A concretização do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia acontece depois de 24 anos que os termos da cooperação foram lançados no Acordo de Madri, em dezembro de 1995. A expectativa era que a integração comercial estivesse em vigor dez anos depois, em 2005, o que não aconteceu.
O primeiro passo prático foi dado seis meses depois, em junho de 1996, numa reunião de chanceleres em Luxemburgo. "Mercosul e UE terão livre comércio em 2005", noticiou o Estadão em 11 de junho de 1996. "Os países do Mercosul - Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai - deverão iniciar a partir de 2005 uma área de livre comércio com as 15 nações que integram a União Européia", informava a nota publicada no caderno de economia do jornal sob uma foto do presidente argentino Carlos Menem, que presidia o Mercosul, e o primeiro-ministro belga Luc Dehaene. "Vamos compartilhar de uma região com mais de 500 milhões de consumidores", disse Menem, que, entusiasmado com as perpectivas econômicas, pediu rapidez nas decisões burocráticas.
Rapidez que nunca aconteceu. Somente três anos depois, em 1999, foram feitas as primeiras formalizações. Desde então, as negociações ora avançavam, ora emperravam. Acompanhe alguns dos lances das tenativas de acordo nas páginas abaixo e no link com todas as notícias publicadas ao longo de mais de 20 anos.
# Assine | # Licenciamento de conteúdos Estadão
# Siga: twitter@estadaoacervo | facebook/arquivoestadao | instagram