Começou em clima de celebração a aula de Fabio La Pietra e Aharon Rosa. Os bartenders italiano e inglês, respectivamente, tinham como desafio interpretar a brasileiríssima cachaça em drinques. Pediram aos presentes que segurassem lançadores de confete e os estourassem ao som de “Barbra Streisand”, do DJ norte-americano Duck Sauce. “É a última aula do sábado à noite!”, lembrou La Pietra, incentivando o público a se soltar.
FOTOS: Daniel Teixeira/Estadão
Tudo era descontraído, graças ao talento para showman do bartender italiano e suas interações divertidas com o colega. Não demorou para a dupla convocar os alunos a preparar seus próprios drinques, como o Aquela Onça, feito com xarope Amaro Lucano, gim, suco de limão, gengibre e chimarrão frio. Conta La Pietra que o nome surgiu por causa de um cliente enamorado por uma moça com roupa de oncinha. Minutos depois, percebeu que na plateia tinha uma mulher vestida dessa maneira – garantia de mais risadas.
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Em português fluente, os dois bartenders falaram sobre maneiras de misturar a cachaça com outras bebidas para fazer drinques em casa, usando bitters e outros ingredientes tradicionais na coquetelaria. O primeiro a ser distribuído, o Ordem e Prosecco, levava uma combinação da branquinha com espumante e mel de flor de laranjeira. A adstringência do espumante evitava que o mel se tornasse enjoativo, já que o gosto era sentido apenas no fundo da garganta.
Rodrigo Oliveira com Fabio de la Pietra e a cabaça
La Pietra mostrou com orgulho uma cabaça conectada a um dispenser de água. Era uma Claudionor, envelhecida por três meses. “Enquanto barris comuns têm transpiração, a cabaça é porosa apenas por dentro e dá doçura à bebida.” Quando parecia que a festa tinha terminado, Rosa fez uma surpresa. Uma rodada de cachaça branca, pura, para que todos degustassem a branquinha em sua melhor forma.