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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Crime organizado

Ataques no Rio de Janeiro

Após a morte do miliciano Matheus da Silva Resende (ou Faustão), em confronto com a polícia numa favela da zona oeste do Rio, criminosos atearam fogo a pelo menos 35 ônibus e a um vagão da Supervia na tarde de terça-feira. O Rio de Janeiro está abandonado pelo poder público, não há uma política de segurança eficiente e a milícia e os traficantes dominam a cidade. Uma guerra urbana. É triste morar aqui.

Roberto Solano

robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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Tragédia nacional

Não é preciso muito estudo sociológico para entender o que acontece no Rio de Janeiro, pois tudo indica que esta selvageria do tráfico e das milícias decorre da total sensação de impunidade. O prefeito da cidade, Eduardo Paes, que já esteve no cargo por oito anos (de 2009 a 2017), não pode alegar que não sabe como o crime atua; e o governador Cláudio Castro também é um político experimentado. Tudo começa em Brasília, onde as leis cada vez mais afrouxam as condenações penais. E todos sabemos que candidatos a cargos eletivos procuram os chefes desses grupos radicais para apoiarem suas candidaturas. Isso vale para o Brasil inteiro, mas o ministro da Justiça, Flávio Dino, que está hoje entre os políticos oradores indignados, parece que nada fará a respeito. O que será que temos de fazer para sobrevivermos a este estado de coisas?

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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Alegrai-vos

O Rio de Janeiro continua lindo e perigosíssimo, mas vai ter réveillon e carnaval, afinal, é a cidade da alegria. O resto, como diz a música, a gente vai levando, até que Dino saia do discurso e o governador e o prefeito acordem.

Antônio José Gomes Marques

ajgmescalhao@gmail.com

São Paulo

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Nossa Faixa de Gaza

A guerra entre Israel e o Hamas está muito violenta, mas mesmo assim há previsões de um arrefecimento para a retirada de civis da região, a liberação de reféns e a entrada de remédios, água potável e outros artigos de primeira necessidade na Faixa de Gaza. Já por aqui, no Brasil, a nossa guerra diária é contra a barbárie, a matança, os roubos, os sequestros, ônibus públicos e trens incendiados, entre outras adversidades. O crime organizado tenta tomar conta do País, enquanto as autoridades, com cara de paisagem, se entreolham sem saber o que fazer. Afinal, o Brasil tem, aqui mesmo, sua Faixa de Gaza. Absurdo!

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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Esforço humanitário

O Brasil preside, durante este mês, o Conselho de Segurança da ONU. O presidente Lula quer que o Brasil faça o papel de mediador em prol de um cessar-fogo e de ajuda humanitária no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Eu pergunto: por que Lula se esforça para conseguir isso lá, no Oriente Médio, quando aqui, no Brasil, a população enfrenta ataques terroristas das milícias e do crime organizado, que há anos vêm se fortalecendo, infiltrando-se nas instituições e até nas Forças Armadas, nas Assembleias Legislativas, nas polícias, no Judiciário e por aí vai? Quem vai ajudar a população brasileira? Quem vai nos proteger do terrorismo, do crime, da morte, da violência, dos achaques, do sofrimento, dos prejuízos, a que estamos sujeitos todos os dias? Quem vai deixar de tampar o sol com peneira? Cadê o presidente para tratar dos nossos problemas com os terroristas brasileiros?

Marcia Gil Knobel

mknobel@uol.com.br

São Paulo

Petrobras

Mudança no estatuto

Petrobras propõe mudar estatuto, e ações caem 6,61% (Estado, 24/10, B9). Quem foi o gênio (com jota...) que escolheu a hora de divulgar a mudança de regras para escolha de cargos de direção da Petrobras, logo após relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontar a frouxidão do Brasil no combate à corrupção?

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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Eleição na Argentina

Certeza

O dilema de escolher entre um incompetente e um maluco numa eleição mostra que os argentinos são apenas brasileiros que falam espanhol. Sabem perfeitamente que vão dar mancada. E dão...

