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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Operação Lava Jato

De volta à cena

Notícia do Estadão na semana que passou dizia que Condenados na Lava Jato planejam retorno à vida pública após absolvições. Depois de refeito da náusea que a foto das figuras me causou, concluí que, de fato, neste país o crime compensa. Com o governo que ora temos e abençoados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não será nada difícil de se concretizar a pretensão deles. E o pior é que sempre haverá milhões de imbecis dando seu voto àqueles que se candidatarem a cargos eletivos. Só me resta orar.

Sergio Cortez

São Paulo

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Fantasminhas

O Brasil, assim como é o único país onde há jabuticaba, é o único onde se conhecem o corrupto, o corruptor, o dinheiro da corrupção, a confissão do crime, mas, para o “amigo do amigo do meu pai”, é tudo “fantasminha”, como diria Fernando Haddad.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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Toffoli e a Lava Jato

Sem a manifestação pública dos demais ministros do STF sobre as absurdas decisões recentes do ministro Dias Toffoli, fica uma névoa suspeita e incompreensível sobre a imagem da Corte.

Luiz Frid

São Paulo

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A colegialidade do STF

O STF, como instituição colegiada, desempenha papel fundamental na construção e no aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito. Guardião da Constituição, a expectativa da sociedade é de que suas decisões sejam tomadas pelo plenário, em respeito ao princípio da colegialidade, e sejam fundamentadas e sustentadas nos princípios fundamentais expressos no Título I da Carta Magna e nos princípios da administração pública estabelecidos no artigo 37: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Em claro desrespeito à colegialidade, vem aumentando o número de decisões individuais, monocráticas. O que deveria ser exceção tem se transformado em regra, com a omissão, o silêncio e o consentimento dos demais membros da Corte. O temor geral é de que com tantas decisões monocráticas se instale um ambiente kafkiano de salve-se quem puder. Se isso não for evitado, poderá haver abusos, desvios e disparates que podem jogar por terra a reputação do STF. É urgente dar um basta a essa distorção, antes que seja tarde demais, antes que a distopia supere a utopia, antes que os privilégios dominem os direitos, antes que a República bananeira triunfe sobre o Estado Democrático de Direito.

João Pedro da Fonseca

São Paulo

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A tragédia no RS

É preciso prevenir

Os gaúchos estão sofrendo uma das maiores enchentes de sua história. Em janeiro de 1976, o então prefeito de São Paulo, Olavo Setúbal, diante da possibilidade do rompimento da barragem da Represa de Guarapiranga em razão de fortes chuvas, falou que “a maior enchente e a maior catástrofe estão sempre para acontecer”. Em 1970, Porto Alegre inaugurou um sistema de diques, barragens, comportas e um sistema de bombas para drenar as águas do Guaíba que porventura invadissem a cidade. Esse sistema deveria resistir até o nível de 6 metros do Guaíba. Deve-se sempre se preocupar com o pior cenário, o que não ocorreu na atual enchente. Grande parte da cidade ficou submersa (e assim continua) porque longos anos de omissão, negligência e pouco-caso de vários governos estaduais e municipais não cuidaram da manutenção deste sistema que estaria preparado (em tese) para suportar o volume de água da atual enchente. A enchente e a catástrofe aconteceram também porque os governos municipais e o estadual permitiram a ocupação de áreas às margens do Guaíba. Vão buscar os culpados por essa desgraça, mas temos de lembrar que foi o próprio povo que elegeu todos os governos desde 1982 (antes os governadores e prefeitos das capitais eram indicados). Levará anos para determinar quem é o culpado e para a reconstrução. O trauma da população levará décadas para ser curado, se houver cura.

Roberto Garbati Becker

São Paulo

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Faltam propostas

Este idoso aposentado, formado em Engenharia, ex-professor de algumas faculdades de Engenharia, manifesta seu assombro com a ausência de propostas das universidades, dos escritórios de engenharia e de empresas do setor apresentando planos para minorar ou, se possível, evitar os danos provocados pela natureza no importante Estado do Rio Grande do Sul. Será timidez, incapacidade ou o quê?

