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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Crise diplomática

Lula e o Holocausto

Lula, que adora uma discórdia, ousou comparar a ação israelense em Gaza – resultado dos ataques terroristas do Hamas em 7/10/23 –, onde o Exército está a combater os extremistas e tentar recuperar reféns, com o Holocausto. Burro Lula não é. Age com tamanha hipocrisia para declarar, por linhas tortas, seu antissemitismo e antissionismo.

Sérgio Eckermann Passos

sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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Cruzou a linha

O sr. Lula não só cruzou a linha vermelha, como disse o primeiro-ministro Netanyahu, como cruzou todas as linhas da insensatez. Nasci no Brasil em 1943 e tive dezenas de parentes – toda a família de meu pai, avós e tios, e muitos da minha mãe – dizimados pelos nazistas. Foram 6 milhões de judeus mortos. E vem Lula igualar a resposta de Israel ao atentado terrorista do Hamas com o Holocausto de Hitler? Eu não aceito esse ultraje. Indago o sr. Lula: por que ele não falou absolutamente nada contra os mais de 10 mil civis mortos na guerra na Ucrânia, e ainda considera Vladimir Putin um “companheiro”? Lula diz que não tem conhecimento de nada igual ao que acontece em Gaza porque não conhece História. Quantos civis, mulheres e crianças inclusive, morreram no Japão no lançamento das bombas em Hiroshima e Nagasaki? Duzentas mil, sr. Lula, 200 mil. E os EUA não são acusados de genocídio por isso porque o Japão iniciou a guerra quando atacou Pearl Harbor. E numa guerra, sr. Lula, ou se mata ou se morre. Ou o sr. também não sabe disso?

Bernardo Szyflinger

bernardo@bernardoszyflinger.com.br

São Paulo

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Lula próximo do Hamas

Percebe-se logo que Lula não teve parentes próximos brutalmente assassinados pelo nazismo. Não é o meu caso. Sei exatamente o que os nazistas fizeram com meus avôs. Hitler exterminou 6 milhões de judeus somente por serem judeus. Era parte do seu programa de limpeza étnica. Israel não está matando palestinos por serem palestinos. Está apenas querendo eliminar os terroristas do Hamas, após o ataque do dia 7 de outubro do ano passado, no qual o grupo matou, torturou selvagemente e tomou reféns. O Exército israelense faz o possível para proteger os civis palestinos, já que é entre os civis que os terroristas se escondem. E, ainda, muitas vidas de civis palestinos teriam sido salvas se o Hamas já tivesse devolvido os reféns. Pergunto: por que Lula não usa sua influência com o Hamas para acelerar essa devolução?

Leonardo Sternberg

bergzynski@gmail.com

São Paulo

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Missão bem-sucedida

No final de 2020, no auge da pandemia, o chanceler Ernesto Araújo, de triste memória, num evento no Itamaraty, declarou que era bom para o Brasil ser considerado um pária entre as nações. Lula deve ter lido essa declaração do infeliz chanceler, na prisão em Curitiba, e de alguma forma imaginou que um dia tomaria para si essa missão. E não deu outra! Desde sua posse, o atual presidente vem aproveitando todas as oportunidades para coroar de êxito essa sua empreitada. Mas não vai conseguir. A tradição da nossa diplomacia sempre foi de muito profissionalismo, responsabilidade e equilíbrio. No fim dessa história, Lula saberá que o único pária reconhecido será ele mesmo.

Maurício Rodrigues de Souza

mauriciorodsouza@gmail.com

São Paulo

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Economia verde

Ônibus elétricos

De olho no avanço chinês, Brasil vai financiar ônibus elétricos (Estadão, 18/2). Até acho válida a fabricação de ônibus elétricos no Brasil, porém não 100% elétricos, e sim um modelo etanol+elétrico. Mas, antes disso e já sabendo do alto custo dessa fabricação, por que o governo não faz uma adequação começando com as grandes capitais do País e, depois, com as grandes cidades, até chegar às cidades de pequeno porte, como foi feito com todas as usinas de cana-de-açúcar do Brasil quando da paralisação do fogo nos canaviais? Numa frota movida a etanol, o custo do combustível seria bem menor. No Brasil, já estamos fabricando o etanol de segunda geração e logo virá o hidrogênio vindo do etanol, com seu baixo custo de fabricação, se comparado com as baterias elétricas. Isso sem contar a questão do descarte dessas baterias num futuro próximo. Nós, brasileiros, temos de parar de procurar exemplos mundo afora e dar mais valor ao agro brasileiro, que dá exemplo ao mundo todo de como produzir sem agredir o meio ambiente.

