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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Arroz importado

Leilão da distribuição

O governo federal importa arroz de que não precisa, aí faz um leilão para a distribuição e os ganhadores são uma mercearia de bairro de Macapá (AP); uma fabricante de sorvete de Tatuí (SP); e uma locadora de veículos e máquinas do Distrito Federal. Eu já ouvi dizer que o governo Lula 3 está muito parecido com os governos Dilma 1 e 2, mas não imaginava que era ela que estava no comando.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador

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Esquisito

Pensei que já tivesse visto tudo o que é absurdo, como, por exemplo, quando o governo do Amazonas comprou de uma adega de vinhos, durante a pandemia de covid, vários respiradores a um preço absurdo, e eles não foram entregues. Agora, vou ter de comprar arroz numa locadora de veículos ou numa fábrica de sorvetes. Como diria o saudoso Jô Soares, “me tirem o tubo!”.

Carlos Alberto Duarte

São Paulo

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Reforma tributária

Conta de luz

O atual governo Lula, que veio para “salvar a nossa democracia”, tem cometido alguns atos não condizentes com o regime democrático, e eles vão se avolumando à medida que o tempo corre. Na semana passada, o Estadão publicou matéria sobre projeto governamental que amplia a destinação da taxa embutida na conta de luz (6/6, B2). Ora, o que já existe de penduricalho na conta da energia elétrica é um absurdo que só nós, brasileiros, aturamos sem nenhum protesto. Porém já passou do limite a malandragem dos tais jabutis – a inserção de um artigo pirata num projeto de lei, que nada tem que ver com o que está em discussão. E, assim, pode vir a subir o valor da nossa conta de luz, e pior: sem nenhuma discriminação do que estaremos pagando.

Gilberto Pacini

São Paulo

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Tarcísio de Freitas

A quadratura do círculo

Não poderia ser mais oportuno e feliz o editorial A dura vida de Tarcísio de Freitas (Estadão, 8/6, A3), sobre a difícil e surreal situação do governador paulista de encontrar o justo equilíbrio entre o seu verdadeiro lado bolsonarista-militarista raiz e o seu dublê moderado e democrata – com vistas à reeleição ou à cadeira presidencial em 2026. Como bem escrito, “é esse o desafio de uma direita que precisa ser uma espécie de ‘bolsonarismo sem Bolsonaro’. Para o bem do País, deveria optar pela ideia liberal, republicana e democrática, enquanto galvaniza o espírito do antipetismo ou do desencanto com os rumos tomados pelo atual governo – que, eleito com o adorno da frente ampla e do horizonte de reconstrução e pacificação do País, segue sem cumprir tal promessa. A tarefa de Tarcísio hoje é virtualmente impossível: se, de um lado, é preciso conquistar os eleitores de centro com demonstrações de respeito às regras da democracia, aceitação dos resultados das urnas e repúdio ao uso da violência, por outro lado, muitos acreditam que, para ter viabilidade eleitoral, é preciso rezar o credo de uma seita cujo evangelho enaltece o vale-tudo, a intolerância e o golpismo. Eis aí a quadratura do círculo que o governador paulista pretende solucionar”. Como se sabe, ser adepto da “seita” bolsonarista pressupõe ser radical de extrema direita com todos os seus penduricalhos negativos. Com efeito, o Tarcísio de Freitas moderado, equilibrado e democrata não passa de um falso brilhante para inglês ver.

Vicky Vogel

Rio de Janeiro

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Pérola do marketing

Sobre o oportuno editorial A dura vida de Tarcísio de Freitas, cabe dizer que, depois do “Lulinha paz e amor” da campanha presidencial de 2002, vemos agora nascer outra pérola do marketing político: o bolsonarista direitista governador paulista disfarçado de “Tarcísio moderado e democrata”. Compre quem quiser.

J. S. Decol

São Paulo

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José Dirceu

O que passou passou

José Dirceu, 78 anos, que havia sido condenado a 27 anos e 4 meses de prisão por associação criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, destaca que foi preso e solto três vezes e, agora, diz que “o ideal seria ser candidato a deputado federal”. Simples assim. Deve saber que tem os apoiadores e os recursos financeiros de sempre, mostrando que o que passou passou. Se eleito, infelizmente, nós sabemos que o que acontecer acontecerá.

