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O sommelier recomenda: tinto, não

A mesma recomendação foi ouvida tanto num jantar no El Bulli, no fim de abril, como em outro, na noite seguinte, no El Celler de Can Roca. Nos dois restaurantes, diante da dificuldade de estabelecer harmonizações mais precisas em menus longos (no Bulli, bem mais extenso), os sommeliers propuseram champanhe. E vinhos brancos. Tintos? Até daria para ser, a depender da escolha - e da vontade do cliente (nos dois catalães tri-estrelados, o serviço é mais cordial e menos esnobe do que em muitos restaurantes brasileiros). Mas o conselho de ambos, se a eles fosse dada carta branca, seria de evitar os 'vermelhos'. A explicação é de bom senso, quase óbvia. Numa degustação tão longa, com coisas tão diversas, fica inviável propor um vinho para cada item. Os tintos, por sua vez, com seus taninos, são mais difíceis para combinações que exigem versatilidade. O que acontece menos com os brancos. Porém, nas mesas, a maioria brindava com rouges e rojos. Questão de gosto, não tem problema. Mas faz pensar sobre os preconceitos que muitos bebedores ainda alimentam contra os brancos - cuja gama de estilos é bem mais ampla do que pensa a maioria. Dá para ir muito além da Chardonnay. E não precisa ser só no verão.

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