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No Mundial do Queijo, feira de produtores faz sucesso com o público

Pessoas se amontoavam no espaço do Teatro B32 em busca do queijo perfeito

Os queijos maturados em caverna da queijaria Serra do Bálsamo, na Feira de Produtos do Terroir. Foto: Matheus Mans/EstadãoFoto: Matheus Mans/Estadão
Os queijos maturados em caverna da queijaria Serra do Bálsamo, na Feira de Produtos do Terroir Foto: Matheus Mans/Estadão

Nem mesmo o frio de 15 graus e o vento incessante nas galerias do Teatro B32, na Avenida Brigadeiro Faria Lima, afastou o público da Feira de Produtos de Terroir, que acontece no II Mundial do Queijo do Brasil, entre os dias 15 e 18 de setembro, em São Paulo.

Espalhados em simpáticos expositores de madeiras, criando uma estética e uma atmosfera aconchegante, os produtores encontram ali espaço para conversar com colegas, lojistas e consumidores, que se amontoavam para encontrar um pedaço de queijo para se apaixonar.

A Fazenda Atalaia, por exemplo, é um dos produtores com espaço na feira. Localizada em Amparo, no interior de São Paulo, a fazenda é um espaço histórico, construído em 1860. Mas foi em 1995 que Rosana Rezende, uma das proprietárias, começou a produzir queijos.

“Ela começou com 40 litros de leite, vendendo de porta em porta. Hoje produzimos 3 mil litros de leite por dia”, explica Meire Cardoso, representante da Atalaia. No espaço, destaca-se o queijo tulha, vencedor do World Cheese Awards, importante prêmio, em 2016.

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“O nosso tulha só pode maturar na nossa tulha de café, maturado por um ano”, explica Meire. E qual a importância de uma fazenda histórica estar na Feira de Produtos de Terroir? “É um ambiente que engrandece e fortalece a identidade cultural do Brasil. É um momento de encontro entre os produtores, com troca de histórias, mas é troca com o consumidor”.

Quem compartilha dessa visão é Reginaldo Miranda de Andrade, ao lado do filho Isaías Martins, do queijo Militão da Canastra. Com produção na cidade de Medeiros, no interior de Minas Gerais, os dois veem o evento como uma possibilidade de ampliar a marca, que já está em sua quarta geração. “A feira é interessante para divulgarmos nosso produto, falar com o lojista, conhecer e ser conhecido. Quem é visto, é lembrado”, explica Reginaldo.

Reginaldo Miranda de Andrade, ao lado do filho Isaías Martins, do queijo Militão da Canastra Foto: Matheus Mans/Estadão

Entendendo o mercado de queijo

Enquanto dentro do auditório os especialistas provam os queijos para escolher o melhor do concurso, do lado de fora as pessoas começam a circular por ali e, entre uma prova e outra, vão entendendo a complexidade dos queijos. Os produtores percebem essa maturidade.

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Lucineide Bezerra da Silva, representante da queijaria Serra do Bálsamo, consegue sentir isso pela relação das pessoas com seus queijos. De aparência distinta, o produto oferecido nesse espaço é maturado por vários dias em cavernas em Goiás e preparados de diferentes maneiras -- com uísque, azeite, cerveja, páprica, farinha orgânica e por aí vai.

“É uma maneira interessante de divulgar esses queijos”, diz Lucineide. “As pessoas são muito interessadas em saber como são feitos, o motivo da diferença no visual, no sabor. Esse interesse fortalece o mercado, já que as pessoas deixam de consumir apenas aquele queijo convencional e passam a se interessar pelo que há de melhor no nosso País”.

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