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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
8 min de leitura

Amazônia

Chega de bravatas

Parece que a boiada está passando de novo, agora sob a administração Lula. Segundo a notícia veiculada no Estadão (28/2), Fogo avança por reservas da Amazônia, que tem recorde de incêndio: ‘Chamas pra todo canto’. Lula disse que seu governo seria “duro contra quem destruir a Amazônia” e chegou a afirmar que “quem taca fogo (na Amazônia) são os milicianos do Bolsonaro”. E mais: “Você (Bolsonaro) não teve o menor respeito pela Amazônia”. O que se espera, agora, é que Lula esqueça Jair Bolsonaro, que ele se lembre de que o presidente em exercício é ele e que não será com bravatas e discursos para o mundo ouvir que os problemas da Amazônia serão resolvidos. A boiada está passando, a Amazônia está queimando e Lula, até aqui, está sentado na cadeira presidencial, mas não exercendo o cargo para o qual foi eleito.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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Ação do governo

A Amazônia queimou em nível recorde para o mês de fevereiro. E onde estão Marina Silva, o PT e os salvadores do Brasil? Sumiram na fumaça que cobre o Estado de Rondônia?

Zureia Baruch Jr.

zureiabaruchjr@bol.com.br

São Paulo

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Vale

O que mais Lula quer?

Em nova investida, Lula afirma que ‘Vale não é dona do Brasil’ (Estadão, 29/2, B1). O presidente Lula insiste em se meter na substituição da presidência da Vale por um executivo que esteja de acordo com suas duvidosas pretensões políticas. O petista continua tentando interferir numa ex-estatal como se ela ainda o fosse. A Vale paga excelentes dividendos a seus acionistas, paga royalties aos municípios e Estados onde ela atua, sem deixar de fazê-lo também à União. A Vale tem hoje uma excelente política de proteção ao meio ambiente, protege uma área de 11 mil hectares de Floresta Amazônica intacta (Carajás), tem políticas sociais nas áreas de influência das ferrovias e é uma empresa que é orgulho dos brasileiros. O que mais o presidente quer?

Mário Negrão Borgonovi

marionegrao.borgonovi@gmail.com

Petrópolis (RJ)

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Guido Mantega

Lula está certo: “A Vale não é dona do Brasil”. Porém o Brasil também não é dono da Vale. Quanto a Guido Mantega, minha sugestão é que Lula faça com ele o mesmo que fez com Dilma Rousseff: exporte-o para a China.

Renato Maia

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

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Interferência

Referindo-se à Vale, Lula disse que “empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo”. Agora, teremos uma ditadura empresarial: toda empresa que não seguir o pensamento do governo será pressionada a se alinhar ao pensamento no poder. Sobre a interferência do governo para indicar o executivo da Vale, faz lembrar o que disse o técnico da seleção brasileira João Saldanha ao general de plantão Emílio Garrastazu Médici nos anos 70: “Eu escalo a seleção e ele escala o seu ministério”.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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Diplomacia lulista

Sem desculpas

Quero demonstrar meu respeito e admiração pelo magnífico editorial Lula, o irredutível (Estadão, 29/2, A3). A propósito, onde estão nossos ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, judeus, que se calam vergonhosamente?

Lejbus Czeresnia

rutileon@terra.com.br

São Paulo

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Poder Judiciário

Decisões monocráticas

Cumprimento o Estadão pelos editoriais de 28/2/2024 (Freio ao revisionismo histórico do STF) e de 21/1/2024 (A decomposição de Moro). No de 28/2, o jornal cita a afirmação do ministro Dias Toffoli segundo a qual a Operação Lava Jato teria sido uma “conspiração” para a “conquista do Estado” e que os empresários acusados teriam sido coagidos no “pau de arara do século 21″, quando hoje nem os próprios empresários admitem a “tese da coação”. No editorial anterior, o jornal afirmava que, “(...) pelo andar da carruagem, descobriremos em breve que nunca houve corrupção na Petrobras, que todas as provas e confissões foram inventadas (...)”. Portanto, acerta o Congresso Nacional ao tentar restringir supremas decisões monocráticas.