Boanerges Batista Pereira Filho

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

CAMINHO DAS PEDRAS

É assim que o eminente governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, faz política: demonstrando sua potencialidade no controle de gastos e com projeções gratificantes. Racionalizar os gastos públicos é a maneira de sair da conhecida equação: aumento de tributos para satisfazer gastos não contidos. E é como está a proceder o governo da União. É difícil? Sim, é. Mas é o caminho das pedras que São Paulo percorre, como forma exemplar de se conduzir, segundo editorial São Paulo aponta o caminho das pedras (Estadão, 24/5, A3). Deve ser motivo de orgulho para nós paulistas porque, mais uma vez, homenageamos o ducor non duco.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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TARCÍSIO DE FREITAS

A resposta é sim. Caso tenhamos em 2026 o atual governador de São Paulo na presidência, o Brasil terá o melhor presidente, pois ele tem o lado bom de Jair Bolsonaro, só que não é tolo, não briga com jornalistas, não cria caso com LGBT+, não se mete com área alheia, saúde, aborto, etc. Se Bolsonaro tivesse o mínimo de inteligência política ninguém o teria tirado da presidência. Ele, no entanto, deu absolutamente toda munição aos adversários. Foi Bolsonaro o único responsável por essa situação que estamos: Lula presidente e suas nefastas consequências à economia, Petrobras aparelhada e quebrada, impostos até para flatular. Portanto, Tarcísio presidente será a reconstrução do Brasil pós destruição econômica.

Roberto Moreira da Silva

Cotia

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LOCOMOTIVA DO PAÍS

Merece cumprimentos a oportuna, necessária e muito bem-vinda a decisão do governo Tarcísio de Freitas pelo lançamento do programa “São Paulo na Direção Certa”, que apresenta as diretrizes de um plano para modernizar a administração pública, expandir investimentos, melhorar a qualidade do gasto público e reduzir as despesas correntes, bem como a implementação de um Sistema da Avaliação da Qualidade do Gasto. Como se sabe há tempos, é preciso não apenas reduzir o tamanho do Estado obeso e ineficiente, com o gigantesco desperdício do dinheiro público, procurando os meios que o façam investir em projetos de alta produtividade e eficácia comprovada. Como bem disse o editorial São Paulo aponta o caminho das pedras (Estadão, 24/5, A3), ”O plano paulista é praticamente uma foto em negativo do “plano”, por assim dizer, do governo federal para a consolidação fiscal”. São Paulo, a locomotiva do País, dá o exemplo de seriedade, rigor e boas práticas na administração pública. Bravo!

J. S. Decol

São Paulo

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‘CONVERSA MOLE’

Dois anos antes das próximas eleições presidenciais já é possível afirmar que o Brasil terá outro cacareco na presidência da República. Os candidatos são todos péssimos, a começar pelo ex-presidiário octogenário inimputável, passando pelo governador que manda quebrar o braço dos manifestantes e pela ex-primeira dama que atende pelo apelido de Micheque, por receber cheques suspeitos. Lembrando que o Brasil não é uma democracia, os governantes são escolhidos pelos partidos políticos sem qualquer participação da população nesse processo. A única qualidade que os postulantes precisam ter é fazer funcionar a máquina de desvio de dinheiro público, o resto é conversa mole pra boi dormir.

Mário Barilá Filho

São Paulo

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‘MOMENTO TENEBROSO’

Parabéns pelo editorial sobre as ações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli intitulada A realidade alternativa do sr. Dias Toffoli (Estadão, 23/5, A3). O que esperar de um ministro que foi reprovado duas vezes em concursos para juiz? Esse é o nível jurídico, moral e ético dos membros do atual STF. O que assistimos hoje contou com a aguerrida ajuda da grande mídia, na sua sanha de desqualificar Bolsonaro. Aproveitem o momento tenebroso pelo qual passamos para fazer uma comparação honesta e desapaixonada sobre o que foi o governo anterior e o que é esse desgoverno.

