Conteúdo Patrocinado

Campanha da Oncoclínicas&Co reforça a importância do autocuidado masculino

Como garantir o diagnóstico precoce dos cânceres de próstata, de pênis e de testículo

PUBLICIDADE

Por Oncoclínicas e Estadão Blue Studio
Atualização:
11 min de leitura
Divulgação Foto: Blue Images

Conhecido por alertar para a necessidade de uma atenção constante e proativa do homem em relação ao câncer de próstata, o Novembro Azul também vale como oportunidade de conscientização a respeito de outras neoplasias, como câncer de testículo e de pênis, além de condições benignas, como aumento sintomático da próstata e doenças cardiovasculares.

Segundo tumor mais incidente no homem (atrás apenas do câncer de pele não melanoma) e segundo que mais mata (atrás do câncer de pulmão), o câncer de próstata segue como principal foco deste mês no calendário oncológico. Os números são mesmo alarmantes: a cada 38 minutos um brasileiro morre em decorrência da doença, somando mais de 15,5 mil óbitos por ano. “Mais de 70 mil homens são diagnosticados todos os anos no Brasil”, reforça o urologista André Berger, especialista em cirurgia robótica e líder nacional de Urologia da Oncoclínicas&Co.

Continua após a publicidade

O diagnóstico precoce é a medida mais efetiva para possibilitar o tratamento do câncer em estágio inicial, permitindo o uso de procedimentos minimamente invasivos com consequente preservação da qualidade de vida dos pacientes.

Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) sobre a percepção do homem sobre sua saúde revela que apenas 32% dos acima de 40 anos se consideram muito preocupados com a própria saúde e que 46% deles só vão ao médico quando sentem algo.

A avaliação médica inicial deve contemplar uma história clínica detalhada e exame físico, incluindo o exame de toque da próstata. Ele é rápido, indolor e pode fornecer informações importantes para diagnóstico e planejamento terapêutico.

Continua após a publicidade

Há também alternativas de investigação, como a ressonância multiparamétrica da próstata, que é nada invasiva e muito acurada. “No Reino Unido, inclusive, ela já é parte do rastreamento”, explica Denis Jardim, oncologista clínico e líder nacional de Tumores Urológicos da Oncoclínicas&Co.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os exames preventivos comecem aos 50 anos. “Mas, se o homem é negro ou tem um histórico familiar de câncer de próstata, câncer de mama, câncer de intestino ou câncer de pâncreas, por exemplo, esse cuidado precisa acontecer antes, a partir dos 45 anos”, alerta o dr. André.

Dr.André Berger, urologista e líder nacional da Cirurgia Urológica da Oncoclínicas&Co. Foto: Arquivo Pessoal

Continua após a publicidade

Quando NÃO é preciso tratamento

O diagnóstico precoce do câncer de próstata também diminui a possibilidade de sequelas do tratamento – disfunção erétil e incontinência urinária –, visto que a extensão tumoral é um dos fatores a influenciar na questão (leia outros detalhes sobre tratamento, sintomas, pico de incidência, fatores de risco e precaução prevenção no quadro adiante).

Há casos, ainda, em que o câncer evolui bem lentamente e, por isso, muitas vezes nem precisa de tratamento, porque não vai comprometer a vida do paciente. “Nesses casos, fazemos a chamada vigilância ativa, ou seja, um acompanhamento estruturado (exames periódicos de PSA, ressonância magnética e biópsia) que nos permite só partir para o tratamento em si quando – e se – o quadro realmente demandar”, explica o dr. Denis.

Continua após a publicidade

Denis Jardim, oncologista clínico titular da Oncoclínicas&Co/SP e líder nacional de Tumores Urológicos da Oncoclínicas&Co. Foto: Arquivo pessoal

Outros tumores masculinos – e o poder da descoberta antecipada

“Apesar de raros, os tumores de pênis e testículo também merecem atenção, pois são agressivos e, se não tratados, tendem a ter metástase e a levar os pacientes a óbito”, alerta o dr. Denis. “Felizmente, o autoexame pode fazer toda a diferença no diagnóstico precoce e, consequentemente, no controle do câncer de pênis e na cura do câncer de testículo”, ressalta Mariane Fontes, oncologista da Oncoclínicas&Co e membro do comitê da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de Medicina Baseada em Evidência.

Continua após a publicidade

O câncer de testículo representa 5% de todos os tumores malignos detectados nos homens. O fator de risco dele é a criptorquidia, que é quando os testículos do bebê demoram a “descer” da cavidade abdominal, deixando a bolsa escrotal vazia. “Trata-se de um dos poucos tumores que, mesmo com metástase, podem ser curáveis. Se diagnosticado cedo, tem mais de 90% de chance de cura”, enfatiza a dra. Mariane.

