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Automedicação é aliada da saúde e tem relação direta com autoconhecimento

Prática do Autocuidado pode gerar contenção global de custos de aproximadamente US$ 178,8 bilhões até 2030

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Por Acessa
Atualização:
4 min de leitura

Quando alguém cuida adequadamente da própria saúde, está fazendo um bem a si mesmo e à sociedade como um todo, pois ajuda a assegurar a sustentabilidade dos sistemas público e privado. Essa é a mensagem central do trabalho feito desde 2014 pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), antiga Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (ABIMIP).

O Autocuidado se baseia em sete pilares estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O primeiro deles é o uso racional de produtos e serviços em saúde. Entre as ações mais importantes nesse sentido, está a utilização consciente e informada dos Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), aqueles que podem ser adquiridos sem receita médica para tratar sintomas do dia a dia, como dor de cabeça, febre, azia, enjoo e tosse.

“A automedicação consiste no uso de um MIP, seguindo as informações da bula e rotulagem. Essa prática não pode ser confundida com a autoprescrição, que é danosa e consiste no uso de medicamentos com tarjas vermelhas ou pretas, por conta própria, sem a indicação de um médico”, ressalta Marli Martins Sileci, vice-presidente executiva da ACESSA.

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Assim, quando a pessoa mantém práticas adequadas de Autocuidado, os MIPs surgem como a primeira opção para lidar com sintomas corriqueiros, que ela já conhece e sabe o que fazer para aliviá-los. Marli ressalta, no entanto, que a orientação médica deve ser procurada diante da persistência dos sintomas por um período além do habitual. “Autocuidado tem relação direta com autoconhecimento.”

Brasil tem muito espaço para evoluir no tema Autocuidado Foto: Arte/ Estadão Blue Studio

Mitos desconstruídos

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A ACESSA atua na desconstrução dos mitos sobre a automedicação, reforçando que há um patamar seguro para que a própria pessoa tome as primeiras providências contra certos sintomas, desde que essas ações sejam bem informadas. Para cumprir essa missão, a associação tem firmado parcerias com universidades, conselhos de farmácia, entidades do varejo e da indústria e órgãos reguladores.

“A adoção dos sete pilares básicos do Autocuidado é o caminho para proteger as pessoas e, ao mesmo tempo, reduzir a demanda sobre a estrutura da saúde e os impactos financeiros decorrentes disso”, enfatiza Marli. Para disseminar essa consciência entre a população, está em tramitação o Projeto de Lei (PL) 3.099/2019, que estabelece 24 de julho como o Dia Nacional do Autocuidado, já celebrado em outros países. A data foi escolhida porque, no formato numérico, 24/7, remete à ideia de hábitos permanentes, que devem ser mantidos 24 horas por dia, sete dias por semana.

De acordo com a Pesquisa Socieconômica do Autocuidado – O Valor Socieconômico Global do Autocuidado 2022, o incentivo ao Autocuidado pode gerar uma contenção global de custos de aproximadamente US$ 178,8 bilhões até 2030. Esse valor engloba a economia com cuidados mais dispendiosos, como consultas médicas, admissões hospitalares e compra de medicamentos com prescrição.

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Parte de um plano de colaboração com a OMS, a pesquisa foi produzida pela Global Self-Care Federation (GSCF), a Federação Global de Autocuidado, que reúne associações regionais e nacionais, fabricantes e distribuidores de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). O Brasil é representado na GSCF pela ACESSA.

Horas produtivas

Outro ponto relevante destacado pelo estudo são os bilhões de horas individuais que podem se tornar produtivas por meio do Autocuidado, nas duas pontas do processo – tanto das pessoas que sentem os sintomas quanto dos profissionais médicos, que teriam, assim, mais tempo para dedicar aos casos complexos. Em 2030, num cenário de ampla adoção do Autocuidado pelo planeta, a média de horas úteis poderia crescer 17% em relação a 2019. Com isso, o índice de Quality Adjusted Life Year (QALYs), que diz respeito a um ano inteiramente desfrutado em perfeita saúde, cresceria 25% no mesmo período.

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O Brasil tem muito espaço para evoluir no tema Autocuidado. Ao avaliar uma série de indicadores nacionais, a pesquisa classificou 155 países em três grupos. O Grupo A reuniu 41 países em que o Autocuidado está mais evoluído, enquanto o Grupo B, em que o Brasil foi incluído, agrupou 60 países em nível mediano. Os 54 países do Grupo C são aqueles em que o Autocuidado está menos evoluído.

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