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Restaurantes e Bares

Fica aí: A feijoada da Lana voltou!

Hit na Vila Madalena no fim dos anos 1990, restaurante que ficou famoso pela feijoada levíssima volta a oferecer o prato apenas no delivery

Feijoada completa da Lana em casa. Foto: Patrícia Ferraz/Estadão; Cerâmica Muriqui Foto: Patrícia Ferraz/Estadão; Cerâmica Muriqui

Lembra da Feijoada da Lana? Foi um hit na Vila Madalena no fim dos anos 1990, restaurante com jeito de casa, frequentado por intelectuais, descolados e um bando de jornalistas. Abria às quartas e sábados e vivia lotado –  a casa na Aspicuelta acomodava 60 pessoas, mas nos fins de semana chegava a receber 400.

A feijoada era um sucesso, “levíssima”, como todos diziam. A tal da Lana é a jornalista de origem russa Svetlana Novikow, cozinheira de mão cheia. Sua especialidade foi ganhando fama por circunstâncias familiares: ela e o hoje falecido marido, o jornalista Sérgio de Souza, tinham sete filhos e, como era difícil sair com a família toda, o casal se acostumou a convidar os amigos para a feijoada da Lana. Os amigos começaram a fazer encomendas, depois apareceram os amigos do amigos e ela tratou de arrumar uma cozinha na Vila Madalena para atender os pedidos.

Feijoada completa da Lana em casa Foto: Patrícia Ferraz/Estadão; Cerâmica Muriqui

Vieram mais amigos, os amigos dos filhos e o negócio cresceu aos poucos, até que o Jornal da Tarde mudou o rumo da história: o jornalista Fernando Pacheco Jordão deu a dica em uma coluna – era uma seção do Divirta-se em que as pessoas contavam qual seria seu programa no fim de semana. Todo mundo correu para provar e outros veículos também escreveram sobre o lugar. A feijoada da Lana bombou, ganhou prêmios.

Depois de alguns anos, a Lana se afastou. A casa, com o tempo, perdeu o vigor. Funcionou por 23 anos, até fechar ao público em 2018. Agora, com a ajuda de um amigo investidor, a Lana reassumiu a cozinha e reabriu (só para delivery). Colocou as coisas no prumo. E a feijoada voltou aos bons tempos.

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A preparação do prato leva três dias, desde o momento em que as carnes chegam à cozinha –  ela escalda todas elas, inclusive as linguiças e tira as gorduras visíveis, esse é o principal truque para o caldo brilhante e desengordurado de sua feijoada. A Lana cozinha o feijão com tudo o que tem direito, para garantir o sabor, mas na hora de servir, tira orelha, pé de porco e rabo. Manda o prato só com lombo, paio, carne seca e costelinha, todos impecáveis, no sabor e na textura.

Para acompanhar, caldinho de feijão, couve fatiada e apenas “assustada” na panela com alho e bacon; farofa de carne seca, feita com uma mistura de farinha de mandioca e panco, a farinha de pão japonesa. Vem também com gomos de laranja, torresmo e mandioca frita – ela fura a embalagem para deixar escapar o vapor, o vilão que murcha a fritura na viagem. Algumas vezes o expediente funciona e a mandioca chega sequinha e crocante, outras vezes, fracassa, e a mandioca murcha no caminho.

A feijoada da Lana sai às quartas, sábados e domingos, em porções individuais (R$ 62) ou para duas pessoas (R$ 115). É saborosa e bem servida. A entrega é pelo IFood. Ou você pode encomendar e retirar lá. 

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