Anamaria Carvalho

São Paulo

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DIAS TOFFOLI

Em contrapartida ao ao filme Dias melhores virão, temos Dias Toffoli virão na justiça brasileira.

Carlos Gaspar

São Paulo

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CRUZADA LIBERTICIDA

Os maus políticos de plantão, bem como seus cúmplices, encontraram uma tábua de salvação como noticiou o editorial A realidade alternativa do sr. Dias Toffoli (Estadão, 23/5, A3). Investigados pela Polícia Federal e condenados pelo Poder Judiciário, continuam livres, leves e soltos, pois apostam todas suas fichas na sanha do sr. Dias Toffoli que, ao mesmo tempo, tem coragem de anunciar sua cruzada liberticida, como conclui o editorial. O problema é que seus pares, mesmo que atônitos, se mantenham absolutamente inertes e calados. Pobre Brasil.

Júlio Roberto Ayres Brisola

São Paulo

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‘FALTA COERÊNCIA’

Além do revisionismo histórico ainda falta coerência nas decisões do ministro Dias Toffoli do STF. Declarou a nulidade de processos e investigações contra o empresário Marcelo Odebrecht na operação Lava Jato, mas manteve válido o acordo de delação premiada firmado pelo empresário. Existe um princípio consagrado no direito de que o acessório segue a sorte do principal (artigo 92 do Código Civil). Se o processo (principal) foi extinto, a delação premiada (acessório), com efeito, deixaria de existir. É a lógica. Dias Toffoli se esqueceu do que é mais importante: obrigar o Estado brasileiro a devolver os milhões roubados aos malfeitores para que, na sua ótica, seja feita justiça.

Deri Lemos Maia

Araçatuba

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AÇÃO DO SENADO

Ou o Senado Federal acaba com Dias Toffoli ou Dias Toffoli acaba com o Brasil.

Alroger Luiz Gomes

Cotia

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FUNDO GARANTIDOR

Alguns ministros do STF estão a garantir a impunidade. Nos últimos tempos todos os réus condenados em todas as instâncias, inclusive no STF, estão tendo, mesmo aqueles confessos, suas penas e multas anuladas. No mercado financeiro, quando uma empresa financeira mal gerida quebra, os investidores se socorrem do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Os corruptos Brasil afora também têm seu FGC. Fundo Garantidor da Corrupção administrado e gerido pelo STF. E não precisam prestar contas.

Paulo Henrique Coimbra de Oliveira

Rio de Janeiro

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FANTASMAS

Sobre o editorial Os fantasmas que assombram Haddad (Estadão, 24/5, A3), é difícil acreditar neste governo se os principais temas são bugigangas e fantasminhas.

Vital Romaneli Penha

Jacareí

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CENÁRIO SOMBRIO

A tragédia da inundação de Porto Alegre teve agora um segundo repique na alta do nível do Guaíba após as novas fortes chuvas. O esgotamento emocional de voluntários e dos desabrigados, depois de mais de duas semanas do evento climático extremo, demonstra um cenário sombrio de desesperança no curto prazo, dada a incerteza de retorno para algum grau mínimo de normalidade da cidade. A reconstrução não só da capital, mas também de todo o Estado, vai demandar um enorme esforço da sociedade civil, das autoridades públicas e de doadores de todo o País neste momento dramático em que vive o Rio Grande do Sul.

Luiz Roberto da Costa Jr.

