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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Guerra Hamas-Israel

O silêncio é de ouro

Espero que o presidente da República, Lula da Silva, não use o resgate de brasileiros em Israel como discurso político para se promover eleitoralmente. Talvez seja pregar no deserto, mas não custa tentar. Retirar compatriotas da área do conflito é um dever, não um trunfo político. Quanto a opiniões como conciliador, seria melhor o senhor presidente permanecer em silêncio, por dois motivos: primeiro, o Prêmio Nobel da Paz já foi concedido neste ano; segundo, que lhes sirvam de alerta suas polêmicas e impensadas declarações sobre o conflito Ucrânia/Rússia, que causou desconforto entre as maiores potências mundiais. Portanto, neste mais novo capítulo de um conflito que se estende há décadas, desde a criação de Israel, em 1948, e por tratar-se de uma região “explosiva”, a prudência é recomendada, pois qualquer palavra mal colocada pode causar sérios problemas diplomáticos. Então, um “provérbio árabe” vem a calhar neste triste e crítico momento: “A palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro”.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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Ganhos políticos

O Brasil precisa se unir à comunidade internacional no reconhecimento do Hamas como um perverso grupo terrorista, que promove a violência e ameaça a paz mundial. Além disso, é de extrema importância que os bolsonaristas e qualquer grupo político não instrumentalizem conflitos para ganhos eleitorais, pois isso é indigno e rasteiro. A paz no Oriente Médio e em todo o mundo não deve ser explorada politicamente, quer pela direita, quer pela esquerda. Como brasileiros, devemos trabalhar juntos para promover o diálogo, a cooperação e a resolução pacífica de conflitos, respeitando os direitos humanos e construindo um mundo mais seguro e harmonioso para todos.

Luciano de Oliveira e Silva

luciano.os@adv.oabsp.org.br

São Paulo

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Grupo terrorista

Ai de nós, país cujo presidente em sua soberba se recusa a chamar de terrorista o grupo que decapitou, queimou e executou milhares de militares e civis, inclusive cidadãos brasileiros.

Miriam Batia Katz

miriedukatz@hotmail.com

São Paulo

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Economia

Empréstimo ao Brasil

O Novo Banco de Desenvolvimento, mais conhecido como Banco dos Brics, presidido por Dilma Rousseff, emprestou ao Brasil US$ 1 bilhão. Fernando Haddad, que por sinal sumiu da mídia, à frente da economia brasileira, não consegue nem com a ajuda do telescópio James Webb enxergar o prometido déficit zero em 2024. O Brasil de Lula da Silva começa “a fazer água”, e a culpa é da alta taxa de juros.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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Campos Neto

Conforme noticiado, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chamado de maneira deseducada e descabida de “cidadão” pelo presidente Lula, foi apontado pela respeitada revista LatinFinance como “o melhor presidente de qualquer autoridade monetária na América Latina e Caribe”, pela condução da política monetária que permitiu ao Brasil começar a reduzir os juros antes dos outros países de economias desenvolvidas. O meritório destaque do respeitado economista terá de ser engolido com sabor amargo pelo presidente Lula por suas condenáveis falas contra ele. Bravo, Roberto Campos!

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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Esporte

Brasil x Venezuela

Façamos uma breve e honesta análise em cima do jogo do Brasil contra a Venezuela. O futebol do país vizinho evoluiu, já não é mais tão “inocente”. O Brasil estagnou, fruto principalmente do nível técnico de nossos jogadores, o que nos leva a crer que nem Fernando Diniz nem Carlo Ancelotti podem fazer “milagre”. E Neymar “cai-cai” precisa saber também que simular faltas com quedas espetaculares não é nada educado. As pipocas caíram-lhe muito bem (Neymar é atingido por pipocas após empate entre Brasil e Venezuela pelas eliminatórias, 13/10).