Fábio Meirelles

fjmnetto@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

LULA ‘PERSONA NON GRATA’

Ou o presidente Lula da Silva sofre de um sério problema de falar sem pensar ou anda muito mal informado sobre certos conceitos e fatos históricos ou, mais provavelmente, as duas coisas. Lula tem todo o direito de considerar excessiva a ação de Israel sobre a Faixa de Gaza após os ataques covardes do Hamas. Agora, acusar Israel de genocídio e equiparar essa situação ao extermínio sistemático, premeditado e organizado de judeus por Adolf Hitler, na 2.ª Guerra, é mais do que impulsividade ou desinformação. São afirmações, além de desrespeitosas perante a memória dos que pereceram no Holocausto e de seus descendentes, levianas, insultantes, ofensivas, indignas, típicas não de um presidente que se pretende chefe de Estado de uma grande e plena democracia, mas de ditadores populistas que mentem e transformam a realidade dos fatos – aliás, Hitler e seu ministro da propaganda, Joseph Goebbels, foram exímios nisso. O ministro das Relações Exteriores de Israel declarou Lula persona non grata naquele país. O presidente pode até se retratar e pedir desculpas. Mas esse episódio dificilmente será esquecido.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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MAL-ESTAR DIPLOMÁTICO

A declaração do presidente Lula, de fato, poderia ter sido menos intensa e mais cuidadosa quando tratou da guerra travada entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. Ninguém tem dúvida de que há excessos, mas o governo brasileiro deveria ter tido mais cautela na forma de abordar o tema que, agora, tornou-se um mal-estar diplomático. É ainda mais contraditório quando analisamos a postura brasileira em relação às atrocidades, igualmente desumanas, cometidas na Venezuela, um país que faz fronteira conosco e que sabidamente desrespeita toda e qualquer ordem democrática e jurídica. Acho pouco provável que o presidente do Brasil faça algum pronunciamento ou emita nota se retratando, o que, na prática, dá ainda mais munição aos israelenses e torna desastrosa a nossa atuação no âmbito internacional. Poderíamos passar sem essa.

Willian Martins

martins.willian@yahoo.com.br

Guararema

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QUANTO VALE UMA VIDA

Os ataques do governo de Israel à Faixa de Gaza, sem respeitar até hospitais, são ações absurdas e injustificadas. As palavras do presidente Lula, ao comparar os fatos atuais ao Holocausto, podem ter sido exageradas, mas não se perdem na prática. Afinal, quanto vale uma vida? O ponto central é: o Hamas, grupo terrorista, não representa o povo palestino. E o governo de Israel precisa estabelecer limites aos seus ataques, para que não continue a matar milhares de inocentes.

Celio Cruz

celiocruz@terra.com.br

Recife

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ISOLAMENTO DO BRASIL

O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, disse a respeito de Israel declarar Lula da Silva como persona non grata que “isso é coisa absurda. Só aumenta o isolamento de Israel”. Não, sr. Celso Amorim, isso só aumenta o isolamento do Brasil, um país que hoje, infelizmente, está aliado ideologicamente a ditadores que oprimem seus povos e prendem e até assassinam seus adversários.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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UM ASSESSOR PARA LULA

Será que não existe alguém para assessorá-lo no sentido de evitar futuros vexames?

Robert Haller

São Paulo

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DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE

Demorou, mas aconteceu. O primeiro-ministro de Israel convocou o embaixador brasileiro, o que no meio diplomático significa um enorme descontentamento, não um rompimento de relações. Tudo pelas repetidas declarações do presidente Lula ao chamar de genocídio as ações israelenses na guerra contra o grupo terrorista Hamas. No primeiro governo de Lula, havia quem mais experiente falasse por ele, que era apenas o ventríloquo. Agora, depois de descondenado e reeleito, ele quer que a voz e fala sejam a dele. Tem dado no que tem dado.

Paulo Tarso J. Santos

ptjsantos@yahoo.com.br

São Paulo

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FALA INCONSEQUENTE

Lula, em sua inconsequente fala internacional, é nocivo à sensata diplomacia brasileira. É voz corrente que Israel foi covardemente agredido e está determinado a exterminar o Hamas, que usa civis como escudo. Foi extremamente grave a afirmação de Lula de que Israel, com relação ao ataque ao Hamas, repete o Holocausto. A verborragia de Lula é mundialmente criticada e envergonha e compromete a diplomacia brasileira.

Humberto Schuwartz Soares

hs-soares@uol.com.br

Vila Velha (ES)

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INCOMPARÁVEL

É impressionante como Lula fala bobagem. Jair Bolsonaro era um perfeito destrambelhado e ignorante, mas Lula não fica atrás, abre a boca e arruma confusão diplomática. Afinal, quando vão parar de comparar o Holocausto com qualquer coisa? Li 35 livros sobre o assunto, continuo lendo outros, e afirmo: nada se compara ao Holocausto. Nada.

