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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Petrobras

O que o mestre mandar

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, me fez lembrar de uma brincadeira de roda infantil que dizia: “Vão fazer tudo o que o mestre mandar?/ Vamos/ E se não fizer?/ Leva bolo”. Isso acontecia quando a criança deveria sair da roda. Triste representação feminina em cargo-chave na maior estatal do País. Fazer papel de serviçal quando deveria mostrar competência. Mais triste ainda é ver uma mulher aceitar fazer esse papel, como vem demonstrando a mídia. Nós temos ainda muito caminho a percorrer em cargos relevantes para sermos respeitadas. Ser subserviente ao presidente Lula da Silva então, que já foi condenado por corrupção envolvendo a estatal e depois “descondenado” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), jamais a qualificará.

Beatriz Campos

São Paulo

Privatização

Realmente a Petrobras como está não pode ficar. Porém dificilmente este governo abrirá mão da empresa, para continuar manipulando-a politicamente e utilizando-a no seu plano de se perpetuar no poder, como o PT e o seu estrategista-mor, José Dirceu, sempre disseram. A Petrobras precisa ser privatizada nos moldes do que foi feito com a Eletrobras. É indecente e desrespeitoso o governo agir na empresa para manipular a inflação, os rumos populistas no Brasil e no exterior, o aproveitamento político e o desprezo com os acionistas minoritários.

Carlos Sulzer

Santos

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Educação

Analfabetos no Brasil

Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o País tem nada menos que 11,4 milhões de analfabetos – 7% da população – com 15 anos ou mais. Em 1940, quando a série foi iniciada, a taxa era de inacreditáveis 56%. Diante da melhora apresentada, cabe dizer que o número atual equivale a mais de 90% de toda a população de São Paulo e é superior à de Portugal. Cabe ao governo federal empreender todos os esforços e meios para reduzir esse vergonhoso número a praticamente zero. Às letras e aos números, Brasil!

J. S. Decol

São Paulo

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Política

Dias melhores

Bolívar Lamounier, em O fio da lâmina (Estadão, 18/5, A4), toca exatamente no que nos falta, quiçá nas democracias atuais: um verdadeiro estadista, que desperte, nas sociedades, a esperança de dias futuros melhores, sem traumas e medos, mas com coragem para enfrentar os desafios das desigualdades sociais e da degradação ambiental, introduzindo um novo tempo de transformações, em que o conhecimento saiba lidar com a natureza a favor do crescimento econômico e humano.

Carlos Leonel Imenes

São Paulo

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Político por vocação

Como sempre, Bolívar Lamounier dá uma aula de clareza sobre o Brasil. Quando ressalta que deveríamos ter “políticos que vivessem ‘para a política’, e não ‘da política’”, ou seja, políticos por vocação e não aproveitadores, deu uma tremenda saudade do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Mário Rubial Monteiro

São Paulo

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Tragédia no RS

Preocupação eleitoral

Pobre Rio Grande do Sul. No meio de tanta tragédia, agora “chovem” políticos no Estado pensando nas eleições de 2026.

Carlos Gaspar

São Paulo

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A magnitude do desastre

Com as fortes chuvas registradas nas últimas semanas, o Rio Grande do Sul contabilizava na última sexta-feira, 17/5, 461 municípios afetados, 77.199 pessoas em abrigos, 540.192 desalojados, 98 desaparecidos e 154 óbitos. As tristes cenas exibidas diariamente na TV e nas redes sociais poderão ficar ainda mais angustiantes, quando aparecerem as imagens do que está debaixo da água. Grande parte da produção de arroz e trigo do Brasil vem do RS. A soma dos PIBs de Roraima, Amapá, Acre, Tocantins, Sergipe, Rondônia, Piauí, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte é menor do que o PIB do Rio Grande do Sul. Isso mostra a magnitude da relevância do Estado na economia brasileira. As autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário precisam agilizar a recuperação das áreas atingidas, ponderando principalmente sobre o castigado povo.

José Carlos Saraiva da Costa

Belo Horizonte

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PIMENTA NOS OLHOS

O ditado popular diz: “pimenta no olhos dos outros é refresco”, e temos mais uma Pimenta em um novo ministério para, supostamente, gerir a crise do Rio Grande do Sul. Eu me pergunto: o estado do Rio Grande do Sul é incompetente? É constitucional? O ministério das cidades não poderia auxiliar? Não devia haver um ministério para reconstruir a Segurança Pública do Rio de Janeiro? No olhos dos outros é refresco, estamos sem democracia.

