Forum Dos Leitores

Fórum dos Leitores

Veja mais sobre quem faz

Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

exclusivo para assinantes
Por Fórum dos Leitores
7 min de leitura

Novo governo

Ideologias fossilizadas

Que alívio! Jair Bolsonaro se foi. Mas é apavorante ver o “novo” presidente, com seu indelével passado, aclamado por um mar de bandeiras vermelhas – muitas com a foice e o martelo, símbolos da “democracia” que elegemos –, repetir os chavões de 20 anos atrás, chamar o teto de gastos de “estupidez”, anunciar as “presidentas” da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, demonizar as privatizações, vangloriar-se da amizade com Nicolás Maduro, entre tantas outras antigas excrescências. Esperemos que os que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva apenas para derrotar Bolsonaro se unam ao restante do povo para exigir deste governo um real compromisso com o País, e não com as fossilizadas ideologias do PT e do seu endeusado guru. O Brasil não suporta mais quatro anos de desatinos.

César Garcia

cfmgarcia@gmail.com

São Paulo

*

Provocações

Discursos emocionais, críticas ao governo anterior e provocações pelas redes sociais não ficam bem ao presidente da República que promete paz e unificação aos brasileiros.

Mirtela Gori Maia

ggmaia@gmail.com

Itatiba

*

Ordem na casa

Em face do retrospecto da “tigrada”, continuo a não ser petista, mas desejo que Lula consiga colocar ordem na casa, coisa jamais vista na história deste país – nem por ele mesmo. De qualquer maneira, apoio o revogaço já decretado. Afinal, o povo está curioso para saber o teor dos documentos colocados sob “sigilo de cem anos” pelo “fujão”. Também o povo quer saber sobre a gastança com o cartão corporativo de Bolsonaro e o processo disciplinar contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, aquele que dizia “um manda, o outro obedece”. Vamos aguardar os 30 dias – se não cair no esquecimento.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

Além da mensagem

Muito bonita e significativa a cerimônia da posse presidencial com sua mensagem de inclusão de todos os brasileiros. Resta saber se os valores prometidos à população carente supostamente em caráter emergencial serão transformados apenas em um cala-boca demagógico ou se serão acompanhados por mais escolas e mais professores, postos de saúde com padrão de qualidade melhor e cursos profissionalizantes para preparar os jovens e mesmo os menos jovens para o trabalho honesto e produtivo. Não se deve dar o peixe ao homem, mas ensiná-lo a pescar. Vamos torcer e rezar para que o Brasil deixe de ser um país grande e se torne um grande país.

Vera Bertolucci

veravailati@uol.com.br

São Paulo

*

Bolsa forte

Não é empobrecendo o rico que se enriquece o pobre. Triste realidade a que presenciamos no primeiro dia do novo governo. Ações das mais poderosas empresas que pertencem ao País, Petrobras e Banco do Brasil, sofreram forte queda em razão do pronunciamento inapropriado na posse e das primeiras medidas, como a prorrogação da desoneração de combustíveis. E não fica por aí. Ainda temos a Bolsa caindo e empobrecendo os acionistas e também o rico Brasil. Para quem não sabe, Bolsa forte significa disposição e oportunidade para as empresas chamarem capital, que é importante para o crescimento dos empreendimentos que criam emprego e pagam mais impostos. É preciso que os responsáveis pelo País façam uma reflexão e se atualizem com a realidade econômica mundial.

Marco Antonio Martignoni

mmartignoni1941@gmail.com

São Paulo

*

Ato falho

Nas diversas narrativas/discursos do presidente Lula na sua posse, fiquei convicto de que seus escribas cometeram vários atos falhos, vez que as rancorosas acusações contra o governo oponente tinham extrema identidade com os desastrados governos petistas de triste memória para a economia e para o Tesouro Nacional. Lula, se no Brasil até o passado é incerto, segundo Pedro Malan, em conexão, estou a cantar Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado (...)/ A tua piscina está cheia de ratos/ Tuas ideias não correspondem aos fatos”. Sem ódio, boa sorte, 2003/2016.