Elisabeth Migliavacca

São Paulo

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BENJAMIN NETANYAHU

Se o primeiro-ministro de Israel fosse de esquerda, como os presidentes da Venezuela e Nicarágua, o presidente Lula teria dado essa declaração comparando os ataques de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto? Sinceramente, não tocaria no assunto.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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VISÃO SIMPLÓRIA

Lula da Silva é o presidente de um grande país, mas sua visão simplória do cenário internacional e suas críticas de botequim não estão a altura do cargo que ocupa. Um líder de verdade deveria propor soluções para os tantos conflitos que estão afligindo o mundo e não bravatear bobagens como se estiver batendo boca no boteco. Se dependesse da visão de Lula a Ucrânia deveria se render para terminar a guerra e permitir que Vladimir Putin reconstrua a União Soviética. Os terroristas pobres da Palestina deveriam poder continuar atazanando os judeus ricos de Israel. O eterno “nós contra eles” de Lula nunca soou tão ridículo como agora.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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NOBEL DA PAZ

Lula da Silva declarou que o ataque de Israel contra a Faixa de Gaza é genocídio, igual ao que Hitler fez com os judeus. Lula sonha em ganhar um Nobel. Com essas declarações estapafúrdias, irresponsáveis e ignorantes, vai ter de esperar sentado porque em pé cansa.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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COMUNIDADE JUDAICA BRASILEIRA

Ainda há sobreviventes do holocausto nazista residindo no Brasil, que, por tradição, sempre foi um país acolhedor. Meus avós vieram para cá por causa disso. Meus pais, irmãos, filhos e quase todos netos são brasileiros natos. Como entender o posicionamento de Lula pisoteando os nossos sentimentos e os de nossa comunidade e atentando contra o bom senso coletivo dos brasileiros em seus devaneios ao comparar a atuação de Israel em Gaza à de Hitler? Não são poucos os que sentem que o Brasil está caminhando a passos largos para se tornar um regime autoritário, e a perseguição a “inimigos” internos é uma característica comum a todos os regimes desse tipo. Dos quais, diga-se de passagem, o Brasil se tornou um forte aliado e porta-voz de forma gratuita e espontânea. Os motivos pelos quais os ditadores perseguem determinados grupos podem ser complexos, mas geralmente estão relacionados à consolidação do poder, à proteção de sua ideologia e a ganhos pessoais do ditador e de seu grupo, exibindo sua força irrestrita à população em geral e aproveitando para criar bodes expiatórios a fim de os culpar por suas falhas. Ao identificar e perseguir os que elege como sendo seus inimigos, os mesmos trabalham para eliminar qualquer ameaça potencial e estabelecer um rígido controle sobre a sociedade. Opositores políticos e grupos minoritários étnicos e religiosos costumam ser seus alvos favoritos. Além de eliminar rivais, o excesso de poder também permite a quem o detém dar vazão aos seus impulsos sádicos, auferindo prazer ao infligir dor e sofrimento aos seus alvos. Algo que sempre foi impensável em relação ao Brasil, não é mesmo? Mas que começa a ser cogitado seriamente por vários brasileiros que passaram a se sentir alvos em potencial de algo assim. O que estaria ocorrendo com o nosso querido país?

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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PENITENCIÁRIA DE MOSSORÓ

A Penitenciária Federal de Insegurança Total de Mossoró era a “casa da mãe Joana”, onde imperava a balbúrdia geral. Uso os verbos no passado baseado em declarações do diretor das penitenciárias federais de que tudo foi saneado. Em reportagem feita pela TV Globo, ficou evidente que o estabelecimento era totalmente inseguro, mal administrado. Um fuzuê brabo, sem ordem, bagunçado, onde valia tudo. Uma vergonha para o Ministério da Justiça e para o Brasil.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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‘A FUGA DE ALCATRAZ’

Causa espécie observar como os dois perigosos fugitivos da penitenciária federal de “segurança máxima” de Mossoró (RN) reproduziram à risca a espetacular fuga de três detentos da icônica cadeia de Alcatraz, na Baía de São Francisco, EUA, em 1962, ocasionando o seu fechamento um ano depois tamanha a vergonha do governo. Devem ter visto dezenas de vezes o filme A fuga de Alcatraz, com Clint Eastwood.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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ABÍLIO DINIZ

Abílio foi em tudo naturalmente vitorioso. Minha geração e muitas outras viram o bem-sucedido empresário e o impecável Pão de Açúcar. Esportista por puro prazer, até para descansar no clube, caíamos na piscina e ele já falava: “Pronto , agora vamos à pista jogar peteca”. Sua partida como um dos homens mais saudáveis que conheci mesmo em uma idade aceitável assusta. Bons tempos e lembranças de alegria, sucesso e conversas. Vá com Deus, grande rapaz.

Roberto Moreira da Silva

rrobertoms1959@gmail.com

Cotia