Maurilio Polizello Junior

polinet@fcfrp.usp.br

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

O TERROR DAS GUERRAS

Simplesmente emocionantes e verdadeiras as palavras da articulista Elena Landau na coluna Horror! Horror! (13/10, B5). O artigo mais conciso está no mesmo nível de conhecimento, sabedoria e sinceridade do texto do intelectual Yuval Noah Harari O horror do Hamas é lição para o populismo, publicado no jornal The Washigton Post e traduzido pelo Estadão (12/10, A13). No fundo, o terror das guerras têm como origem a ação de radicais populistas, como Benjamin Netanyahu. É o que ambos acreditam e a lição que fica para o mundo.

Nilson Otávio de Oliveira

noo@uol.com.br

São Paulo

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CONDENAÇÃO SEM PORÉNS

Como tantos podem tolerar as atrocidades cometidas pelo Hamas?, indagou, estupefata, a colunista Helena Landau. A imensa maioria dos brasileiros faz coro com a incredulidade: como apenas lamentar como falecimento a morte de jovens no massacre? Quem não condena sem poréns não apenas revela de que lado está, como demonstra apoio às ações terroristas contra civis, na tentativa de confundir a causa palestina com a barbárie.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

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ATITUDE DO ITAMARATY

O Itamaraty noticiou o “falecimento” de um brasileiro no ataque terrorista do Hamas. Lamentável, a atitude diante de um bárbaro assassinato a sangue frio. Temos um governo que relativiza a democracia, uma Corte Suprema que age como se fosse um partido político e agora temos também uma diplomacia que nos envergonha e envergonha sua própria história.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvado

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REPÚDIO UNIVERSAL

Deveria haver um repúdio universal e inquestionável pelas barbaridades praticadas pelo Hamas, quaisquer que forem suas motivações – políticas, vingativas, religiosas. O mesmo repúdio cabe a qualquer ação violenta, não por último à contemporânea invasão da Ucrânia ordenada por Vladimir Putin. Observam-se reações indecisas. O ataque do Hamas poderá induzir uma quebra de paradigmas de comportamentos?

Harald Hellmuth

hhellmuth@uol.com.br

São Paulo

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RESPOSTA DE ISRAEL

Diante da barbárie perpetrada contra civis em Israel pelos criminosos terroristas do Hamas, cabem duas colocações. Aos que criticam a forte e intempestiva resposta do exército israelense, sobretudo a esquerda brasileira comprometida historicamente com a causa palestina, cabe perguntar se Israel deveria apenas chorar e sentar na calçada ao lado dos corpos de crianças, mulheres e idosos covardemente assassinados, dando a outra face sem nenhuma reação. Além disso, não é possível comparar o corte de água, comida e luz na Faixa Gaza pelo Estado judeu com o corte de gargantas de civis inocentes e soldados pelo Hamas, pois não?

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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FORÇA DESPROPORCIONAL

Foram confirmadas as mortes de três brasileiros que estavam participando de um festival de música eletrônica em Israel, e fotos e vídeos da barbárie contra civis foram divulgadas. E, mesmo assim, a esquerda se recusa a admitir que o Hamas é um grupo terrorista. A questão é que Israel responde aos ataques com força desproporcional, e a tendência é a maioria apoiar o mais frágil. Enquanto os israelenses estavam nos ajudando na tragédia de Brumadinho, os terroristas do Hamas arquitetavam planos para atacá-los.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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LANÇAMENTO DE PANFLETOS

Enquanto Israel lança folhetos, escritos em árabe, avisando os moradores de Gaza para dirigirem-se ao sul, o Hamas – que, covarde que é, usa civis como escudo – ordena aos moradores que não deixem suas casas e ofereçam resistência. Ficou claro o quão ruim é o Hamas ou ainda preciso desenhar?

