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Estas irmãs têm alma de chocolate

“Tínhamos que ser nada menos que as melhores”, diz Bibiana Schneider, sempre no plural, sobre o que passava na cabeça dela e da irmã, Carolina, quando abriram a Cuore di Cacao. Bibiana e Carolina fazem tudo juntas: viajam, vão ao bar, saem para jantar e, principalmente, produzem chocolates excepcionais. Foram elas que puseram Curitiba no mapa chocolateiro do Brasil quando, há dez anos, a serem completos em março, inauguraram sua loja.

Estas irmãs têm alma de chocolateFoto:

Os chocolates de Bibiana e Carolina fizeram-se conhecidos além dos limites paranaenses. O salto maior foi em 2007, quando fa Cuore di cacao foi a primeira chocolataria brasileira a participar do Salon du Chocolat de Paris, mais importante evento do ramo profissional de quem fabrica, come e vive o chocolate.

“Ali entendemos o mundo do chocolate – e entendemos quem somos nós mesmas”, diz Carolina. Elas levaram algumas de suas criações: bombons de café, maracujá, coco.

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Bibi sobre Carol. Esta fabrica os bombons, aquela faz as estampas que os colorem; o chocolate da dupla vale a visita à loja. FOTOS: Fernando Sciarra/Estadão

Se você nunca comeu um bombom da Cuore di Cacao e ao ler sobre bombons de café, maracujá, coco, pensa numa exageradamente doce, esquisita e desconjuntada combinação, é favor provar o produto do trabalho de Carolina e Bibiana. É coisa fina. Afinal, elas tinham que ser mesmo as melhores. (Se não estiver na capital paranaense para entrar em uma das duas lojas da Cuore di Cacao e ter as narinas invadidas pelo cheiro de chocolate, pode encomendar pelo site cuoredicacaochocolateria.com.br).

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Carolina é quem põe a mão na massa: ela executa as receitas que bola com a irmã. Bibiana, então, pensa nos desenhos delicados que vão sobre os bombons, e cuida de toda a parte visual. Foi ela que, depois de estágios na França, começou a fazer chocolates por encomenda, em Curitiba. A demanda foi aumentando e ela chamou a irmã, formada em belas artes, para ajudar. Nascia a Cuore di Cacao. Carolina tinha então 22 anos e Bibiana, 23.

De lá para cá elas surfaram as modas do chocolate com 50%, 60%, 70% de cacau, do chocolate de origem (da Tanzânia, Guatemala, Venezuela) e agora fazem chocolate com matéria-prima totalmente brasileira.

“A evolução foi grande. No começo tínhamos que explicar tudo para os clientes”, conta Bibiana. A primeira barreira foi a do preconceito com o chocolate amargo – que ainda persiste por aí, em meio à inundação de açúcar e manteiga de cacau barata nos supermercados.

Mas aos poucos a dupla foi colonizando mentes e paladares com um chocolate de “amargor elegante”, aromático, como elas definem. Doce no ponto.

Nos últimos tempos, elas têm se entusiasmado com a matéria-prima brasileira, que é usada na linha ON – de ouro negro–, lançada ano passado. Pela primeira vez, a dupla substituiu o chocolate belga e francês – usados por quase todo mundo que faz chocolate fino no Brasil – por um chocolate feito com amêndoas de cacau da Bahia, com fermentação, torrefação e refinamento controlado e determinado por elas.

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“Acho que encontramos nossa identidade”, diz Bibiana. Ao que Carolina assente, com um sorriso tranquilo.

SERVIÇO – Cuore di Cacao R. Dr. Manoel Pedro, 673, Cabral,Curitiba Tel.: (41) 3053-4010

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 27/2/2014

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