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Cúpula do G-20

Putin no Brasil?

Começou a surgir uma profusão de notas sobre parecer do governo Lula para receber Vladimir Putin na reunião do G-20 em novembro, no Rio de Janeiro. Parece gozação, mas é verdade e é muito sério. Putin é assassino de muitos que se opõem a ele, invasor da Ucrânia e condenado pelo Tribunal Internacional. Acredito que seja necessário e urgente que todo brasileiro que preza a democracia verdadeira, e não o conceito de democracia relativa preconizado por Lula, se manifeste exaustivamente contra isso. É o que farei. Receber Putin? Só se for para prendê-lo.

Lucia Helena Flaquer

São Paulo

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O PT em Cuba

Ajuda brasileira

Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT, visitou Cuba na semana passada, foi recebida pelo presidente Miguel Díaz-Canel, assinou acordo de cooperação e intercâmbio com o Partido Comunista do país caribenho e disse que o Brasil busca formas de ajudar Cuba contra o bloqueio norte-americano. Anteriormente, o PT também assinou acordo semelhante com o Partido Comunista da China. O sonho petista é eternizar Lula na governança, imitando Putin, Xi Jinping, Maduro, Ortega e outros grandes defensores da democracia mundial.

José A. Muller

Avaré

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Política

Enorme frustração

O PSDB está nos estertores da morte, vítima de uma doença muito grave que acometeu seus principais líderes: a hipertrofia de ego. O editorial A democracia exige moderação (Estadão, 30/3, A3) é um necrológio preciso da debacle e morte do PSDB, de expectativas por ele não cumpridas e da enorme frustração dos brasileiros que desejam um Brasil melhor: um país mais igualitário, que permita que os seus filhos sonhem com um futuro promissor, mas com maiores chances de consegui-lo. No governo FHC, chegamos perto de transformar o sonho em realidade, fomos administrados pelo saber e pela eficiência, por uma plêiade de homens sérios com sólida formação profissional. Findos seus dois governos, o País estava organizado, com as contas em dia e com medidas estruturantes capazes de conduzi-lo ao tão sonhado crescimento. Veio, então, a campanha eleitoral que opôs Serra e Lula. Este com seu discurso agressivo de sempre, atacando os feitos do governo FHC; e Serra numa campanha amena, quase fraterna, sem o empenho dos outros líderes tucanos. Fernando Henrique parecia feliz ao passar a faixa a Lula, que, eleito, disse ter recebido uma “herança maldita”, afirmação mentirosa que o PSDB não foi capaz de desmentir. O resto da história já se sabe: estamos há 20 anos andando para trás, na rota direta para o desastre. Sempre penso em como seria o Brasil se Serra tivesse vencido aquela eleição e os tucanos estivessem unidos em torno dele. É bom sonhar.

Affonso Maria Lima Morel

São Paulo

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Sergio Moro

Julgamento no TRE-PR

Relator descarta caixa 2 e abuso de poder e vota contra cassação de Moro (Estadão, 2/4, A6). Se o senador Sergio Moro for realmente cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) por ter feito gastos de pré-campanha desproporcionais no Paraná, após ter se lançado à Presidência e ao Senado por São Paulo, e se for feita uma séria e profunda investigação sobre os demais senadores a esse respeito e aplicada a tal desacreditada jurisprudência, não vão sobrar muitos senadores para ocupar o Senado Federal.

Abel Pires Rodrigues

Rio de Janeiro

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Transporte público

Manutenção e segurança

A tragédia que aconteceu no domingo de Páscoa na cidade pernambucana de Jaboatão dos Guararapes, onde um ônibus sem freios atropelou várias pessoas que participavam de uma procissão, leva-nos a refletir sobre as condições de manutenção dos diversos automóveis que operam no transporte público. Refiro-me, especialmente, aos carros de aplicativos, que não são alvos de fiscalização programada por órgãos públicos. Muitos deles trafegam à exaustão das peças. Estejamos atentos.

Célio Cruz

Recife

Correção

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No editorial Viagem pitoresca a Pindorama (30/3, A13), diz-se equivocadamente que o submarino Tonelero seria um submarino nuclear; na verdade, é um submarino diesel-elétrico.

