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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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Por Fórum dos Leitores
9 min de leitura

Congresso Nacional

Fundo eleitoral

Repugnante, vergonhosa, irresponsável e até mesmo criminosa a aprovação de R$ 4,9 bilhões para fundo eleitoral destinado às eleições municipais de 2024. A maioria dos parlamentares não está comprometida com o desenvolvimento do País nem com a melhoria das condições de vida dos brasileiros, demonstrando claramente que decidem as questões em função dos seus mesquinhos interesses. A sociedade brasileira deve repudiar veementemente essa espécie de “vandalismo parlamentar”, que dilacera os interesses maiores da Nação, especialmente da massa de contribuintes que vê o suado dinheiro dos impostos pagos sendo jogado no lixo e alimentando promiscuamente os partidos e os seus respectivos “donos”. Os recursos não saem simplesmente do Tesouro Nacional, mas dos bolsos de cada contribuinte, que termina pagando essa farra, em detrimento da saúde, da educação e da segurança. Certamente, a maioria dos parlamentares não representa os interesses do povo brasileiro e não honra a legitimidade que lhe foi dada nas urnas, configurando-se os atos praticados em flagrante traição aos seus eleitores. Já passou da hora de o povo brasileiro repudiar energicamente as atitudes maléficas dessa “classe privilegiada”.

Orlando R. Maia

ormaia@uol.com.br

Avaré

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São Paulo

Invasão de áreas protegidas

É inacreditável o que nossos políticos – de todas as esferas – fazem na calada da noite, nas costas dos eleitores. Desta vez foram os vereadores de São Paulo: permitir habitações a pessoas de baixa renda em áreas de proteção ambiental. É isso mesmo? Precisei reler pra acreditar: dificultam a vida dos sem-teto colocando barreiras nas calçadas, mas podem invadir – sim, trata-se de invasão consentida pelo poder público – as áreas de proteção que já estão em muitos lugares deterioradas por absoluta inércia desse poder que agora aprova o inadmissível. Que hipocrisia é essa? É assim que os “nobres” vereadores acham que vão resolver os problemas e ficar bem na foto para as próximas eleições? E os problemas que advirão dessa resolução, não foram computados? (Ah, mas quando eles eclodirem esses senhores já estarão reeleitos, não é?) Triste, cada vez mais triste fico com os rumos de nosso país.

Cristina Cardoso

cricardoso23@gmail.com

São Paulo

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Caos no trânsito

A revisão da Lei de Zoneamento aprovada pela Câmara Municipal, se ratificada pelo prefeito Ricardo Nunes, vai possibilitar a construção de prédios mais altos, shoppings e templos religiosos de megaporte. Se isso realmente acontecer, do jeito como está o trânsito em São Paulo atualmente, ou seja, intransitável, será um caos inimaginável. Pensando nisso, já passou da hora de a CET rever e racionalizar o tráfego em certas ruas e avenidas em que é nítida a disfuncionalidade. Corredores exclusivos para ônibus inúteis, semáforos totalmente dessincronizados (os tais inteligentes ainda não mostraram a que vieram), falta de agentes em determinados horários e lugares, não para multar, mas para ajudar no escoamento dos veículos, são apenas alguns dos inúmeros problemas do tráfego nesta cidade complexa. É difícil encontrar alguém que fale bem da CET, e não sem razão. O prefeito precisa olhar para isso.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

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Natal

Tempo de fé

É tempo de Natal! O cristianismo não se reduz, como querem alguns, a dogmas intelectualizados, catálogo de preceitos, regras e deveres, lista de pecados. É, antes de tudo, uma Pessoa e um acontecimento. A Pessoa é Cristo. O acontecimento, a irrupção de Cristo na humanidade. Natal celebra o acontecimento e traz para o nosso meio a Pessoa. Que essa certeza de fé confira ao seu Natal sua plena dimensão e se prolongue, tonificante, por todo o novo ano de 2024, trazendo paz, renovando esperança e multiplicando alegria. Que seja um ano de crescimento e positividade para todos.