A rotina de autoexame é fundamental para isso. O paciente pode perceber um nódulo, que na grande maioria das vezes é indolor, ou ainda um aumento e endurecimento do testículo. Apesar de não haver nenhum incômodo ao urinar, é possível notar um volume maior no local da bolsa escrotal. Detectou qualquer alteração? Procure um urologista (leia outros detalhes sobre tratamento, sintomas, pico de incidência, fatores de risco e prevenção no quadro adiante).

Já o câncer de pênis, que representa 2% de todos os tumores malignos masculinos, leva a mais de mil amputações todos os anos. “Bem agressivo, aqui não se espera cura, mas sim controle, diminuição dos sintomas”, adverte o dr. Denis. A doença tem relação íntima com fatores relativos a hábitos de vida, como má higiene e infecção – geralmente via relação sexual – por HPV (papilomavírus humano). Entre os principais sinais estão úlceras e feridas persistentes. “Caso algum sinal seja percebido, é de extrema importância buscar aconselhamento médico para o início do tratamento”, completa o especialista (leia outros detalhes sobre tratamento, sintomas, pico de incidência, fatores de risco e prevenção no quadro adiante).

Continua após a publicidade

Você sabia?

Pioneira no País em gestão de serviços oncológicos e hoje um dos maiores centros de oncologia, hematologia e radioterapia da América Latina, a Oncoclínicas&Co foi fundada em 2010. Abrange 36 cidades brasileiras, somando 135 unidades que contam com especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia, hematologia e transplante de medula óssea, equipes multidisciplinares, cuidados complementares e o que há de mais avançado em assistência integrada e tratamento individualizado.

Câncer de testículo

Raro, atinge de três a cinco homens a cada 100 mil*, correspondendo a 5% do total de casos de câncer masculinos**. “É o tumor mais frequente em homens entre 20 e 34 anos, porque nasce nas células reprodutoras, que estão mais ativas nessa faixa etária”, explica o dr. Denis.

* Referência: Instituto Nacional de Câncer (https://www.inca.gov.br/en/taxonomy/term/762)

** Referência: Ministério da Saúde (https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/testiculo)

Pico de incidência: homens em idade reprodutiva, entre 15 e 25 anos (podendo acometer, no geral, homens de até 50 anos).

Fator de risco: criptorquidia (quando os testículos do bebê demoram a “descer” da cavidade abdominal, deixando a bolsa escrotal vazia).

Rastreamento: não há indicação.

Sintomas: presença de nódulo, mudança de consistência, dor/incômodo e aumento do volume testicular.

Diagnóstico: confirmado por meio de ultrassom e exame de sangue.

Tratamento: a principal forma é a extração do testículo comprometido. Quando descoberta metástase ou em caso de paciente com recorrência, a extração pode ser complementada com quimioterapia. Há, ainda, situações em que se recomenda radioterapia ou nova cirurgia. A boa notícia: “Mesmo quando se trata de um tumor agressivo, que teve tempo de dar metástase, há mais de 90% de chance de cura”, revela o dr. Denis. A questão estética também é contornável. “Após a extração do testículo, preenchemos a bolsa escrotal com uma prótese, deixando a aparência do órgão absolutamente normal”, esclarece a dra. Mariane.

“Mesmo em casos mais avançados com envolvimento de gânglios linfáticos, a cirurgia robótica tem se tornado uma aliada importante (associada ou não à quimioterapia), podendo promover cura com cortes mínimos, recuperação rápida e preservação da ejaculação e capacidade fértil, o que é bem mais difícil com a cirurgia aberta tradicional”, afirma o dr. André.

Prevenção: não existe prevenção primária (mudança de hábito de vida que diminua a chance de desenvolver a doença) nem testes de sangue ou de imagem recomendados. É imprescindível, portanto, sempre fazer o autoexame depois de banho morno ou quente, quando a região está relaxada. “Caso perceba qualquer endurecimento, aumento de volume, dor ou nódulo, procure primeiro um urologista, porque outros quadros podem desencadear sintomas semelhantes, como inflamação no testículo, torção testicular...”, orienta a dra. Mariane.

Mariane Fontes, oncologista da Oncoclínicas&Co/SP e membro do comitê da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) de Medicina Baseada em Evidência. Foto: Arquivo pessoal

Câncer de pênis

Ainda mais raro do que o câncer de testículo, representa 2% de todos os cânceres que atingem os homens*. “O prognóstico não é de cura, mas de controle, e se torna ainda mais difícil quando o diagnóstico é tardio”, salienta a dra. Mariane. Novamente, quanto mais cedo começar a tratar, melhor será a jornada do paciente.

* Referência: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/cancer-de-penis

Pico de incidência: homens acima de 50 anos.