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

DESEMBARGADOR LUCIANO CARRASCO

O desembargador Luciano Carrasco votou pela improcedência das ações que atribuem ao senador Sergio Moro abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido de meios de comunicação na pré-campanha de 2022. Enfim uma pessoa decente!

Cleo Aidar

São Paulo

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TRE DO PARANÁ

Começou neste 1.° de abril a vingança contra o senador Moro. Dada como certa pela imprensa influenciada pelos parlamentares que sonham com o lugar de Moro no Senado, o desembargador Luciano Carrasco, do TRE do Paraná, num belíssimo trabalho pontuou cada acusação colocando os reclamantes em seus lugares. Mostrou que a motivação é puramente política, logo não cabe na Justiça esse tipo de perseguição, retaliação e vingança por si só. O fato é que muitos não conseguem conviver com um cidadão que colocou o colarinho branco na cadeia, mas o povo é grato por ter tido um juiz corajoso capaz de enfrentar a corrupção. Como senador poderá fazer muito pelo País.

Izabel Avallone

São Paulo

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JULGAMENTO DE MORO

Tudo é ao contrário em relação ao ex-juiz e ainda senador Sergio Moro. Atuou como juiz parcial, com evidentes interesses pessoais, ao retirar do pleito de 2018 o único candidato que fazia frente a Jair Bolsonaro, de quem veio a ser ministro da Justiça. Afundou uma importante ação contra a corrupção porque seus resultados pré-concebidos tinham de se sobrepor à realidade dos fatos. Como parlamentar, pouco ou nada fez pelo Estado que o elegeu. E, agora, no julgamento do uso do poder econômico em sua eleição, o “Carrasco” que relata o caso transforma-se em seu paladino. Vamos ver se os demais juízes têm um pouco mais de bom senso e não promovam mais um escárnio contra todos nós.

Adilson Roberto Gonçalves

Campinas

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O PROBLEMA DE MORO

Após o corretíssimo relatório contra a cassação dos cerca de 2 milhões de votos no senador Moro, há o esperneio de setores do PT e do PL (que dupla, hein?) e outros palpiteiros, achando que há motivos para cassá-lo. Se ele praticou algum crime eleitoral com o que foi apresentado, dezenas (centenas) de outras candidaturas também deveriam ser cassadas. Desde o início, sua candidatura é motivo de vinganças e ciumeiras. Não pôde ser candidato por São Paulo por aqui não residir, mas o mesmo TRE paulista aceitou a candidatura do também não morador no Estado, Tarcísio de Freitas, que acabou eleito governador. A maioria dos brasileiros sabe que o maior problema de Moro foi ter sido juiz na Lava Jato, esse sim crime de verdade cometido, que continua a pesar sobre os envolvidos.

Éllis A. Oliveira

Cunha

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BILHÕES DEVOLVIDOS

Os corruptos unidos do nosso país não têm limites para desforra em tentar cassar, condenar e prejudicar por vingança um brasileiro que, por entre suas boas ações como juiz, devolveu bilhões de reais aos cofres públicos. Muito obrigado, senador Sergio Moro!

Arcangelo Sforcin Filho

São Paulo

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IMPARCIALIDADE DO TRE

Os brasileiros estão bastante curiosos e interessados no desfecho do julgamento do senador Sergio Moro, no TRE. Todos gostariam de poder saber qual a motivação que penalizou ou não o homem que deu o grito de guerra contra a corrupção no Brasil. É bastante interessante que saibamos as razões fático-jurídicas que fundamentam o decisório imposto a Moro. Assim, teremos a ocasião de sentir a imparcialidade da corte.

José Carlos de Carvalho Carneiro

Rio Claro

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PROCESSO DE REVOLUÇÃO

Não se trata de revolução, nem de golpe. Se trata de um movimento revolucionário, que viria para corrigir os rumos do Brasil, para durar cerca de dois, que se eternizou por 20 anos. Se inseriu, a meu ver, num processo de revolução brasileira, que, pode-se dizer, começou em 15 de novembro de 1889 (Proclamação da República), continuando com a Campanha Civilista de Rui, em 1910, os movimentos de 1922 (Dezoito do Forte) e 1924, a chamada Revolução de 1930, talvez a Constituição de 1934, a deposição de Getúlio Vargas, em 1945, a sucessão de Getúlio, em 1954, o governo Jânio Quadros, em 1961, e, finalmente, o Movimento de 1.º de abril de 1964. E não se esgota, necessariamente, aí. Temos desdobramentos, como a chamada redemocratização, em 1984, talvez a Constituição de 1988, os governos Fernando Henrique, de 1995 a 2002, a espetacular Lava Jato, em 2014, até o impasse em que vivemos hoje, com extrema radicalização, em 2024.