José Ribamar Pinheiro Filho

pinheirinhoma@hotmail.com

Brasília

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Boas-festas

O Estadão agradece e retribui os votos de Feliz Natal e próspero ano novo de Jorge Cury; Flavio Tiné; Vicky Vogel; Virgílio Melhado Passoni; Izabel Avallone; Humberto Schuwartz Soares; José Carlos de Carvalho Carneiro; Júlio Roberto Ayres Brisola; Vicente Limongi Netto e IEA-USP.

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

INTERESSES PARLAMENTARES

Os Poderes Executivo e Legislativo estão zombando dos contribuintes brasileiros. O presidente da República, que realizou 15 viagens internacionais durante 2023, continua governando com 38 ministérios. Os deputados federais elevaram o valor do fundo eleitoral para R$ 4,9 bilhões e das emendas parlamentares, para R$ 53 bilhões, dentro do Orçamento de 2024. Por outro lado, os parlamentares cortaram R$ 6 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O salário mínimo deverá ter o valor de R$ 1.412,00. O Ministério da Educação terá apenas R$ 180 bilhões e o da Saúde, R$ 231 bilhões. Enquanto as Casas Parlamentares continuarem priorizando os interesses dos nobres parlamentares, continuaremos nesta lama infinita.

José Carlos Saraiva da Costa

jcsdc@uol.com.br

Belo Horizonte

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AUMENTO DO FUNDO ELEITORAL

É muito triste ter que assistir a nossos políticos legislando em causa própria.

Robert Haller

São Paulo

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REFORMA ELEITORAL

Fazendo uma reflexão: o fundo eleitoral é destinado para partidos políticos que vão disputar votos com adversários nas urnas. Logo, fica claro que todo esse dinheiro é para manter os mesmos políticos “ad aeternum”. Por isso, reforma eleitoral, nem pensar...

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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UMA DEMOCRACIA FAJUTA

Em verdadeiro abuso do exercício parlamentar, sob o manto do mandato e em evidente desvio funcional contrário ao interesse coletivo, parlamentares disfarçados de nossos representantes desviam descaradamente 53 bilhões do orçamento público para áreas do próprio interesse, via emendas pessoais. Maliciosamente desconsiderando a verdadeira representatividade outorgada por todos os eleitores, e sob o falso argumento de que sabem melhor onde estão as carências, abastecem seus redutos eleitorais eternizando-se no poder e prejudicando imensamente a renovação representativa. Repetem o mesmo ardil no abastecimento dos fundos partidário e eleitoral, destinando para os cavernosos partidos (entidades particulares), R$ 1,2 bilhões, e, para as eleições municipais, R$ 4,9 bilhões. Para melhor aquilatar o vergonhoso desvio, o programa Farmácia Popular perderá R$ 336,9 milhões. Enquanto não surgir um um autêntico estadista que resolva mostrar publicamente esse descalabro e convocar o apoio popular em seu enfrentamento, continuaremos sendo afanados no direito da autêntica representatividade e no exercício de uma democracia fajuta.

Honyldo Roberto Pereira Pinto

honyldo@gmail.com

Ribeirão Preto

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‘CASA DO POVO’

Congresso faz cortes nos programas Farmácia Popular e Fies para bancar emendas parlamentares. E o presidente da Câmara, Arthur Lira, diz que ali é a casa do povo. Mas democracia é isso mesmo – uns que se elegem para enriquecer e tornar-se hipócritas, e outros que os elegem por falta de opções e para ser explorados.