Francisco E. Soares

francisco.soares05@gmail.com

Campinas

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

ENCONTROS DO G-20

As reuniões das autoridades governamentais dos 20 países mais ricos e importantes do mundo, no Brasil, que iniciou neste mês, com o encontro de ministros de Relações Exteriores, e vai encerrar em 18 de novembro, com a presença dos chefes de Estado das 20 nações, é o que de mais importantes acontece na política mundial em 2024. Guerra e paz, combate à miséria, saúde, educação, desenvolvimento e meio ambiente estão na pauta do encontro decisivo para um mundo melhor. Que as palavras e acordos sejam colocados em prática.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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PROVOCAÇÃO DA OTAN

Basta olhar para o mapa da Europa para ver que a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estabelece um cerco à frota russa do Báltico. Tampouco precisa-se de muita perspicácia para concluir que, em caso de conflito armado, à Rússia só resta a opção de um ataque de força total, possivelmente com armas nucleares, para evitar o bloqueio e a destruição de sua frota encarcerada em área pequena (como ocorreu com a frota italiana, afundada pelos ingleses no Golfo de Tarento). A Otan, feito macaco pulguento, está saltitando e mostrando a língua diante da Rússia. Provocação perigosa, originada da falta de estadistas no Ocidente, capazes de prever eventos futuros.

Tibor Rabóczkay

trabocka@iq.usp.br

São Paulo

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TENTATIVA DE CONSERTO

Lula da Silva resolveu explicar suas recentes comparações entre Gaza e os feitos do ditador nazista, o qual admira de longa data (vide sua entrevista à Playboy em 1979). Ao tentar consertar sua fala anterior, acrescentou que não mencionou o termo “Holocausto”. Realmente não mencionou o termo em si, mas trouxe a definição do mesmo (Hitler matando judeus), o que consegue ser ainda pior. Sua declaração foi: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”. O que disse é e continua sendo inverídico e ofensivo. Não é só em Israel que Lula se tornou persona non grata. Mas também nas casas judias, especialmente naquelas, como a minha, que perderam grande parte da família no Holocausto. E junto aos amigos de Israel, que não são poucos entre os brasileiros e que não permaneceram em silêncio perante o seu desatino (vide, por exemplo: a recente manifestação na Av. Paulista e o pedido de impeachment). Como esse público sabe ler e pensar, essa sua “tentativa de conserto sem se desculpar” não convenceu ninguém além da claque.

Jorge A. Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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‘LULA, O IRREDUTÍVEL’

Elogios ao acertado editorial Lula, o irredutível (29/2, A3). Elegantemente, deu nova definição à mentira: desonestidade intelectual.

F. G. Salgado Cesar

fgscesar@hotmail.com

Guarujá

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PALAVRAS DE LULA

O editorial do Estadão atinente à irredutibilidade de Lula, a par de ser perfectivo e oportuno, confirma integralmente o dito respectivamente pelo extraordinário Abraham Lincoln e pelo genial Arthur Schopenhauer: “O caráter é como uma árvore e a reputação, como sua sombra. A sombra é o que nós pensamos dela; a árvore é a coisa real” e “As palavras de um homem são o reflexo de seu caráter”.

Fernando de Oliveira Geribello

fernandogeribello@gmail.com

São Paulo

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BOLSONARO DIFERENTE

O ato programado pelo ex-presidente na Avenida Paulista no domingo passado nos mostrou um político um pouco diferente, pedindo anistia e minimizando a “minuta de golpe”, como se tal fosse possível. Agora, sem o cargo de presidente da República e já respondendo a inquérito na Polícia Federal, e sujeito a responder processo por tentativa de golpe à democracia, Bolsonaro está bem diferente. Contudo, fiquei impressionado com o número de pessoas que se dirigiram àquela avenida apenas para assistir a um passado recente. Quem já acompanha a política do Brasil de longa data, se surpreendeu quando ele foi eleito presidente do Brasil, utilizando as redes sociais, depois de 27 anos como deputado federal pelo Rio de Janeiro sem ter realizado nada de notável, exceto malcriações. Os absurdos e verdadeiros crimes de lesa-pátria que cometeu não foram surpresa para quem conhecia a sua carreira política. Seu filho, deputado federal por São Paulo, ainda insistiu em discursar contra as urnas eletrônicas, de há muito comprovadas como invioláveis, em uma plena constatação de não saber o que dizer. Provavelmente esqueceu que o ataque às urnas foi ideia de seu pai, só para poder seguir o projeto de Donald Trump nos Estados Unidos, onde o voto é impresso. Enfim, foi uma manifestação perante uma multidão ainda esperando algum tipo de inovação, que provavelmente não virá, por estar deveras enrolado com a Justiça. Enfim, um autêntico “fim de feira”.

