Marina critica não adesão do Brasil a acordo sobre desmatamento na ONU

A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) criticou a postura adotada pelo governo brasileiro na Cúpula de Mudanças climáticas da ONU, em Nova York, classificando como "lamentável" a decisão do Brasil de não aderir a um novo acordo para reduzir o desmatamento. "Não assinou a carta para a proteção às florestas, o que é lamentável. O Brasil não precisa dar uma sinalização trocada como essa", disse Marina a jornalistas na cidade de Florianópolis. "A atitude do Brasil compromete não só a proteção das florestas... mas principalmente o futuro da agricultura brasileira, as chuvas do sul e do sudeste são produzidas pela Amazônia. Quando o governo, por políticas erráticas, retrocede em relação a processos que vem sendo encaminhados há muito tempo para que se tenha uma agenda de desmatamento zero, isso é um grande retrocesso", afirmou a candidata. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, prometeu na Cúpula do Clima da ONU nesta manhã apresentar um plano de adaptação às mudanças climáticas até o final do ano. Mas o Brasil, segundo site do jornal Folha de S.Paulo, não aderiu à Declaração de Nova York sobre Florestas, arranjo firmado na conferência desta terça-feira que tem como objetivo diminuir o desmatamento no mundo pela metade até 2020 e encerrá-lo por completo até 2030. O governo confirmou o aumento do Desmatamento da Amazônia no último ano, registrando uma alta de 29 por cento e revertendo os ganhos desde o ano de 2009.

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Por Redação
Atualização:

FATOR PREVIDENCIÁRIO

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A candidata do PSB também afirmou que sua equipe estuda uma revisão do fator previdenciário para que futuramente possam ser feitas correções no sistema, mas ressaltou que não fará "utilização eleitoreira de um tema que tem esse nível de complexidade" em sua campanha.

"A nossa posição desde o início é que nós vamos fazer uma revisão para encontrar a melhor fórmula de corrigir as distorções que acontecem", disse.

No sábado, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que, se for eleito, encontrará um caminho para a substituição responsável do fator previdenciário.

(Por Pedro Belo)

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