Marcelo Gomes Jorge Feres

marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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LEGISLATIVO X EXECUTIVO

Espanta a omissão e silêncio de parte da mídia e oposicionistas de plantão diante da gastança a ser promovida pelo Congresso com as famigeradas emendas parlamentares constantes do Orçamento para 2024, surrupiadas de obras do PAC do Executivo. Cada vez mais o Legislativo procura criar dificuldades para o governo, que se elegeu comprometido a atender as causas do povo trabalhador.

Sylvio Belém

sylviobelem@gmail.com

Recife

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ATITUDES DESAVERGONHADAS

Num momento em que se fazem discursos alusivos à qualidade, harmonia e independência entre os Poderes, apesar de todos estarem sob críticas de boa parte da sociedade, são tomadas atitudes impensáveis ou mesmo desavergonhadas, como se tais Poderes fossem entes autônomos dela desvinculados. Chega as raias da irresponsabilidade que, enquanto se discute déficit orçamentario e cortes em programas sociais, o Congresso aprove um autorregalo de mais que o dobro do pleito municipal anterior; que um ministro da Suprema Corte de Justiça, no apagar das luzes do ano forense, abone uma multa de R$ 10,3 bilhões definida num acordo de leniência de uma empresa cuja defensora é sua própria mulher e que tem como colega no mister um possível ministro da Justiça, se depender da vontade do atual presidente da República. Afinal, que grave pecado terá cometido a sociedade brasileira para purgar tamanhas penitências?

Alberto Mac Dowell Figueiredo

amdfigueiredo@terra.com.br

São Carlos

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ORÇAMENTO PARA 2024

A aprovação deste governo gira em torno de 40%, e dos parlamentares, se uma amostra for colhida, certeza que irão ficar devendo. A foto publicada por este jornal (Estado, 23/12, A6) mostra o presidente do Senado e o da Câmara radiantes com a aprovação do Orçamento para 2024. Tira daqui, põe ali. E nesse tira e põe, desnecessário dizer a quem vai sobrar esses conchavos inconsequentes de última hora. Triste um país onde dois homens apoiados e aplaudidos por uma claque de 594 subservientes deputados e senadores decidem por 215 milhões de brasileiros. Pelo Orçamento aprovado, o Brasil gastará mais com submarinos e caças militares (R$ 2,3 bilhões) do que o somatório destinado à fiscalização ambiental, ação em áreas risco e segurança pública (R$ 2,2 bilhões). Ah, para não ficar no esquecimento, lembram-se do fundo eleitoral? Esse permaneceu intacto, “graças” ao corte no auxílio-gás, educação básica e custeio de hospitais. Trocada por graúdos, a população que se exploda, incluindo aqueles que fizeram a letrinha; saindo o deles, é o que importa.

Sergio Dafré

sergio_dafre@hotmail.com

Jundiaí

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SEGURANÇA PÚBLICA

Caro presidente Lula, o senhor vai completar 12 meses do terceiro mandato. Acertou, errou, fez bravatas como sempre. Nós, brasileiros produtivos que pagam seu salário e suas mordomias, exigimos de vossa excelência que em 2024 apresente uma PEC de segurança pública ao Congresso. Será que o senhor ainda não percebeu que a bandidagem está tomando conta do Brasil? Nós, pagadores de impostos, não gostamos nada de não poder circular pelas cidades. O senhor só tomará alguma atitude quando um parente próximo for assassinado por uma porcaria de celular? Presidente, acorde, chega de impunidade. O senhor, os deputados e os senadores andam de carro blindado e com segurança, certo? Sabe quem paga?

José Roberto Iglesias

rzeiglezias@gmail.com

São Paulo

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ISENÇÃO DE IMPOSTOS

Parece simples resolver o problema da isenção de impostos para produtos importados até US$ 50. É só dar a mesma isenção de impostos para produtos fabricados no Brasil e com preços até os mesmos US$ 50. Estaria de acordo com o proselitismo petista, e daríamos um bom impulso à indústria nacional, que além de enfrentar a falta de política setorial ainda tem que concorrer com produtos importados sem impostos. Fica aí a sugestão.