Sérgio Eckermann Passos

sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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CORREDORES HUMANITÁRIOS

Na maioria dos casos, os dois lados de uma guerra não fornecem água e alimentos um ao outro. Muito menos energia elétrica, etc. Provavelmente haverá corredores de ajuda humanitária nas regiões em que o exército de Israel está orientando a população civil de Gaza para se deslocar a fim de se manter segura. O bom senso indica seguir essas orientações. Afinal, dessa vez trata-se de uma guerra de verdade.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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EXÉRCITO BRASILEIRO

Com a possibilidade de haver brasileiros sequestrados pelos terroristas na Faixa de Gaza, gostaria de saber qual atitude nossos governo e Exército vão tomar. Pelo que entendo, nosso exército tem como função a proteção do território e dos cidadãos, e não a fiscalização de urnas de votação, fabricação de cloroquina, apoio a acampamentos golpistas, desfile de blindados em frente ao Congresso, negociação de joias, falsificação de atestados de vacina e gestão do Ministério da Saúde numa pandemia. Não acho que o Exército deva se envolver numa guerra de tomada de território que não é nossa, mas no mínimo deve oferecer algum tipo de apoio ao exército israelense no que tange ao resgate de nossos cidadãos feitos reféns, com fornecimento de efetivo e equipamentos, se retirando após a missão cumprida ou participando de uma missão de paz da ONU.

Gustavo Chelles

guchelles@gmail.com

São Paulo

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TERRORISMO RELATIVO

A postura do governo do PT e de seus aliados ideológicos quanto ao silêncio e às falas visivelmente abrandadas diante dos terroristas do Hamas não surpreende em nada uma grande parcela da população deste país. Chegam a ser abjetas as notas de pesar emitidas pelo Planalto quanto à morte de brasileiros, gente nossa, barbaramente e cruelmente assassinadas pelos terroristas do Hamas. A justificativa pífia é a não classificação da ONU quanto ao grupo Hamas enquanto terroristas. Mas a pergunta que não cala a qualquer linha de raciocínio coerente da Nação: a ONU considera terrorista o grupo de brasileiros envolvido no 8/1, ou a esquerda relativiza o terrorismo de acordo com a sua desfaçatez ideológica? O que estamos assistindo é inominável e, seja qual for o traço de simpatia a esse esquema, é de uma monstruosidade inadmissível.

Ana Silvia Fernandes Peixoto Pinheiro Machado

anasilviappm@gmail.com

São Paulo

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A PRIMEIRA VÍTIMA

Dizem que a primeira vítima da guerra é a verdade. Ou as verdades, que na complexidade do mundo pós-moderno podem ser várias ou muitas. Nos meandros do conflito entre Israel e Palestina, não é nada fácil determinar quem tem razão. Melhor seria admitir essa “verdade” do que ratear na discussão possivelmente estéril da dicotomia terrorista ou não terrorista. Um rótulo talvez aposto a título de blindagem à possibilidade de aprofundar a questão e talvez concluir que, em boa parte das contendas, maiores ou menores, não existe fronteira clara entre o certo e o errado. Há de se admitir, ainda, que a semântica do termo terrorismo embute uma escala de poder. O termo não foi objeto de discussão, por exemplo, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque sob a falsa alegação de que ali se abrigava um arsenal atômico. A invasão foi perpetrada, o chefe do governo, assassinado, as riquezas do povo iraquiano, destruídas ou pilhadas. Também não se classificou de terrorismo o ataque mortal de um drone americano a uma liderança iraniana em visita ao Iraque, há uns anos atrás. Já os crimes de guerra praticados na invasão ao Afeganistão, assim como as cenas dantescas de afegãos empurrados das aeronaves da força aérea americana em fuga estão tão esquecidos quanto os prisioneiros afegãos apodrecendo na base mantida pelos Estados Unidos em Guantánamo. De fato, na guerra, a primeira vítima é a verdade.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

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INSTRUMENTO VIL DE POLITICAGEM

