiriam novos candidatos para a vaga irá perder a aposta.

Jorge Alberto Nurkin jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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ELEIÇÃO NA VENEZUELA

A obstrução do direito democrático da deputada Maria Corina Machado de participar das eleições venezuelanas pelo governo de Nicolás Maduro é uma violação dos princípios democráticos, e o Brasil vergonhosamente se mantém calado, aceitando esta infâmia que fere a democracia. Somente os presidentes da Argentina, Paraguai, Uruguai e da Bolívia se pronunciaram contra. Mais uma vez, Lula se coloca de costas para a verdadeira democracia.

José Carlos Costa policaio@gmail.com

São Paulo

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FUTEBOL NA ALTITUDE

Conmebol libera estádio com altitude de 4 mil metros para Libertadores; entenda impacto nos atletas (Estadão, 2/2). Como profissional da saúde, recrimino com veemência a atitude da entidade, ratificando todos os riscos relatados na matéria. Submeter um atleta, mesmo que bem condicionado, que vive em regiões mais baixas à intensa atividade física exigida pelo futebol, em elevadas altitudes, pode acarretar graves consequências, inclusive a morte. O futebol é paixão mundial, e respeitar os limites fisiológicos dos atletas é inegociável. Se a Conmebol não rever sua lamentável posição, espero que os clubes protejam seus futebolistas, negando-se a jogar no referido estádio.

Maurilio Polizello Junior polinet@fcfrp.usp.br

São Paulo