Celso David de Oliveira

david.celso@gmail.com

Rio de Janeiro

*


Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

TRAJE DE LULA

Ao assistir à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva notei que ele usava uma gravata azul e fiquei na dúvida. A quase totalidade dos presentes, principalmente homens e muitos do Partido dos Trabalhadores (PT), todos usavam terno na cor azul. A sensação é que a posse era do ex-tucano Geraldo Alckmin, que usava gravata vermelha.

Tania Tavares

taniatma@hotmail.com

São Paulo

*

CUSTO DA POSSE

Por curiosidade, quanto nos custou a terceira posse de Lula? É parte de outro orçamento secreto?

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

*

RECOMEÇAR É PRECISO

O Brasil tem uma maravilhosa oportunidade de sair das trevas e voltar a ser um país amável e querido por todos, mas há muito a ser feito em todas as áreas. O País terá que recomeçar do zero. Lula tem uma rara oportunidade de se redimir e se tornar de fato um gigante da política, um Nelson Mandela ou um Mahatma Gandhi tupiniquim. O maior desafio de Lula e do Brasil é vencer a corrupção generalizada na política. Se seguir pelo caminho de sempre, os resultados serão os mesmos de sempre: desvio de dinheiro público, estagnação e Lula de volta para a cadeia.

Mário Barilá Filho

mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

*

PROGRAMA DE GOVERNO

Em seu artigo Programa de governo sem projeto de país? (Estado, 31/12, A4) o cientista político Bolívar Lamounier faz reflexões necessárias e urgentes sobre o projeto de país, tema quase ausente da campanha eleitoral. Com exceção do então candidato a Presidência da República, Ciro Gomes – que escreveu o livro Projeto Nacional: O Dever da Esperança – ninguém explicitou diagnósticos e propostas para um debate sério e profundo sobre os destinos do Brasil. Em seu excelente artigo, Bolívar Lamounier dá sequência às reflexões que havia exposto em A política de um país despolitizado (Estado, 17/12, A4). E assim chegamos – aliviados, teimosa e prudentemente esperançosos, em preces e torcida para que tudo dê certo – ainda sem a explicitação clara do projeto de país que vai orientar o governo da “frente ampla democrática”. A miopia do imediatismo do curto prazo está curada e chegou o tempo do pensar e agir estratégicos, complexos, sistêmicos, inclusivos, coordenados, integrados, articulados e de longo prazo. O futuro – viva! – está à porta e veio para todos.

João Pedro da Fonseca

fonsecaj@usp.br

São Paulo

*

BOLSA FAMÍLIA E RENDA NO BRASIL

Muito oportuna e esclarecedora a entrevista de Frei Betto ao Estadão (’Bolsa Família não é emancipatório. Que sai pode voltar à miséria, 30/12, A11). Frei explica a diferença entre o programa Fome Zero, implantado no primeiro governo Lula, e o Bolsa Família que o sucedeu. Enquanto o Fome Zero era “emancipatório”, na medida em que incluía programas de capacitação profissional para que a família produzisse o próprio ganho, o Bolsa Família é “compensatório”, ou seja, transfere renda, mitiga a miséria, mas não exige contrapartida, e seus beneficiários ou permanecem inercialmente dependentes do programa ou voltam para a miséria caso sejam excluídos. O programa é oneroso e ficará fora do teto de gastos por pelo menos um ano, o que pode não ser coisa boa para a economia. Precisa ser urgentemente aperfeiçoado: deixar de ser meramente assistencialista e inserir os dependentes no mercado de trabalho. Da forma como está desenhado atualmente, o Bolsa Família transfere renda, mas não contribui em nada para reduzir a desigualdade social.

Luciano Harary

lharary@hotmail.com

São Paulo

*

PRIMEIROS 100 DIAS

Transcorridos os primeiros três dias do novo governo, com os devidos comentários dos discursos da posse e as imediatas revogações de alguns decretos do governo anterior, restam 97 dias para completar os 100 dias que habitualmente indicam quais serão as diretrizes que irão sinalizar os rumos do Brasil. O equilíbrio fiscal será respeitado? As promessas serão cumpridas? O tempo dirá.

