Casa de Detenção Carandiru
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A Penitenciária do Estado começou a ser construída em 1911 e foi inaugurada em 1920 sob a promessa de ser um estabelecimento prisional modelo. Na época, São Paulo vivia um período de desenvolvimento econômico, que se beneficiava e estimulava o crescimento populacional da região. Nesse mesmo período, o aumento da criminalidade e a ausência de estabelecimentos prisionais adequados estavam entre os problemas enfrentados pelo Estado. A construção da nova penitenciária mostrava-se uma necessidade. O bairro do Carandiru, na zona norte, foi escolhido para abrigar o complexo. Francisco de Paula Ramos de Azevedo foi o engenheiro-arquiteto responsável pela obra, que tinha como modelo a arquitetura prisional francesa.
O Estado de S. Paulo - 13/5/1911 e 21/4/1920
Superlotação e massacre. Na década de 1940 a prisão começou a exceder sua lotação máxima. Em 1956 ganhou novos pavilhões, após reforma e ampliação das instalações, passou a ser foi considerada uma das prisões mais seguras do mundo. Mas, a falta de investimentos na estrutura prisional, o aumento do índice de criminalidade e a falta de estabelecimentos prisionais no Estado, fizeram crescer o número de detentos no Carandiru, nos anos 70, 80 e 90. Mesmo antes do massacre, a imagem de instituição modelo havia ficado há tempos no passado muros, fugas e problemas devido à superlotação tornaram-se constantes (leia mais em Carandiru: a profecia que se concretizou). O Carandiru havia sido projetado para abrigar 3.300 detentos. Entretanto, no dia 2 de outubro de 1992, estava com mais de 7 mil presos.
O Estado de S. Paulo -4/10/1992