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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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9 min de leitura

Eleição em SP

Marketing amador

Tabata e Nunes acionam Justiça contra Boulos e pedem retirada de publicação sobre pesquisa eleitoral (Estadão, 5/3). Conforme noticiado, a menos de oito meses da eleição para a Prefeitura de São Paulo, o deputado Guilherme Boulos (Psol), que larga na frente nas intenções de voto, com 34%, publicou mensagem no Instagram simplesmente apagando a foto e a porcentagem da pré-candidata deputada Tabata Amaral (PSB), que na pesquisa da Real Time Big Data aparece em terceiro lugar, com 10% da preferência dos eleitores, mantendo na publicação outros quatro postulantes ao cargo: Ricardo Nunes, Ricardo Salles, Marcos Pontes e Padre Kelmon. Ao ignorar a boa colocação da jovem candidata, que apresenta o maior potencial de crescimento e a menor rejeição, segundo o levantamento do Real Time Big Data, a assessoria de Boulos acabou por jogar luz e foco na campanha da deputada, revelando ter cometido um erro básico e primário de marketing político amador. Como se vê, Guilherme Boulos começou mal sua campanha. O famigerado líder do MTST vai acabar dando com os burros n’água.

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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Eles querem a polarização

Por Boulos não mencionar o nome de Tabata Amaral no seu post no Instagram sobre pesquisa para a Prefeitura de São Paulo, fica evidente que petistas e bolsonaristas estão adorando a possibilidade de continuarem a polarização entre eles. Azar o nosso.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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Governo Lula

Polarização consolidada

Pesquisa Genial/Quaest mostra que a aprovação do governo Lula é de 51% e a desaprovação, de 46% (Estadão, 6/3). No limite da margem de erro, que é de 2,2 pontos porcentuais, esses números podem ser 48,8% e 48,2%, ou seja, a tal polarização está mais do que consolidada. E, enquanto Lula e Bolsonaro estiverem nos holofotes, o Brasil estará parado, discutindo se quer continuar sendo comandado por um ex-presidiário ou, pelo andar da carruagem, por um futuro-presidiário. “Bela” discussão para um país que é gigante pela própria natureza, mas teu futuro (não) espelha essa grandeza.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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Discurso contra a fome

Agora sem nenhuma viagem internacional, o presidente Lula olha para o seu país e chora ao falar que “jamais esperava que a fome voltasse a este país”, insinuando culpa do governo Bolsonaro. Pela exaltação de seu discurso demagógico, Lula parece querer ser visto como o eterno salvador da Pátria.

Carlos Gaspar

carlos-gaspar@uol.com.br

São Paulo

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Aplicativos de serviços

Projeto do governo

A população brasileira, na sua maioria analfabeta política, não consegue entender os malefícios de certas ações pautadas no Congresso Nacional. A intenção do governo Lula de impor aos aplicativos de serviços, como iFood e Uber, taxa de 20% sobre os ganhos e estabelecer uma obrigação dos trabalhadores autônomos a uma carga horária fixa e horas extras estabelecidas conforme acordo coletivo, é um tapa na cara da sociedade. Os objetivos são apenas aumentar a arrecadação de impostos (tanto das empresas quanto dos trabalhadores informais) e a criação de mais sindicatos. Enquanto o Congresso não tiver como objetivo os anseios da população, seremos eternamente sugados por impostos e maus serviços públicos fundamentais. Cabe uma alfabetização política dos brasileiros para que temas como este nem sequer sejam pautados ou levados em consideração no Congresso.

Willian Soares de Lima

willianae@gmail.com

Santo André

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Dengue

1,2 milhão de casos

O Brasil chegou a 1,2 milhão de casos de dengue e as autoridades preveem que neste ano chegaremos a 4,2 milhões. É correta a campanha de que cada família tem que olhar dentro de casa para eliminar os criadouros de mosquitos. Mas ninguém fala sobre a falta de saneamento básico, que mantém 50 milhões de brasileiros sem esgoto adequado e cujos defluxos vão poluir riachos e lagoas que se tornam ambientes favoráveis aos mosquitos. A dengue não teria tanta força no Brasil se o governo cumprisse com a sua obrigação nesta área.

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

PORTE DE MACONHA

Ao se dedicarem a definir o peso que caracterizaria porte de maconha para consumo próprio, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem estar desperdiçando seu precioso tempo, e fariam melhor em admitir que tal definição deveria ser deixada ao Legislativo, se é que tem sentido. O resultado não terá efeito prático contra a discriminação ou a corrupção incidentes na área. Para conferir o peso do material, o policial terá uma balança no bolso? Ou o suspeito será levado a uma delegacia para essa conferência? Facílimo alterar a quantidade, aumentar a pesagem, adulterar o instrumento de verificação, etc. Trata-se de uma tarefa inócua definir o limite entre o legal e o ilegal no caso em pauta.

