CNI corta expansão do PIB a 0,9% em 2012; em 2013, vê crescimento de 4%

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reduziu nesta segunda-feira a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 1,5 para 0,9 por cento neste ano e estimou a expansão de 2013 em 4,0 por cento, citando a recuperação dos investimentos. A CNI prevê ainda que o PIB industrial terá contração de 0,6 por cento neste ano, contra zero na estimativa anterior, recuperando-se para uma expansão de 4,1 por cento em 2013. Sobre a Selic, a entidade calcula que ela fechará 2013 em 7,25 por cento ao ano. Segundo a CNI, as expectativas otimistas para o ano que vem devem-se às ações tomadas pelo governo para estimular o crescimento. "O ambiente macroeconômico --câmbio e juros-- é mais favorável; e as medidas de redução de custos --desoneração da folha e redução das tarifas de energia-- deverão mostrar efeitos. O Brasil irá crescer mais em 2013", informou a CNI em nota. Parte da expansão mais vigorosa em 2013, na visão da entidade, deve-se ao crescimento dos investimentos e do consumo. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), depois de contrair-se 4,5 por cento este ano, deve subir 7 por cento em 2013, de acordo com a CNI. Já o consumo das famílias deve sair de uma alta de 3,1 por cento para de 3,8 por cento no período. A aceleração do crescimento no ano que vem prevista pela CNI está em linha com o discurso do governo. Este ano, a economia brasileira deve ter crescimento abaixo do esperado pelo governo e pelo mercado financeiro. Segundo o IBGE, a expansão no terceiro trimestre em relação ao segundo foi de 0,6 por cento, limitado pelo setor de serviços, apesar da recuperação no setor industrial que se expandiu 1,1 por cento. O sinal de recuperação da indústria deve ser visto também no setor exportador. A CNI prevê que as vendas externas vão ficar em 244,6 bilhões de dólares este ano e em 258,3 bilhões de dólares no ano que vem. As importações devem ficar em 224,9 bilhões de dólares este ano e chegar a 240,2 bilhões de dólares no ano seguinte. (Por Tiago Pariz)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.