Helio Teixeira Pinto

Rio de Janeiro

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GOLPE MILITAR

Golpe! Que golpe? O Exército só se envolveu atendendo ao clamor da sociedade brasileira após as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, organizadas pela União Cívica Feminina (e outras entidades) pelo Brasil afora (a partir de 19 de março), com apoio maciço dos meios de comunicação (incluído o Estadão), da Igreja Católica, de empresários (incluindo a Fiesp), do agro, de políticos (como Ademar de Barros e Carlos Lacerda) e de pessoas proeminentes (como Hebe Camargo e Plínio Salgado). Golpe, mesmo, só ocorreu em 27 de outubro de 1965, quando o presidente, marechal Humberto Castelo Branco, pressionado pela linha-dura das Forças Armadas, assinou o Ato Institucional 2 com a extinção de partidos, cassação de políticos e intervenção no Judiciário.

Alan Morgan

Cotia

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‘O DIA QUE DUROU 21 ANOS’

Recomendo às novas gerações que desejam saber como foi o golpe de 1964 no Brasil que vejam o premiado documentário dirigido por Camilo Tavares, filho do jornalista Flávio Tavares, articulista do Estadão, O Dia que Durou 21 anos (2012). Conheci pessoalmente muitos de seus principais protagonistas e acompanhei todos os fatos.

Paulo Sergio Arisi

Porto Alegre

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GUERRA ISRAEL-HAMAS

Muito bom o editorial E o Hamas venceu (28/3, A3). Mas como conciliar a guerra à obrigação de ser responsável por “suporte humanitário adequado, abrigo para os civis refugiados e ordem nos territórios” em uma guerra com um grupo terrorista no território ocupado (e governado) pelos mesmos terroristas? Como negociar com o Hamas, que não negocia e declara expressamente em seu estatuto que não aceita decisões de terceiros? E o que é uma guerra proporcional? Afirmações genéricas como “(Israel deve ter) uma estratégia política e um canal de interlocução com os palestinos pacíficos, os árabes e todos que buscam reconstruir a coexistência pacífica e prospera dos dois povos” não esclarecem nada. Quem são eles? Eles reconhecem Israel? Eles falam pelo Hamas? Algum deles se dispõe a dar pistas de onde estão os reféns?

Sinai Waisberg

Belo Horizonte

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LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

Muitos, talvez adoradores do prazer de um baseado, elogiam a Alemanha por ter liberado a maconha, algo que eu nada tenho contra. A única coisa que acredito é que nem lá nem aqui ninguém fala ou pesquisa se existem tratamentos gratuitos para quem quer parar de fumar e, pior, de surtar e agredir parentes, alguns roubando objetos para manter o vício. Prazeres não se discutem, mas saúde para quem quer parar é mandatório e precisa ser considerado. Clínicas particulares em São Paulo cobram mais de R$ 500 por dia. Quem pode pagar isso? O assunto dá muito Ibope, mas cuidar das pessoas é importante. Cracolândia que o diga e mostra, além da violência.

Marieta Barugo

São Paulo

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JOÃO PAULO II

A morte de João Paulo II, um dos papas mais populares da história recente da Igreja Católica, completa 19 anos. Hoje santo, o polonês Karol Wojtyla ocupou o Trono de Pedro entre outubro de 1978 e abril de 2005, em um pontificado que durou 26 anos e meio, o terceiro maior da história. Ele foi sucedido por Bento XVI.