Fatores de risco: baixas condições socioeconômicas e educacionais, má higiene íntima, infecção por HPV (papilomavírus humano), múltiplas exposições sexuais sem camisinha e fimose (estreitamento do prepúcio, pele que reveste a glande), que impede a completa exposição da glande e sua adequada higienização. “Homens que não se submeteram à circuncisão (remoção do prepúcio) têm maior predisposição ao câncer de pênis”, reforça a dra. Mariane.

Rastreamento: não há indicação.

Sintomas: presença de lesão (ferida ou úlcera) persistente na glande, no prepúcio ou no corpo do pênis, espessamento ou mudança na cor da pele do pênis ou do prepúcio.

Diagnóstico: confirmado por biópsia (coleta e avaliação patológica de tecido da lesão).

Tratamento: quando o câncer está localizado, trata-se com cirurgia – se a lesão for pequena, fazendo a ressecção apenas da área afetada; já em casos de lesões maiores, retira-se por completo o pênis e linfonodos. Quando há metástase ou grande acometimento de linfonodos, indica-se quimioterapia.

Prevenção: fazer a limpeza diária do órgão, expondo a glande e higienizando bem com água e sabão (sobretudo após as relações sexuais e a masturbação), operar a fimose e tomar vacina de HPV – desde 2017 disponível para meninos de 11 a 14 anos.

Câncer de próstata

A próstata é uma glândula que só o homem possui. Pequena e em forma de maçã, situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto (parte final do intestino grosso) e é responsável por produzir parte do sêmen. “A genética exerce papel importante na doença: se alguém teve um familiar direto (pai ou irmão) com câncer de próstata, sua chance é duas vezes maior; se houver dois familiares, aumenta em cinco vezes”, enfatiza o dr. Denis. “É um câncer muito frequente, que aumenta com a idade; com a nossa população vivendo mais, estamos vendo mais diagnósticos. Porém, 70% dos pacientes que fazem o diagnóstico precoce são curados”, relata a dra. Mariane.

Pico de incidência: homens acima de 65 anos.

Fatores de risco: idade, histórico familiar de câncer e fazer parte de algum grupo étnico com maior incidência da doença – caso dos negros.

Rastreamento: exame de PSA e, caso haja indicação do especialista, de toque. O rastreamento deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem grandes fatores de risco e com mais de 10 anos de expectativa de vida; para pacientes do grupo de risco, a partir dos 45 anos. Em casos de teste molecular com alteração (feito por meio de exame de sangue, ele aponta se existe um gene de propensão alterado), recomenda-se rastrear a partir dos 40 anos.

Sintomas: boa parte dos casos é assintomática, sendo descoberta por alteração de PSA em exames de rotina. Podem existir, porém, alguns sintomas urinários – dificuldade de urinar, jato entrecortado, aumento da frequência urinária, sangue na urina, dor/desconforto para urinar e, em quadros avançados, dor no corpo, fadiga, perda de peso inexplicável, inchaço nas pernas.

Diagnóstico: confirmado por biópsia (coleta e avaliação patológica de tecido da próstata).

Tratamento: “Quando o câncer é localizado por PSA e está assintomático, a probabilidade de cura é de 90%”, afirma a dra. Mariane. O tratamento, nesses casos, é a remoção da próstata.

A cirurgia robótica tem mudado paradigmas importantes. “Quando realizada por equipe experiente, o índice de preservação do controle urinário pode chegar a muito próximo de 100%, e o de preservação das ereções, a quase 90%, preservando-se aspectos importantes na qualidade de vida dos homens”, explica o dr. Berger. Se a doença estiver mais avançada (sobretudo com metástase), podem ser usadas medicações para bloqueio hormonal, quimioterapia, drogas de alvo molecular, imunoterapia e radioisótopos. Mesmo em casos avançados ou recidivados (após radioterapia, por exemplo) , a cirurgia robótica tem sido uma boa opção, associada à recuperação mais rápida. Índices de preservação funcional, principalmente função erétil, tendem a ser um pouco inferiores. “A radioterapia também pode comprometer um pouco as funções urinária e sexual, porém mais a longo prazo, e talvez desencadear quadros de diarreia. Já o bloqueio de testosterona pode causar fadiga, perda da libido e de massa muscular, ganho de gordura e calores”, enumera o dr. Denis.

Prevenção: realizar os exames de rastreamento, evitar dietas ricas em gordura animal e priorizar alimentação mais rica em vegetais e frutas (5 porções diárias), controlar o peso, praticar 150 minutos semanais de atividade física leve/moderada (30 minutos 5 vezes por semana) e evitar o tabagismo. “Não é fator direto, mas provavelmente tem implicação”, contextualiza o dr. Denis.

Para conhecer detalhes das campanhas da Oncoclínicas&Co para prevenção, diagnóstico, controle e tratamento do câncer, acesse https://grupooncoclinicas.com/campanhas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.