Joaquim Antônio Pereira Alves

metaexport@hotmail.com

Santos

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MAIORIA PARDA

No país que recebeu a exorbitante leva de cerca de 5 milhões de negros africanos durante mais de três séculos do abominável e abjeto regime escravagista – mais de um terço de todo comércio negreiro nas Américas –, merece destaque a informação do Censo 2022, do IBGE, mostrando que pela primeira vez desde o início da série histórica em 1991 o número de brasileiros que se declaram pardos (45,3%, 92,1 milhões) supera o total de brancos (43,5% 88,2 milhões). Além destes, 10,2%, ou 20,6 milhões, se identificam como pretos, 1,7 milhão (0,8%) como indígenas e 850,1 mil (0,4%) como amarelos. Esse é o retrato verdadeiro e atual da paleta de cores de um país verde, amarelo, azul, branco, pardo, preto e vermelho, que tem na miscigenação de sua gente a sua grande riqueza feita da convivência harmoniosa e pacífica entre etnias diferentes, seguramente o melhor exemplo em todo o mundo. Viva o Brasil multicolorido!

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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FUTURO À VISTA

No Estadão de 21/12, as páginas B1 e B4 ilustram a festa que o Congresso fez com a presença do presidente Lula e dos presidentes das duas Casas que contribuíram para aprovação da reforma tributária. O dia deveria ser comemorado por todos os brasileiros, porque foi aberto o caminho para o País se tornar como um dos mais poderosos do mundo em 30-40 anos anos se continuarmos abrindo os olhos para outros projetos. O comentarista Celso Ming escreveu que o Brasil deu início à perseguição para se tornar um grande país, com atraso de 60 anos. O próximo projeto importantíssimo para o progresso é a educação. Nenhum país crescerá sem se cuidar da educação. Felizmente os jornais já começaram a falar em remodelação do ensino secundário. Estou vibrando, o Brasil acordou e vai deixar de ser um país do futuro. O futuro já está à vista!

Toshio Icizuca

toshioicizuca@terra.com.br

Piracicaba

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PESO DO PASSADO

Em Peso do passado atrapalha o País (23/12, A5), o professor Marco Aurélio Nogueira resumiu toda a problemática histórica do Brasil. Somos uma nação com um povo que gosta de se renovar, em tecnologias e modismos, mas liderada por políticos com mentalidade anacrônica, voltada a seus interesses privados, remanescentes das oligarquias que sempre dominaram nosso país, com a mente provinciana e colonialista do passado. Não temos um projeto de nação de longo prazo, voltado para os interesses de todo o povo, e não só dos seguidores dos eventuais ocupantes das chefias dos Três Poderes da Nação e suas posições ideológicas ultrapassadas e mortas pelas veredas do tempo. O Brasil precisa sair de seu eterno ano velho, que nunca termina, e iniciar um novo tempo, presente, de esperanças realizadas.

Paulo Sergio Arisi

paulo.arisi@gmail.com

Porto Alegre

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MENINO JESUS

Nestes tempos conturbados e violentos em que se observa o recrudescimento do abominável antissemitismo em muitos países em razão da justificada contraofensiva de Israel ao criminoso e covarde ataque do grupo terrorista Hamas, deve ser lembrado que em 25 de dezembro mais de 2 bilhões de cristãos mundo afora celebram o nascimento do menino judeu Jesus. Feliz Natal!

Vicky Vogel

vogelvick7@gmail.com

Rio de Janeiro

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PRESENTE DE NATAL

2024 está chegando e queria pedir como presente de Natal algo que parece impossível. Gostaria que os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que integram a Agenda 2030 da instituição, fossem cumpridos no sentido de erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, dentro das condições que o nosso planeta oferece e sem comprometer a qualidade de vida das próximas gerações. Será que conseguiremos?

Oscar D’Ambrosio

odambros@uol.com.br

São Paulo