Campinas

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MORTE DE BRASILEIRO EM GAZA

Uma pergunta não quer calar: Luiz Inácio solicitou a seus amigos e aliados do Hamas que libertassem o refém brasileiro? Quem é Michel Nisenbaum, brasileiro assassinado pelo Hamas e que teve o corpo levado para Gaza (Estadão, 24/5). A sociedade brasileira, e particularmente sua família, aguardam ansiosamente uma manifestação imediata do Itamaraty sobre qual foi o real posicionamento de Lula da Silva na tentativa de evitar o lamentável episódio.

Maurílio Polizello Junior

Ribeirão Preto

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MAIORIA SILENCIOSA

Muitas pessoas simplesmente não conseguem entender a situação de Israel. O país sofreu o maior atentado genocida proporcional à sua população de toda história da humanidade e muitos se recusam a entender por que está movendo essa guerra. Seus cidadãos continuam sob ameaça explícita de novos atentados semelhantes promovidos por inimigos que pretendem sua eliminação total e muitos se recusam a entender por que os israelenses tem de prosseguir essa guerra até eliminar totalmente essas ameaças. Os palestinos são colocados como escudos humanos para impedir Israel de combater os terroristas e muitos se recusam a entender por que Israel se esforça ao máximo para retirar os civis das zonas de combate. Escolas sob a administração da ONU ensinam terrorismo, sedes da ONU são compartilhadas pelos terroristas, a propaganda dos terroristas é transmitida ao mundo pela ONU e muitos se recusam a entender o que Israel tem contra a ONU. Dados sabidamente falsos fornecidos pelo Ministério da Saúde do Hamas foram repetidos à exaustão pela ONU, por governos (inclusive o americano), pela grande imprensa sem que haja a devida divulgação quando sua falsidade veio à tona e muitos se recusam a parar de repetir os números inflados e a entender por que Israel os contesta. A entrada de caminhões com suprimentos e ajuda humanitária em volume mais do que suficiente para a população local tem sido liberada por Israel para adentrar em Gaza. Não cabe em absoluto a Israel a responsabilidade pela distribuição do seu conteúdo junto à população. E a ONU em parceria com o Hamas, participa do desvio do mesmo, gerando fome entre a população. E Israel e seus governantes são acusados num tribunal internacional de causar essa fome. E muitos se recusam a entender quem são os verdadeiros culpados. Antissemitas de todas as partes perseguem moral e fisicamente judeus só porque são do mesmo povo de Israel, cantando versos que louvam o extermínio do povo judeu e muitos se recusam a entender que isso é racismo. Não faltam explicações adequadas para as acusações feitas contra Israel e contra os judeus, mas basta ler os comentários dos leitores para perceber que não faltam pessoas que não estão nem um pouco interessadas em explicação alguma. Os judeus são uma pequena minoria. Há muito mais antissemitas do que judeus no mundo. A voz dos novos nazistas patrocinados pelo Irã e pelas esquerdas em escala mundial é imensamente maior. Seria praticamente impossível para Israel e para os judeus se defenderem deles sem o apoio da maioria silenciosa. E muitos se recusam a entender por que é tão importante que as pessoas de bem devam ficar alertas para o que realmente está acontecendo. Não adianta perguntar depois. É verdade que a mão do Deus de Israel sempre se faz presente quando esse povinho teimoso insiste em viver apesar de representar um desconfortável espinho na garganta de seus inimigos. Dessa vez também será assim.

Jorge Alberto Nurkin

São Paulo

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GLAMOURIZAÇÃO

Espanha, Irlanda e Noruega resolveram reconhecer Estado Palestino. O momento é delicado e qualquer medida de cunho político poderia ter efeitos negativos. Reconhecer a Palestina – neste momento – é consagrar os atos terroristas do Hamas e glamourizar o terrorismo internacional. A confirmação da morte do brasileiro Michel Nisenbaum apenas alerta, uma vez mais, que o Hamas não tem compromisso algum com nada. E cabe lembrar que a Palestina está por trás deles, indissociavelmente.

Sérgio Eckermann Passos

Porto Feliz