Carlos Gaspar

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

VIAGEM DE DIAS TOFFOLI

As estripulias dos meninos do STF parecem não ter fim. Barroso sai em defesa de R$ 39 mil para segurança acompanhar Toffoli na final da Champions League (Estadão, 6/6, A8). Como qualquer cidadão comum, Dias Toffoli tem todo direito de viajar a Londres para assistir a final da Champions, mas, com a obrigação de bancar gastos com segurança e outros com recursos próprios, uma vez que não estava a trabalho. Esta imoral situação pode ser apenas a ponta do iceberg. O contribuinte brasileiro, que banca essas inadmissíveis mordomias, tem que ser informado também se as viagens de avião, provavelmente de primeira classe, e a hospedagem, certamente em hotel de luxo, foram também custeadas com verbas públicas.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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OUTRA ALTERNATIVA

O ministro Luís Roberto Barroso saiu em defesa do seu colega Dias Toffoli, que foi acompanhar a final da Champions e levou um segurança pago com dinheiro público. Isso só ocorreu, segundo Barroso, por causa do fomento da agressividade e hostilidade contra os magistrados nos últimos tempos. Gostaria de lembrar ao ministro Barroso que havia uma outra alternativa. Sabendo que sua viagem para um evento não oficial, muito pelo contrário, um evento esportivo, iria gerar um desnecessário e ultrajante custo aos cofres públicos, o ministro Toffoli deveria ter simplesmente desistido de viajar para assistir o jogo. Simples assim.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador (BA)

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LEI DESEJADA

Lendo o editorial, lúcido e correto, intitulado Virou desforra (Estadão, 5/6, A3), realmente o Judiciário virou uma esbórnia à lei. A Constituição se aplica conforme a cara do freguês e a capacidade financeira, e se for autoridade. Se for do STF, principalmente, a lei é que eles desejarem.

Silvano Antônio Castro

São Paulo

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ECONOMIA BRASILEIRA

O crescimento do País ao longo do primeiro trimestre do ano, traduzido pelo acréscimo de 0,8% do PIB no mesmo período, foi recebido com entusiasmo por setores do governo responsáveis pela condução do setor. Foram apontados como fatores determinantes para o resultado o upgrade do consumo das famílias, o impulso da atividade de serviços e a inesperada alta dos investimentos (4,1%), turbinada pela importação de máquinas e equipamentos. Nada impede, no entanto, que o cidadão comum, não versado em firulas do controle macro das contas públicas mas cada vez mais atingido, entre inúmeras mazelas, pela restrição crescente do direito de ir e vir, principalmente nas metrópoles brasileiras, e pelo péssimo nível de educação oferecido a seus filhos, seja tomado por certo sentimento de dubiedade. Além disso, é ele incapaz de vislumbrar o efeito no dia a dia da anunciada queda da inflação e da redução do índice do desemprego, parâmetros avaliados por especialistas como propulsores dos números ora divulgados e como estes influenciarão sua vida, mesmo a médio prazo. Tal dúvida é relevante na medida em que analistas mais técnicos insistem que a Economia não está sendo dirigida com critério, mas com investidas de insensatez e populismo. Afinal, são ostensivas a recente elevação do dólar e a fuga de dinheiro estrangeiro da bolsa de valores, fatos representativos da falta de confiança na gestão do ambiente econômico.

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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‘TRAJETÓRIA MEDÍOCRE’

Em relação ao artigo Seremos um dia um país desenvolvido (Estadão, 5/6, B10), gostaria de tecer os seguintes comentários: ao que tudo indica, infelizmente, não no século 21. Nesta marcha da insensatez e sem qualquer projeto concreto e crível de país, a tendência é continuaremos nossa trajetória medíocre de perda de importância relativa em relação aos outros países emergentes. Nossa população, cada vez menos educada para enfrentar os desafios da nova economia, envelhecerá e se tornará cada vez menos produtiva. Como resultado, provavelmente ficaremos cada vez mais distantes do mundo desenvolvido e cada vez mais próximos de países que hoje são vistos como exceções, seja em termos de democracia, direitos humanos ou desenvolvimento econômico e social. Quem tiver recursos econômicos ou conhecimento relevante tenderá a sair do Brasil, levando-os para onde sejam mais apreciados, o que só empobrecerá ainda mais o nosso querido País. Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

São Paulo

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‘ENGANADORES EM MASSA’

O ético e socialista governo Lula, devido a gastança sem controle algum, querendo dar uma de madre Tereza de Calcutá tupiniquim, agora reduz as verbas da excelente e importante Farmácia Popular, mostrando a verdadeira cara do dito social, na verdade hipócrita e política. Ou seja, cadê a cara daquele líder claro e honesto falando dos mais necessitados, em geral idosos que ganham quase nada e quando recebem qualquer aumento, dizem que quebram o País. Essa é a real cara do PT e do PSOL, seus parasitas. Enganadores em massa.

Zureia Baruch Jr.

São Paulo

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‘PADRINHO DAS RACHADINHAS’

Olha quem deseja ser prefeito de São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) que como relator no Conselho de Ética da Câmara, teve seu voto direcionado para a absolvição do deputado André Janones (Avante-MG). O mesmo que descaradamente cometeu o crime das rachadinhas e exigia de volta, mensalmente, boa parte dos salários de seus assessores de gabinete. Por 12 votos a 5, esse amigo de Lula, suposto corrupto, teve sua ação engavetada, não faltando no plenário atos de selvageria política aos socos e pontapés. Ora, São Paulo não merece ter um prefeito como Boulos, mais para padrinho das rachadinhas.