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

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NARCOTRÁFICO

Quando vemos que cinco ministros do STF já votaram a favor da descriminalização da maconha, deram seus votos até em peso que vão de 60 gramas a 100 gramas para o usuário que for pego pela polícia, será que os ilustríssimos pensaram que estariam fortalecendo o narcotráfico? Sim, porque não se compra maconha nas farmácias, nos supermercados nem no mercadinho da esquina, que recolhe e paga impostos. Nisso que dá quando o Congresso não legisla, dando oportunidade para o Judiciário, que acaba invadindo áreas que desconhece.

Beatriz Campos

beatriz.campos@uol.com.br

São Paulo

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COTAS RACIAIS

Se alguém tem dívidas com a raça negra são nossos antepassados, não nossos filhos. Como consta no editorial do Estadão O absurdo tribunal racial (5/3, A3), todos são iguais perante a lei – brancos, pretos, pardos, amarelos. Por que cotas raciais para tumultuar ainda mais o processo de ingresso em nossas universidades?

Paulo Marcos Gomes Lustoza

pmlustoz@gmail.com

Rio de Janeiro

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APLICAÇÃO DE RECURSOS

Infelizmente, temos que começar a aceitar o triste fato de que o Brasil provavelmente não se desenvolverá no século 21, em grande parte devido à absoluta falta de coerência e eficiência na aplicação dos cada vez mais escassos recursos públicos por parte do governo federal. Ao apoiar “ideias geniais” como a da problemática indústria naval, ou teimar em políticas públicas obsoletas e fracassadas como conceder incentivos, isenções, crédito privilegiado e proteção de mercado a setores ineficientes e não competitivos ou inovadores, pouco ou nada se pode esperar em termos de crescimento sustentável do PIB no médio e longo prazo. Enquanto isso, parece reinar em Brasília uma espécie de pensamento mágico, uma enganadora ilusão de que tudo parece ir razoavelmente bem na economia apesar da continuidade da insustentável baixa produtividade, infraestrutura precária e gigantescos déficits primários e nominais acumulados, que só resultarão num aumento gigantesco da dívida pública e serão um enorme fardo para as próximas gerações. Como consequência desse verdadeiro redemoinho de decadência que só tende a acelerar, pode o nosso querido país estar no catastrófico caminho de se tornar uma democracia como a da Venezuela, com uma economia como a da Argentina e uma segurança pública como a do Equador? Sinceramente, espera-se que não. Tristes trópicos.

Fernando T. H. F. Machado

fthfmachado@hotmail.com

São Paulo

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DESEMPENHO DAS INDÚSTRIAS

A atual conjuntura econômica e financeira do Brasil é propícia e convidativa para pedidos de recuperação judicial e falências de empresas que se encontram em difícil situação de gerência e desenvolvimento. Certo é que o atual governo não possui política satisfatória para o segmento industrial e nem se incomoda em propiciar providências e recursos inadiáveis, sendo muito oportunas as críticas dispostas pelo Estadão (6/3, A3). Realmente, o atual governo joga todas as consequências ao mau desempenho das indústrias aos juros, quando estes são apenas uma pequena parte do grande problema. A indústria, ao contrário do agronegócio, que domina uma das três posições de ponta do planeta, precisa competir com inúmeros países onde o custo operacional é muito menor e menos aflitivo. O Brasil, com uma carga tributária por volta de 34% do PIB e um custo Brasil enorme não pode competir fora de suas fronteiras, e aqui não tem mercado para exaurir a produção. Resultado: as empresas não conseguem sobreviver, satisfazendo os dolorosos encargos sociais e tributários. Providência? É só baixar o custo Brasil e colocar a reforma tributária em patamar desejado e desejável, com alíquota final por volta de 27% do PIB.

José Carlos de Carvalho Carneiro

carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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PENTE-FINO NO INSS

Como o governo pode afirmar que vai passar um “pente fino” no INSS e o resultado será uma economia de R$ 10 bilhões? Se já sabe qual é a economia, por que não fez em 2023? A economia seria de R$ 20 bilhões. É puro chute e factoide.

Vital Romaneli Penha

vitalromaneli@gmail.com

Jacareí

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EQUILÍBRIO FISCAL PARA O ESPAÇO

No Brasil da impunidade e da insegurança jurídica, o déficit do governo federal brasileiro em 2023 foi de R$ 249 bilhões devido à gorda máquina pública, mas ao invés de emagrecer, ignorando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), haverá o “Enem dos concursos” para admitir quase 7 mil novos funcionários. Assim o “equilíbrio fiscal” vai para o espaço.

Humberto Schuwartz Soares

hs1971tc@gmail.com

Vila Velha (ES)

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VALE CARNE

Agora vai. Vem aí o vale picanha. O governo estuda proposta de vale carne de R$ 35 (limitado a 2 quilos de carne) para quem recebe Bolsa Família. O projeto também poderia ser chamado de subsídio do boi, porque, segundo os pecuaristas autores do projeto, isso criaria uma demanda de mais 2,3 milhões de cabeças de gado abatidas por ano. Brilhante. O mundo vai ficar embasbacado com tal iniciativa. E os que recebem Bolsa Família vão finalmente poder comer filé a cavalo, sendo que os ovos ainda vão fazer parte de um outro projeto, o vale ovo.