As primeiras vítimas das guerras são a verdade e a racionalidade, ambas já tão em baixa nas redes sociais, que viraram a torre de Babel pós-moderna. Porém, as grandes vítimas das guerras são os mortos e feridos, as crianças e idosos, os inocentes civis, as mulheres e os cidadãos comuns, que só desejam viver em paz. Não bastasse o caos da pandemia, veio a guerra entre Rússia e Ucrânia, e agora outra entre Israel e Palestina, esta que uns insistem em reduzir ao grupo Hamas. Inclusive na imprensa “profissional”, que já dava sinais de baixa noção ao tentar transformar um comediante sem graça ucraniano num novo Winston Churchill, e agora sugere que Benjamin Netanyahu seja o líder da civilização contra o mal. Acredite quem quiser que o país mais vigiado do mundo deu tamanho vacilo nas suas fronteiras, justamente quando “Bibi” vinha sofrendo fortes protestos populares nas ruas de Israel. Só espero que a morte de tantos não seja em vão. Enquanto isso, no Brasil, além do placar macabro e inverossímil na imprensa sobre o número de mortos, e a má-fé desta e da oposição na divulgação de desinformação, a questão dramática humanitária virou instrumento vil de politicagem barata, com vistas a ganhos eleitorais de curto prazo. São fundamentalistas disfarçados de patriotas, que querem destruir o Estado laico, o Poder Judiciário e a democracia para pôr no lugar um déspota que só deseja joias acima de tudo e Pix acima de todos. É abominável.

Sandro Ferreira

sandroferreira94@hotmail.com

Ponta Grossa

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‘NOVOS REFUGIADOS’

O governo israelense informou às Nações Unidas que 1,1 milhão de palestinos devem evacuar o norte de Gaza imediatamente “para sua própria segurança e proteção”. Traduzindo, o governo israelense vai provocar uma nova crise humanitária, transformando os já refugiados em “novos refugiados”. Os Estados Unidos repetiram, pela milésima vez, que Israel tem o direito de se defender, mas, sendo “justos”, destacam a necessidade de proteger os civis. Qual é o conceito americano de tal “proteção”, após seis dias de suspensão de fornecimento de água, luz, e remédios para a população palestina sitiada, e a matança de pessoas, incluindo crianças e mulheres, além de feridos? Quando o mundo vai reagir para parar esta carnificina?

Omar El Seoud

elseoud.usp@gmail.com

São Paulo

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DECLARAÇÕES DISCRIMINATÓRIAS

Dentre as diversas declarações e colocações equivocadas manifestadas por analistas e órgãos representativos ao longo da semana, após as atrocidades cometidas pelo Hamas, as que responsabilizam o sionismo “racista” e o lobby judaico norte-americano pelo padecimento dos palestinos são candidatas ao prêmio “baboseiras”. Narrativa medieval, fortemente doutrinária e antissemita. Todos os povos, inclusive o palestino, têm história, cultura e apoiadores, e com os judeus não é diferente. O sionismo nunca foi discriminatório. Há extremistas judeus, sim, contrários à existência de um Estado palestino, e que precisam ser combatidos com veemência, mas isso nada tem que ver com sionismo ou lobismo. A paz está muito longe, se é que um dia vai acontecer. Declarações discriminatórias, de qualquer lado que seja, em nada ajudam.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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ESQUERDA BRASILEIRA

Algo que é um completo absurdo e um completo desatino é essa simplória e tola esquerda brasileira apoiar as atrocidades monstruosas do Hamas achando que com isso estão apoiando a causa palestina. Essa gente tomou o poder à força na Faixa de Gaza matando oponentes, e para ela pouco importa o sofrimento de amanhã do seu próprio povo. E ainda são financiados pelo regime desumano e cruel do Irã, que oprime e mata mulheres. A esquerda no Brasil defende o que há de mais atrasado em termos sociais e econômicos, o domínio do Estado na vida das pessoas.

Paulo Roberto da Silva Alves

pauloroberto.s.alves@hotmail.com

São Paulo