A.Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

OS PROBLEMAS QUE AFLIGEM OS BRASILEIROS

O Brasil de Lula da Silva busca protagonismo internacional na tentativa de solucionar conflitos e guerras. Tentou mediar acordo com a questão do desenvolvimento de armas nucleares no Irã. Apresentou propostas para resolver as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, esta envolvendo Israel e o grupo terrorista Hamas. Mas não consegue resolver os problemas que afligem os brasileiros. A capital fluminense e o Estado da Bahia são a nossa Faixa de Gaza. Os furtos e roubos na cidade de São Paulo atingiram níveis insuportáveis, e os atentados com mortos e feridos nas escolas públicas e privadas (21 ataques entre 2022 e 2023) são estarrecedores. Lula e Flávio Dino falam muito e não resolvem nada.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré

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SUCESSÃO DE ERROS

O ataque à escola de Sapopemba foi mais que tragédia anunciada: foi um ato praticamente premeditado com hora marcada. Colegas do autor relataram que há dois anos ele vinha sendo vítima de bullying moral e até mesmo físico, por ser homossexual, e que já havia ameaçado praticar o atentado. A sucessão de erros foi evidente: os responsáveis pela escola, entre professores, diretores e pessoal administrativo, falharam em perceber os sinais ou não os levaram a sério, e os alunos por sua vez erraram em não denunciar a situação à escola. Projetos pedagógicos de conscientização, prevenção e educação são importantes, sim, mas antes disso a vigilância ativa é imperativa. Seguramente há casos semelhantes em curso neste momento. É preciso atenção total para agir rapidamente.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

O ataque a tiros numa escola em São Paulo levanta – pela enésima vez – a grande questão ignorada pela opinião pública e políticos brasileiros: quando vamos falar da redução da maioridade penal? O adolescente que matou uma colega e feriu outras pessoas sabia muito bem o que estava fazendo.

Sérgio Eckermann Passos

sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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REALIDADE CAÓTICA

Impressionante o que aconteceu no Rio de Janeiro, precisamente na zona oeste da cidade, com a destruição por fogo de 35 ônibus e um trem por milicianos que tiveram um dos seus chefes mortos em confronto com a polícia do Estado. Essa triste e caótica realidade que os cariocas viveram dá a noção da situação da segurança pública na cidade. Em razão disso, as autoridades federais, estaduais e municipais entenderam que precisam se unir no sentido de combater efetivamente essa máfia criminosa que domina boa parte do território da antiga cidade maravilhosa, o que a sua população aguarda com muita ansiedade.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro

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FATOR GERADOR DA VIOLÊNCIA

A violência no Rio se deve a diversos fatores: a existência de péssimos ex-governadores; o sistema corrompido tendo como principais atores a “banda podre” das polícias, do Ministério Público e do Poder Judiciário; a leniência das leis penais e processuais; a certeza da impunidade e da sensação de querer levar vantagens em tudo. E jamais poderemos olvidar que a falta de educação é o principal fator gerador da violência, e não a pobreza.

Luiz Felipe Schittini

fschittini@gmail.com

Rio de Janeiro

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TERRITÓRIO FÉRTIL PARA MILÍCIAS

As milícias criminosas crescem onde o Estado não existe. O território mais fértil para o crescimento dessas organizações criminosas são as favelas. O Brasil deveria se envergonhar profundamente de permitir o crescimento de favelas. Milhões de brasileiros vivem à margem da sociedade em condições sub-humanas e se tornam presas fáceis do crime organizado, que por sua vez encontra o espaço ideal para crescer e se multiplicar. O Brasil poderia receber bilhões de dólares de ajuda internacional para erradicar suas favelas, mas não há vontade política, todo mundo sabe que o dinheiro iria desaparecer nas mãos das milícias criminosas que mandam no Congresso.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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VIOLÊNCIA NO RIO

Não sejam apressados. O Rio não chegou ao fundo do poço. Depois do fundo, ainda tem o porão...

A. Fernandes

standyball@hotmail.com

São Paulo

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HORA DO BASTA

A milícia faz o que quer. Quando não há comando e pulso firme das autoridades, a milícia e os traficantes fazem o que querem. E a população a mercê deles. Isso sem levar em conta que as leis contra o crime são risíveis. Autênticas piadas. Mas quem as faz? O Poder Legislativo. Por que será? É difícil deduzir? Eu acho que não. Os milicianos fizeram o que queriam e o que não queriam na cidade do Rio de Janeiro. Incendiaram ônibus e trens, fizeram barricadas, etc. E o cidadão/trabalhador tentando se proteger. Cadê a proteção do Estado? O governador do Estado deu uma entrevista coletiva que podemos resumir em “mais do mesmo”. Falou, falou e não disse nada. O Estado e o cidadão são reféns da milícia e dos traficantes. O que farão, efetivamente, as autoridades? Não está na hora do basta?

Panayotis Poulis

ppoulis46@gmail.com

Rio de Janeiro

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GUERRA DIÁRIA

Lula da Silva ligou para Vladimir Putin (belíssima escolha para assuntos de paz) no sentido de fazer um corredor humanitário na Faixa de Gaza. No mesmo dia os corredores de ônibus da cidade do Rio de Janeiro ficaram paralisados com 35 ônibus incendiados. Fica a pergunta: Putin vai resolver nosso corredor de transporte público? Enquanto Lula não olhar para nossos próprios problemas vamos ficar sem presidente, sem solução, vivendo nossa guerra diária em plena desilusão.