Paulo Panossian

São Carlos

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LIBERDADE DE IMPRENSA

Por ocasião do Dia da Liberdade de Imprensa, comemorado nesta sexta-feira, 7/6, cabe, por oportuno, citar Thomas Jefferson, ex-presidente e um dos pais fundadores dos Estados Unidos, promotor intransigente dos ideais republicanos da nação: ”nossa liberdade depende da liberdade de imprensa, e ela não pode ser limitada sem ser perdida”. Democracia, liberdade de imprensa e de opinião, sempre. Ditadura, censura e mordaça, nunca mais. Viva o Estadão nosso de cada dia.

J. S. Decol

São Paulo

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PETROBRAS

Para variar, as falas tortas de Lula dizendo que tem que preservar a floresta e, no entanto, sua preposta na direção da Petrobras vai fazer o que ele mandou, ou seja, explorar petróleo na Foz do Amazonas!

Tania Tavares

São Paulo

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‘ESTADO MÁXIMO’

Nas agruras e crises se conhece o verdadeiro liberal e defensor do Estado mínimo. O governador Eduardo Leite pede ajuda ao governo federal, inclusive para pagamento de salários dos funcionários a fim de evitar demissões. É a hora do Estado máximo agir.

Sylvio Belém

Recife

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PEC DAS PRAIAS

A PEC 3/2022 trata do fechamento de praias para o uso exclusivo de moradores de condomínios. Essa abominável ideia é defendida pelo filho do ex-presidente Bolsonaro, que conseguiu aprová-la na Câmara dos Deputados. Vamos confiar na sensatez dos senadores da República para que a privatização das praias nunca aconteça. Para quem mora de frente para a praia e ganha um salário de marajá, a privatização pode parecer interessante. Entretanto, para o restante da população, que representa mais de 95% das residências de uma cidade litorânea, esse projeto é de uma estupidez sem tamanho. Esse tipo de trabalho dentro das casas parlamentares é lamentável e abominável. Deputados e senadores, por favor, proponham leis para defenderem o povo menos favorecido em nosso país.

José Carlos Saraiva da Costa

Belo Horizonte

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ESQUECIMENTO

Acabaram as imagens trágicas das chuvas no Rio Grande do Sul e os políticos vagarosamente vão se esquecendo dos planos e projetos para começar a resolver os problemas de infraestrutura para resolução dos problemas. Isso vale para o Brasil inteiro.

Luiz Frid

São Paulo

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PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS

Escolher procedimentos estéticos baseando-se em recomendações de redes sociais ou influenciadores pode ser extremamente perigoso e até fatal. Vários casos noticiados confirmam os riscos associados a seguir conselhos de pessoas sem qualificação médica adequada. Influenciadores frequentemente promovem procedimentos sem considerar os perigos ou sem compreender completamente os possíveis efeitos colaterais. Além disso, muitos deles não são especialistas no assunto, o que aumenta as chances de ocorrerem complicações graves. É essencial consultar profissionais de saúde qualificados e buscar clínicas reconhecidas para qualquer tipo de intervenção estética. A busca pela beleza não deve comprometer a segurança e a vida das pessoas. A conscientização sobre esses riscos é vital para evitar tragédias evitáveis.

Luciano de Oliveira e Silva

São Paulo

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MUSEUS

Mário de Andrade, em carta de setembro de 1937, em apoio à campanha Contra o Vandalismo e o Extermínio” do patrimônio cultural, escreveu: “Outra coisa que me parece de enorme e imediata necessidade é a organização de museus. Mas, pelo amor de Deus, museus à moderna, museus vivos, que sejam um ensinamento ativo, que ponham realmente toda a população do Estado de sobreaviso contra o vandalismo e o extermínio”. Ao argumentar que “os museus municipais me parecem imprescindíveis” alertava, já naquele momento, para o péssimo estado de preservação de boa parte dos acervos municipais de cultura. Infelizmente, a situação em muitas cidades continua a mesma.

Oscar D’Ambrosio

São Paulo

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‘TRÂNSITO INDISCIPLINADO’

No espaço de 2 meses, dois acidentes gravíssimos envolvendo carros de luxo que trafegavam em alta velocidade ocorreram nas ruas de São Paulo, causando uma morte em um deles e a necessidade de amputação de uma perna no outro. Estes dois episódios, que ganharam ampla repercussão, são apenas o ápice, a consequência máxima do estado em que se encontra o trânsito indisciplinado da cidade. Todos os dias, a todo momento, condutores de veículos os mais variados: caros, baratos, novos, destroçados ou até mesmo de furgões e caminhões, sem contar as motos, praticam manobras arriscadas em altíssima velocidade, em plena luz do dia, em vias de alta circulação, arriscando a vida de todos. O índice de acidentes dessa natureza só não é maior por puro acaso ou pela ação ativa de motoristas alertas no sentido de evitar colisões. Se não houver ações que coíbam conduções arriscadas – câmeras de monitoramento, por exemplo, poderiam ser utilizadas para identificar esses maus motoristas –, acidentes graves continuarão acontecendo e ganhando manchetes. É preciso prevenir e salvar vidas. Chegar depois é tarde.

Luciano Harary

São Paulo