Jorge Spunberg

jspunberg@gmail.com

São Paulo

*

GOVERNO SEM BOLSONARO

Aconteça o que for, um ano que começa com Jair Bolsonaro fora do poder e do País só pode ser bom.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

*

IDA AOS EUA

É lamentável que um presidente da República eleito com milhões de votos em 2018, agora em 2022 tenha deixado a Nação pela porta dos fundos como Bolsonaro. Rogamos que ele tenha uma boa estadia nos Estados Unidos e de preferência nunca mais volte, até porque, na minha maneira de enxergar, Bolsonaro não nos fará falta alguma.

Virgílio Melhado Passoni

mmpassoni@gmail.com

Jandaia do Sul (PR)

*

CUSTEIO DA VIAGEM

Gostaria de perguntar a quem pertencem às contas do “passeio particular” do ex-presidente Bolsonaro e seus acompanhantes. A viagem não foi justificada como sendo a serviço do governo do Brasil e, inclusive, desde o dia primeiro de janeiro de 2023, Bolsonaro deixou de ser o presidente. Portanto, essa viagem é puramente um “passeio particular”, ou melhor, uma atitude covarde do ex-presidente para fugir do seu último compromisso oficial, que era passar a faixa presidencial ao presidente Lula.

Tomomasa Yano

tyanosan@gmail.com

Campinas

*

DEIXOU ELEITORES DESAPONTADOS

Bolsonaro mais uma vez saiu pelas portas dos fundos da mesma maneira que saiu do Exército. Fugiu como um covarde, deixou milhões de eleitores desapontados e os mais exaltados aguardando que ele faria algo (impossível de acontecer) para impedir a posse do legitimamente eleito, presidente Lula. Não passou a faixa presidencial, não avisou nem ao menos seu vice, Hamilton Mourão. Mais uma vez envergonha o povo brasileiro. Que vá para sempre.

Heitor Portugal Procopio de Araujo

heitor.portugal@uol.com.br

São Paulo

*

SURPRESA COM A DERROTA

Bolsonaro afirmou durante sua live de despedida que a surpresa da derrota o abateu muito. Pelo visto ele não acompanhava o noticiário. A única surpresa que houve foi o segundo turno, pois tudo fazia crer que a vitória de Lula seria já no primeiro turno.

Delpino Verissimo da Costa

dcverissimo@gmail.com

São Paulo

*

BOLSONARO, O PRIMEIRO

Bolsonaro conseguiu sempre ser o primeiro. Ora, foi o primeiro presidente que não conseguiu se reeleger; o primeiro presidente, após a ditadura, que se negou a passar a faixa presidencial ao seu sucessor; o primeiro presidente que fugiu do cargo antes da hora; o primeiro presidente, entre todas as nações, a negar a pandemia; o primeiro presidente a fomentar o desmate da Amazônia e autorizar o garimpo ilegal, entre outras merecidas “honras ao mérito”. Na verdade, também foi o primeiro presidente considerado “covarde” pelos seus próprios seguidores, mas será o segundo presidente que irá para a cadeia, após perder o foro privilegiado. É o que temos para hoje.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

*

SILÊNCIO SOBRE A POLÍTICA

Não pretendo falar mais nada sobre política nacional, mas pretendo continuar pensando a respeito. Não interpretem que o meu silêncio e de outros cidadãos são aplausos. Mas se o fizerem não irei responder nada. Entendi as regras.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

*

DEUS JOGOU XADREZ

Realmente Deus jogou xadrez conosco em 2022, levou-nos a rainha Elizabeth II, o Rei Pelé e agora o papa emérito Bento XVI. O cavalo desistiu e fugiu para os Estados Unidos.

Hélio Araújo Cardoso

hacardoso@uol.com.br

São Carlos

*

PELE E SEU ERRO INACEITÁVEL

Pelé merece o título de atleta do século. Foi um profissional exemplar e inigualável, mas como todo mortal, cometeu um erro inaceitável ao não reconhecer Sandra Regina como filha legítima, apesar de decisão judicial. Alegou não ter laços afetivos com a filha falecida em 2006. Ninguém é perfeito.

J. A. Muller

josealcidesmuller@hotmail.com

Avaré