Em 1950, o escritor William Faulkner, nascido em New Albany, fez lobby pesado para que a cidade vizinha, Oxford, liberasse o consumo de álcool. A notícia publicada no New York Times diz que, segundo relatos de seu biógrafo Joseph Blotner, Faulkner percorria as ruas da cidade com panfletos na mão, criticando os religiosos e políticos que, mancomunados, controlavam a vida particular dos moradores sete dias por semana – era sabido que, em missas e cultos aos domingos, as igrejas substituíam vinho por suco de uva.
Faulkner, ele mesmo, era beberrão convicto. Mas sua defesa da liberdade civil marcou a literatura quando decidiu levar a discussão para as páginas da revista The New Yorker. O texto foi descrito pelo seu editor como a “prosa mais clara e concisa” já escrita pelo autor de O Som e a Fúria.
Polêmica, a decisão desse mês provocou reação imediata. Pelo menos até 2015 – quando a lei deve ser revista – William Faulkner ganhou.