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Prato da quinta-feira

Imagino que todos os leitores tenham visto o Paladar de hoje, integralmente dedicado ao belo evento do fim de semana. Uma cobertura dinâmica e diversificada que ganha ainda mais força quando somada a tudo o que foi produzido pela equipe para a internet, em tempo real, aula a aula. Vale a pena folhear e navegar, não importa em que plataforma. Obviamente, vocês constataram que não tivemos o texto semanal da ?Eu só queria jantar?. O que não significa que ficaremos sem sugestões para a quinta-feira. A primeira delas, muito adequada ao clima meio nublado de hoje, é uma lasanha feita como se deve, com rigor e com a veracidade que o prato merece. Estou falando da legítima alla bolognese (R$ 65) preparada pelo cuoco Luciano Pollarini no Max Abdo Bistrô, na R. Peixoto Gomida 1.658 ? um restaurante um tanto peculiar, de proposta por vezes claudicante, mas que vai tomando jeito com a chegada do veterano chef. Pollarini nasceu na Emilia-Romagna e ficou famoso, especialmente, quando comandou o Arlechino, no Rio, na década de 80. Cá em São Paulo, conduziu a Enoteca Acqua Santa e cuidou da salumeria da Maremonti. Há poucas semanas, discorri aqui sobre a lasanha e sobre como a especialidade, de tão mal cuidada em muitos estabelecimentos (e pela indústria), acabou se tornando sinônimo de comida pesada, carregada. Não é e a versão canônica de Pollarini é a melhor prova. Notem a leveza da massa de espinafre, a qualidade do ragu, a sutileza do bechamel, e constatem que se trata de um outro bicho. A outra sugestão é, na verdade, uma notícia ? não posso chamar de dica porque não foi testada. Eu me refiro ao retorno do chef Pier Paolo Picchi, que fechou sua casa no Itaim, no início do ano, mas inaugura amanhã um novo restaurante, no hotel Regent Park (R. Oscar Freire, 533). Um fato alentador para quem aprecia cozinha italiana executada com técnica e bons produtos. O novo Picchi abre com um cardápio mais inspirado nas cucine regionali e nas trattorie (com toques modernizantes) do que na cucina raffinata, segundo o próprio cozinheiro (no almoço, o menu executivo, sempre com um prato do dia, custará R$ 49). Quem também retorna é o maître Lindomar Amorim, um profissional de salão que une hospitalidade e bom senso. Vamos ver o que acontece.

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