Luiz Gonzaga Tressoldi Saraiva

lgtsaraiva@gmail.com

Salvador

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FIM DO PERSE

Se considerarmos que a maioria dos eventos no setor de turismo são bancados pela Lei Rouanet, a conclusão que chegamos é que não deveria existir Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Além do mais, a pandemia já acabou faz tempo e o turismo já voltou com força total.

RENATO MAIA

casaviaterra@hotmail.com

Prados (MG)

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CONCESSÕES DO SETOR ELÉTRICO

O editorial Os apagões são evitáveis (6/3, A3) lembra bem que adequar as normas à nova realidade climática é o caminho certo para se evitar apagões de energia elétrica. Lembra ainda que a renovação dos contratos de concessão será uma grande oportunidade para essa adequação. A realidade climática é sim importante fator a se considerar na próxima renovação das concessões, mas nessa mesma oportunidade dever-se-ia examinar as conveniências de se delegar a governos estrangeiros os investimentos em distribuição e transmissão do setor elétrico. Por estar o Brasil submetendo o seu desenvolvimento às prioridades de outros países, o certo seria, pela sua dimensão, que o tema fosse levado – de imediato – à apreciação do Congresso Nacional.

Nilson Otávio de Oliveira

noo@uol.com.br

São Paulo

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DONALD TRUMP

Ou eu muito me engano ou a Justiça dos EUA está claudicante no que diz respeito à candidatura de Donald Trump à presidência do país. Recentemente o candidato foi condenado ao pagamento de cerca de 420 milhões de euros pelo Supremo Tribunal de Manhatam, além disso o juiz desse tribunal limitou a capacidade de Trump em fazer negócios no Estado de Nova York por três anos. O condenado recorreu das sentenças. Mais recentemente a Suprema Corte americana liberou a candidatura do Trump para presidir a República. A conclusão disso tudo é que caso não saia vitorioso com relação ao seu recurso da condenação em Nova York – principalmente quanto à sua limitação negocial por três anos –, Trump poderá ser eleito para comandar o destino político do seu país mesmo limitado em um dos Estados no seu poder de fazer negócios em um tempo razoável. Considerando que a decisão – unânime – da Suprema Corte não poderá ser revogada, eu ponho as minhas barbas de molho quanto à Justiça em todo o planeta.

Emmanoel Agostinho de Oliveira

eaoliveira2011@gmail.com

Vitória da Conquista (BA)

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NIKKI HALEY

O único Haley forte é o cometa. A possível candidata republicana nos Estados Unidos era fraca, carisma zero. Trump na cabeça.

Antônio José Gomes Marques

ajgmescalhao@gmail.com

São Paulo

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ELEIÇÕES NOS EUA

O cenário de dois presidentes disputando as eleições presidenciais nos Estados Unidos vai se repetir pela terceira vez na história. Em 1892, o ex-presidente Grover Cleveland do Partido Democrata enfrentou o então presidente Benjamin Harrison do Partido Republicano e, na disputa, havia o terceiro candidato James Weaver do Partido Populista. Em 1912, o ex-presidente Theodore Roosevelt do Partido Progressista enfrentou o então presidente William Taft e, na disputa, havia o terceiro candidato Woodrow Wilson do Partido Democrata. Agora, em 2024, haverá um duelo entre Joe Biden, Donald Trump e Robert Kennedy Júnior. No fim do século 19, Grover Cleveland voltou ao poder. No início do século 20, Woodrow Wilson atropelou os adversários e ganhou a disputa. Até 5 de novembro, haverá uma enorme disputa entre os três candidatos atuais, onde tudo pode acontecer, mas lembrando que o presidente de turno perdeu tanto em 1892 como em 1912.

Luiz Roberto da Costa Jr.

da_costa_junior@hotmail.com

Campinas

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PALMEIRAS X SÃO PAULO

Os acontecimentos lamentáveis que ocorreram depois do jogo São Paulo x Palmeiras mostram que os dirigentes esportivos ainda não entenderam a diferença entre dirigente e torcedor. O dirigente é um administrador que controla grandes recursos e que trabalha para alcançar resultados e manter a torcida ligada ao clube. Conseguir grandes rendas e bons prêmios é o objetivo. Fazer brigas de rua não faz parte do cargo. Será que as pessoas não entendem?

Aldo Bertolucci

aldobertolucci@gmail.com

São Paulo

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DENGUE

Com o aumento exponencial dos casos de dengue em oito Estados, houve necessidade de ampliação da faixa etária de vacinação em nossa população. Precisamos além disso focar nos cuidados para evitar a criação do mosquito transmissor dessa doença.

José de Anchieta Nobre de Almeida

josenobredalmeida@gmail.com

Rio de Janeiro