Gilberto Pacini

pacini0253@gmail.com

São Paulo

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CONSTRASSENSO

Contrassenso: enquanto o filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), é o relator ferrenho do projeto de lei que quer pôr fim à “saidinha de presos”, o pai, ex-presidente Jair Bolsonaro, quer anistia geral para todos aqueles (inclusive ele) que tenham participado do fracassado “golpe de Estado” e que vierem a ser condenados.

Jorge de Jesus Longato

financeiro@cestadecompras.com.br

Mogi Mirim

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CONTROLE SOBRE A MILITÂNCIA

Nos seus quatro anos de mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve à frente de dezenas de comícios, aglomerações, passeios e motociatas sempre hostis ao Congresso, STF, TSE e, eventualmente, até à imprensa. Em nenhum dos eventos citados ocorreu algum tipo de tumulto. No último domingo, 25/2, a manifestação na Paulista também ocorreu de forma ordeira e os participantes não portavam faixas pedindo intervenção militar ou fechamento do Judiciário. Mas existe uma exceção: no dia 8/1/2023, milhares de “patriotas”, acampados há mais de 60 dias no QG de Brasília, marcharam para a Praça dos Três Poderes, invadiram e depredaram as sedes do Planalto, Congresso e STF. A cínica explicação para essa invasão e depredação foi a presença de infiltrados entre os “patriotas” pacíficos, que levaram a culpa pelo ocorrido. É lógico que os bolsonaristas aceitaram passivamente (ou bovinamente?) essa tese absurda. O que fica claro é que o ex-presidente e seu entorno sempre tiveram controle sobre a sua militância e, na verdade, aquela multidão sabia exatamente o que fazer, para provocar uma intervenção militar.

Maurício Rodrigues de Souza

mauriciorodsouza@gmail.com

São Paulo

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MANIFESTAÇÃO NA AVENIDA PAULISTA

Qualquer pessoa desavisada que estivesse na Avenida Paulista no domingo 25/2, ao ver Silas Malafaia discursar e Michele Bolsonaro fazer orações em cima de um trio elétrico patrocinado pelo próprio pastor, não pensaria duas vezes: é uma manifestação de cunho religioso. É a Marcha para Jesus.

Deri Lemos Maia

derimaia@yahoo.com.br

Araçatuba

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VACINA CONTRA DENGUE

O Brasil atingiu a marca de 1 milhão de contaminados por dengue. Necessitamos de vacina urgente antes de nossos governantes serem chamados de genocidas.

Carlos Alberto Duarte

carlosadu@yahoo.com.br

São Paulo

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GRUPO DE RISCO

Estudos e levantamentos realizados pelo Ministério da Saúde indicam que as infecções por dengue estão em alta e o risco de morte entre os 60+ é oito vezes maior. Mesmo assim, o ministério de Lula insiste em vacinar crianças entre 11 e 12 anos de idade. Causa espécie a falta de comunicação entre esse órgão e o povo brasileiro. Afinal, o governo federal está sendo irresponsável e deixando o grupo de maior risco a ver navios ou, pelo andar da carruagem, o governo não quer gastar recursos com vacinas quando sua meta é o déficit fiscal zero?

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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REPOSIÇÃO SALARIAL

Com todas as notícias positivas da economia, está na hora de o governo reajustar o salário de seus servidores. Durante os quatro anos do desgoverno Bolsonaro, os servidores não tiveram nenhuma reposição salarial. No início do governo Lula tiveram um reajuste de 9% e, neste ano, nada até agora.

Sylvio Belém

sylviobelem@gmail.com

Recife

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NOVA DUTRA

Impressionante o péssimo desempenho do consórcio que tem o monopólio de concessão da Nova Dutra, a BR-116, que liga as duas maiores cidades do País. Toda hora eles fechem uma das pistas da rodovia. Fica tudo parado. Não é exceção. É a regra. Dane-se o motorista/usuário. Não dão qualquer satisfação. Tremendo descaso. Uma viagem que duraria cerca de seis horas, hoje, facilmente leva oito horas ou mais. Não recomendo a ninguém pegar a Dutra e fazer Rio-São Paulo de carro. Virou uma roubada.

Renato Khair

renatokhair@uol.com.br

São Paulo