Roberto Solano

robertossolano@gmail.com

Rio de Janeiro

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ESCALADA DE CRIMES NO RIO

Os grandes jornais do País estampam em suas capas o horror que é viver no Rio de Janeiro. Vamos falar sinceramente: um governo que não dá conta de conter a escalada de crimes em seu país tem condições de resolver a guerra Israel x Hamas? Já dizia a minha avó: antes de cuidar da vida dos outros, verifique se a sua está em ordem. É bem verdade que desde junho de 2020 a polícia está impedida de entrar nos morros a não ser com anuência do Supremo Tribunal Federal (STF). Como os traficantes interpretam essa proibição? Este é o país da impunidade. Os grandes se protegem e deixam os demais na chuva. É preciso muita proteção e oração aos deixados para trás. O Hamas está no Rio de Janeiro. Que Deus olhe por nós.

Izabel Avallone

izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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REAÇÃO AO TERRORISMO

“A meta do terrorismo é provocar uma reação exagerada. A melhor resposta é não perder a cabeça”, aconselha Fareed Zakaria, analista do jornal The Washington Post, em didático artigo sobre os erros do governo dos Estados Unidos em resposta ao atentado de 11 de setembro de 2001, em Nova York, e que resultaram na invasão do Iraque e Afeganistão pelo exército americano (Estado, 21/10, A18). O conselho é para que Israel não repita a mesma reação emocional e desastrada ao ataque do Hamas, invadindo a Faixa de Gaza da Palestina. A recomendação é atacar os responsáveis diretos pelo atentado, e não sacrificar uma nação inteira, também refém dos mesmos terroristas.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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‘CAMBALACHE’

Vendo e acompanhando o que está acontecendo em todas as partes do mundo, e com atenção especial nas indústrias armamentistas, assim como os países compradores de armas, lembrei-me de um tango chamado Cambalache, composto pelo genial e inesquecível Enrique Santos Discépolo, que diz: ”El mundo fue y será una porquería, ya lo sé / En el quinientos seis y en el dos mil también”. Realmente o mundo está uma porcaria, e os seres que se dizem humanos também.

Mario Miguel

mmlimpeza@terra.com.br

Jundiaí

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DIREITOS DA CRIANÇA

Além da Convenção sobre os Direitos da Criança da Assembleia Geral da ONU de 1990, e que foi ratificado por 196 países, foi elaborado um protocolo específico sobre os direitos da criança em conflitos armados em 2002. Ambas as declarações deixam bem claro a necessidade de proteger as crianças, especialmente as que se encontram em zona de guerra. Coloque como palavras de busca na internet “imagens de crianças em Gaza”. O que você vai ver são crianças desnutridas, assustadas, feridas ou mortas. Isso acontece enquanto o exército israelense está bombardeando Gaza, dia e noite, no preparo de uma nova fase de terror, contra as mesmas crianças que já não suportam mais. Parafraseando o conhecido poema de Antwone Fisher: “Quem chora pelas crianças palestinas?”. Certamente não é Benjamin Netanyahu ou Joe Biden.

Omar El Seoud

elseoud.usp@gmail.com

São Paulo

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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS COMPULSÓRIA

O governo Lula, via a ministra da Saúde, Nísia Trindade, concitando o Poder Legislativo, deseja que a doação de órgãos esteja implícita positivamente por ocasião do falecimento do doador, devendo a não doação ou o desejo de não doar órgãos constar explicitamente de documento. Trata-se de ato nobre e interessante, mas inconstitucional, porquanto interfere na intimidade das pessoas, contrariando artigo expresso da Carta Magna (art. 5.º, inciso X). Na verdade, ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser em virtude da lei; daí que a lei não pode substituir a vontade do agente, determinando uma atitude compulsória de doação de órgãos e impondo para a negativa a exclusão expressa. Sem dúvida será matéria para o STF.

José Carlos de Carvalho Carneiro

carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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‘MANUAL DO LUTO’

Uma boa entrevista com Fabricio Carpinejar e análise de seu livro Manual do Luto (Estado, 24/10, C1) feitas por Maria Fernanda Rodrigues. Desconheço, ainda, a obra, mas conheço bem o luto. A vida vai aos poucos ou abruptamente nos tirando os que nos fazem bem. Os psicólogos defendem os estágios do luto como forma de com ele conviver, mas concordo com o autor de que não se trata de uma doença e, portanto, não é curável. Lutemos com o luto continuamente.

Adilson Roberto Gonçalves

prodomoarg@gmail.com

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