Roberto Solano

Rio de Janeiro

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GANHOS ELEITORAIS

Lula da Silva não tem pudor. Depois de fazer campanha antecipada para Guilherme Boulos em São Paulo, infringindo a lei eleitoral, foi a vez do Rio Grande do Sul. Com uma penca de ministros, políticos e autoridades, desembarcou em São Leopoldo e armou um palanque para anunciar pacotes de ajuda aos desabrigados. E não deixou por menos. Diante de uma plateia de petistas eufóricos gritando Lu-la-lá, ignorou a dor e o sofrimento das vítimas das enchentes e fez discursos que nada tem a ver com a tragédia. Disse que não quer morrer porque pensa ainda em disputar mais dez eleições, mesmo de bengala. Anunciou Paulo Pimenta para ministro extraordinário de apoio à reconstrução do Estado gaúcho com a intenção clara de torná-lo protagonista das ações humanitárias para obter ganhos eleitorais. Lula não dá ponto sem nó. Só funciona no modo eleição.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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IMORTAL

Lula falando em se candidatar mais dez vezes. Significa que, além de se julgar o apaziguador do mundo, está julgando ser imortal?

Maria do Carmo Zaffalon Leme Cardoso

Bauru

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INSATISFEITO

O presidente Lula da Silva há tempos vinha insatisfeito com o ministro Paulo Pimenta da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Muito destrambelhado, totalmente ideólogo de esquerda, contra as redes sociais, fora a incompetência para lidar com a mídia. Para não demitir seu amigão, Lula o removeu para o RS como ministro extraordinário para administrar a reconstrução do Estado? Já não bastava a destruição total no RS, Lula, com poucos votos naquele Estado, até parece querer destruí-lo de vez. Porque Paulo Pimenta é desastre na certa.

Beatriz Campos

São Paulo

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‘NÃO DÁ'

Vale a pena, mais uma vez, enfatizar. Não é o RS que deve para a União, e sim o contrário. Lula diz que, quanto mais dinheiro Haddad investir no RS, mais governador vai falar: ‘não dá’ (Estadão, 15/5). Informações de fontes fidedignas nos dão conta que a cada R$100 recolhidos pelo RS ao governo federal, apenas R$35 voltam para o estado. Portanto, podemos concluir que a União deve para o RS, e muito. E o que não dá, é sustentar estados deficitários, e bancar viagens inúteis, hospedagens em hotéis luxuosos, com comitivas enormes.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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EXCRESCÊNCIA

Em plena crise climática que enfrenta o RS, como um elefante em plena sala, junto à cristaleira, o presidente Lula resolveu, inconvenientemente, demitir o presidente da Petrobras, cuja petroleira ele chama de sua. Nessa excrescência, conseguiu interferir no mercado, impondo um prejuízo patrimonial em nas suas ações na ordem de R$ 34 bilhões. Na verdade, Lula está voltando com os malfeitos de seu poste Dilma Rousseff, e mesmo assim, ainda não aprendeu a lição, que culminou com seu impeachment. É incrível a falta de propósito instalada na cabeça oca de Lula. Meu Deus!

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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TROCA NA PETROBRAS

Lula da Silva está trocando o presidente da Petrobras porque quer ter a estatal como anexo do seu governo. Em outras palavras, Lula quer mandar na Petrobras: onde ela deve investir, como ela deve cobrar o que produz, como (ou se) deve distribuir dividendos. Enfim, quer a Petrobras sob seu chicote. Lula também vai fazer isso com o Banco Central que, ao final do ano, terá um presidente escolhido por ele. A escolha é uma prerrogativa do presidente da República, mas Lula não esconde que quer mesmo um pau-mandado, que faça uma política monetária de acordo com as suas convicções. Esses dois exemplos mostram que aquele discurso democrático para se reeleger pela terceira vez, na prática, transformou-se em um estelionato eleitoral. Lula quer mandar em tudo. Não vamos nos esquecer que ele fez do Supremo Tribunal Federal (STF) um puxadinho para chamar de seu. Lá colocou amigos e transformou o Supremo numa casa onde, hoje, grassa a política. Petrobras, Banco Central e STF sob às ordens do democrático Lula. O Brasil está cada vez mais parecido com a Venezuela.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

Salvador (BA)

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PREJUÍZO

A Petrobras, devido as trapalhadas do honesto Lula que se acha dono da petroleira, perdeu mais de R$30 bilhões em valor de mercado. Por ser rico e ter mordomias mil, ninguém come ações? E dizem que ele ainda é democrata.