José Ribamar Pinheiro Filho

Brasília

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SÃO BENTO DO SAPUCAÍ

Estive na Páscoa em São Bento do Sapucaí (SP). Seguindo a dica Estadão (29/3, C11), conheci as capelinhas de Ângelo Milani feitas com mosaicos, cacos de vidro, azulejos e esculturas de santos abandonadas ou recebidas de presente. Assim, minha Semana Santa se encheu de emoção, técnica, criatividade e arte.

Oscar D’Ambrosio

São Paulo

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‘NOVA SANTO AMARO’

Parabéns pela reportagem a respeito das obras na assim denominada “Nova Santo Amaro” (Estado, 1/4, A12). Essa obra espelha muito bem o que é a desastrosa (falta de) administração do senhor Ricardo Nunes à frente da Prefeitura de São Paulo. Vale dizer, uma vergonha! É uma obra que dura mais de dois anos, num trecho da avenida que não deve medir mais do que 1 quilômetro, 1,5 quilômetro, ou seja, uma obra que anda menos de 500 metros por ano (na qual não se trabalha aos sábados, domingos e feriados e, evidentemente, quando chove). É uma obra que, em grande parte do tempo, pouco fez além de destruir a avenida e as ruas que a cortam e, nessa grande parte do tempo, o que se fazia era quebrado em seguida (total desencontro de projetos, aparentemente). É uma obra que, ademais do “embelezamento” da avenida, entregará o mesmo leito carroçável de antes: se, previamente às obras, a Avenida Santo Amaro já era intransitável, por conta dos constantes engarrafamentos, que dirá agora, com a edificação de um sem-número de prédios enormes ao longo da avenida (não creio que haja alguma esperança de locomoção viária no futuro). É uma obra que, feita exclusivamente para “embelezar” a avenida, ou seja, basicamente para enterrar os fios que se acumulavam nos postos (algo absolutamente corriqueiro na cidade toda), seguramente não compensa todo o distúrbio, toda a confusão e toda a bagunça que conseguiu fazer nesses mais de dois anos (equação custo/benefício de resultado zero). É uma obra que, como tudo o que acontece nesta cidade, interessa somente aos especuladores imobiliários e seus sócios, que agora vendem a ilusão da “Nova Santo Amaro” em forma de prédios e mais prédios, ao longo de sua extensão e nas ruas adjacentes (evidentemente, os mesmos especuladores que já haviam comprado todos os imóveis que ali existiam antes de que a obra fosse, sequer, pensada, quiçá, iniciada). Finalmente, é uma obra, como dito acima, paradigmática em demonstrar a total falta de capacidade de organização e de execução que é a marca registrada da presente administração municipal, atenta, unicamente, a interesses econômicos de terceiros e aos seus próprios interesses eleitoreiros.

Domingos Fernando Refinetti

São Paulo

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ESCRITÓRIO DA UNIMED

Venho por meio desta carta expressar minha insatisfação e preocupação com a situação ocorrida no novo escritório da Unimed Nacional, localizado na Rua Pamplona, n.º 1.625. O problema em questão diz respeito à ativação do escritório antes que a energia da concessionária esteja devidamente ligada. O uso contínuo de um gerador a diesel para suprir a falta de energia elétrica tem causado diversos transtornos aos moradores e vizinhos da região. Poluição ambiental: o funcionamento do gerador a diesel emite gases poluentes, contribuindo para o aumento da poluição do ar. Isso afeta não apenas os moradores próximos, mas também compromete a qualidade do ambiente como um todo. Um detalhe importante é que no próprio site da Unimed há um compromisso sobre as emissões de CO2. Barulho excessivo: o ruído gerado pelo funcionamento do gerador é constante e perturbador. Os vizinhos têm relatado dificuldades para dormir e descansar devido ao barulho intenso durante as 24 horas do dia. Impacto na qualidade de vida: a impossibilidade de ter um sono tranquilo afeta diretamente a qualidade de vida dos moradores da região. Além disso, o estresse causado pelo barulho constante pode acarretar problemas de saúde. Diante do exposto, solicito que a Unimed Nacional tome as seguintes providências: desligamento temporário do gerador; agilidade na regularização da energia elétrica; compensação aos moradores afetados. Espero que a Unimed Nacional compreenda a gravidade da situação e tome as medidas cabíveis para resolver esse problema de forma eficaz e responsável.

Marco Fonseca

São Paulo