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Restaurantes e Bares

Alerta de spoiler: Lida abre por um dia e dá um gostinho do que vai oferecer no ano que vem

Pães da nova padaria, que só trabalha com grãos integrais, acabaram nas duas primeiras horas de serviço

O pão da casa, feito com trigo integral plantado especialmente para a Lida, numa parceria com produtores do Rio Grande do Sul. Foto: Hanny GuimarãesFoto: Hanny Guimarães

“Só pra não dizer que não abrimos em 2023″, como bem explicou Hanny Guimarães, a Lida, nova padaria de Pinheiros, fez uma espécie de soft opening de um dia só. Aconteceu nesta quarta-feira, dia 20, e o combinado era abrir das 11h às 19h “ou até acabar o estoque”. E acabou rapidinho: em duas horas de serviço, não tinha mais pão; os folhados, pasmem, duraram míseros 15 minutos. Quem não foi esperto e chegou tarde demais, agora terá que esperar até o dia 10 janeiro, quando a casa abre de vez.

Tenho por mim que estavam todos com saudade dos pães da Hanny. Ela foi a padeira que colocou de pé a panificação do Futuro Refeitório e, depois, deixou todos órfãos aqui para fazer pães lá no Blue Hill, de Dan Barber, onde esteve às voltas com diferentes tipos de grãos, todos integrais, frescos e moídos ali mesmo. De volta ao Brasil, em 2021, começou a matutar a Lida junto de sua parceira Carolina Arantes.

Folhado de creme de verbena com morangos frescos Foto: Hanny Guimarães

Nessa abertura relâmpago, a padaria estreou com tudo o que tinha direito: pães, folhados, bolos, biscoitos e sorvetes, além dos “vinhos naturais, cervejas nerds, queijos obscuros e embutidos sem pozinhos” de fornecedores parceiros. Tinha café coado e chá gelado de trigo sarraceno também - disponíveis em garrafas térmicas para o próprio cliente se servir.

A Lida é 100% integral - farinha branca não tem vez ali - e os grãos são moídos num belíssimo moinho de madeira com cilindro de pedra, que veio diretamente da Áustria. Um motor instalado à parte permite que se controle a velocidade da máquina para que as farinhas saiam de lá finíssimas, “feito pó de maquiagem”, conta Carolina. Isso tudo para facilitar o processo de fermentação dos pães, que não é nada fácil quando se trata de grãos integrais.

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A Lida também tem (ótimos) sorvetes Foto: Hanny Guimarães

Além do pão da casa (R$ 35), feito com trigo plantado especialmente para a Lida, numa parceria com produtores do Rio Grande do Sul), tem também pão de centeio (R$ 20), incrementado com os flocos e os grãos fermentados, baguete (R$ 20), focaccia (R$ 18) e miche (R$ 28), mais rústico, que combina trigo, sarraceno e centeio.

Entre os folhados, destaque para o de creme de cevada, com passas fermentadas, marsala e raspas de laranja (R$ 22), e para o de creme de verbena com morangos frescos (R$ 23). O pain au chocolat (R$ 21) é feito com chocolate brasileiro 70%, “repita: brasileiro”, destaca o cardápio. Ao que parece, chocolate belga também não tem vez ali. E como não citar o canelé de trigo tostado, rapadura e bourbon, um clássico com sabor renovado, e o biscoito de gergelim e missô de arroz cateto integral e soja orgânica?

Fachada da nova Lida, com bancos instalados na calçada para quem quiser comer e beber por lá Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Os sorvetes, feitos pela Carolina, merecem um parágrafo à parte. O de pão na chapa (não, você não leu errado; R$ 55) é um fior di latte feito com leite infusionado com o ícone das padocas. Pó de pão torrado dá um tchã na receita. Apenas prove. O de folha de figo (R$ 55) também é um fior di latte infusionado, mas a massa do gelato carrega ainda nacos de doce de figo verde. Já o de doce de leite (R$ 60) ganha bossa com laranja confitada e Cointreau. Os potes têm 473 ml e são grandes para tomar sozinho, de uma vez só, sentado num dos bancos da calçada da Lida - ou não.

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Serviço

Lida

Onde: R. João Moura, 911, Pinheiros.

Abertura prevista: 10 de janeiro de 2024

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