Antônio José Gomes Marques

São Paulo

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SENTIMENTOS INQUIETANTES

Como esperar a atração de investimentos sadios para um ambiente econômico sem direção e marcado por intervencionismo presidencial que confirma a obsessão de usar a principal estatal como braço político de poder, contrariando regras básicas do mercado? Sentimentos inquietantes e perturbadores são inevitáveis quando voltam à lembrança episódios semelhantes arquitetadas em governos passados, com o mesmo viés, que quase a arruinaram com consequências nefastas, cujos efeitos são sentidos até hoje. Será que Deus, diante de mais essa manobra equivocada, vai manter a lendária cidadania brasileira ou abandonará definitivamente o barco, deixando-o entregue à própria sorte?

Paulo Roberto Gotaç

Rio de Janeiro

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FUNDO ELEITORAL

O famigerado fundo eleitoral foi criado com o nobre objetivo de acabar com a roubalheira generalizada que os partidos políticos faziam com a esfarrapada desculpa de obter recursos para as campanhas eleitorais. Ora, os partidos políticos continuam roubando como sempre, por meio dos mais variados esquemas de roubo de dinheiro público. O horário eleitoral gratuito continua existindo. O tal fundo eleitoral é só mais uma mamata que entra no caixa 1 por cima dos panos, e para completar: as eleições serão decididas nas redes sociais. Diante dessa gigantesca palhaçada criminosa, seria razoável que o fundo eleitoral fosse extinto e os recursos destinados para a criação de um fundo de auxílio emergencial, começando com as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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ARQUIVAMENTO

Depois do arquivamento da apuração contra o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, por conflito de interesses pela Comissão de Ética Pública, por excesso de provas, creio que deveria ter uma definição clara de conflitos de interesses. Como bem definiu Nelson Rodrigues: ”em Brasília, todos são inocentes e todos são cúmplices”.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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DESINFORMAÇÃO

Avalio oportunas e pertinentes as observações do editorial Mercadores do Caos (Estadão, 15/5, A3), no tocante ao potencial desagregador representado na disseminação de notícias mentirosas, ainda mais quando empregadas como meio de perseguir objetivos torpes. A comunicação é base da coesão social e depende de um entendimento compartilhado, um denominador comum que possibilite distinguir o fato do fake (ainda que a filosofia nos ensine que não é tão simples assim). Solidarizo-me, pois, com as preocupações relativas ao crescimento avassalador do derivativo mais perverso da tecnologia digital. Faço ressalvas, porém, quanto ao comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmar que a desinformação estaria a minar “o esforço nacional para fazer chegar ajuda vital aos nossos concidadãos gaúchos”, ou que impediria “a sinergia entre os órgãos governamentais”. Observação que não deveria soar como álibi para a presença aquém do esperado de militares na linha de frente das operações de salvamento, abrigo e assistência à população vitimada. Gera preocupação, porque o Exército é um órgão de defesa da Nação, estruturado para enfrentar catástrofes bem mais devastadoras – as guerras, por exemplo. Uma organização de que se espera então, por óbvio, capacidade operacional forte o suficiente para não esmorecer ante eventos de contrainformação.

Patricia Porto da Silva

Rio de Janeiro

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FORÇAS DANOSAS

Excelente o editorial intitulado Mercadores do Caos (Estadão, 15/5, A3), definindo e alertando para o mal que o bolsonarismo está fazendo ao País. O perigo não é a polarização, mas a existência de forças tão danosas no Brasil.

Sylvio Belém

Recife

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SAUDADES

O País perde três expoentes do jornalismo esportivo com as despedidas do carioca Washington Rodrigues, aos 87 anos (que foi até técnico do Flamengo, em 1995), Silvio Luiz, aos 89 anos, e Antero Greco, com 69 anos. Com extraordinária dedicação à nobre profissão, fizeram época no rádio, jornal e TV com os seus criativos bordões narrando, comentando ou em artigos escritos, sempre de forma impecável e alegrando os amantes do futebol. Nossos sentimentos aos familiares.

Paulo Panossian

São Carlos

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ADEUS, APOLINHO

A crônica esportiva do Rio de Janeiro perde um de seus maiores expoentes com o falecimento de Washington Rodrigues, o Apolinho.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília