Numa época em que eram as luzes das estrelas que iluminavam a noite, a Avenida Paulista abrigou o Observatório de São Paulo. Inaugurado em 30 de abril de 1912, o Observatório Astronômico e Meteorológico de São Paulo era localizado onde hoje está o MASP. Ali também existia, ao lado o Belvedere, o mirante que proporcionava a vista de todo o vale. A instituição foi um exemplo do desenvolvimento que o estado de São Paulo experimentava no período, com esforços científicos voltados para o progresso agrícola. Principalmente da cultura do café. Instalado a 825 metros acima do mar, o observatório estava sob o comando de José Nunes Belfort de Mattos, chefe do Serviço Meteorológico e Astronômico do Estado de São Paulo, e dedicava-se tanto aos estudos astronômicos, sismológicos e meteorológicos, como à medição da hora oficial do Estado.
Em pouco mais de dois anos o “notável desenvolvimento dos serviços meteorológicos” do observatório era elogiado em matéria do Estado de 15 de julho de 1914. O texto falava sobre os avanços realizados pela instituição nas “observações meteorológicas correntes, além de investigações sobre o evaporomentria agrícola, temperaturas do solo (...)”.
O acelerado crescimento da Avenida Paulista transformou a região, já no final da década de 1920, num ambiente inadequado para o desenvolvimento dos estudos conduzidos pelo observatório. Em 1930, o Estado publicou uma reportagem sobre os preparativos para a construção de um novo observatório. Em 1932 teve início a construção das novas instalações no Parque da Água Funda, ou Parque do Estado. Em 1936 o Observatório da Avenida Paulista encerrou suas atividades.
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